Beijos

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A festa da colheita começava no fim da tarde e se estendia até o fim da noite.

O salão de festas do castelo estava abarrotado com a nobreza do reino, muitas moças extremamente elegantes passavam em frente ao trono, fazendo reverências para o príncipe e dando risadinhas por trás de seus leques.

O rei encontrava-se na outra extremidade do salão, conversando com dois homens que Harry reconheceu como comerciantes de pedrarias.

Contudo, a mente do príncipe estava a alguns dias de distância dali. Olhar para o corpo de Louis era uma benção. Mas tocá-lo... Harry sentiu-se em êxtase, como se seu corpo fosse flutuar.

A pele de pêssego era absolutamente macia sob seu toque. O corpo curvilíneo e voluptuoso, moldava-se em suas mãos, fornecendo-lhe prazer apenas por poder tocar em Louis.

A forma que o pequeno camponês se entregou e alcançou seu máximo... O gemido esganiçado e sôfrego esteve presente nos pensamentos de Harry a cada minuto nos últimos três dias.

⎯Cuidado, Alteza! Alguma moça pode achar que esse sorriso abobalhado é uma forma de cortejo.

O cacheado piscou, afastando os pensamentos e procurando o olhar do amigo.

⎯Deixe-me adivinhar, hum... Louis? ⎯O pintor sorriu ladino. Harry tentou conter um sorriso, mas falhou.

⎯É tão óbvio assim?

⎯Os querubins tocando harpas ao redor de sua cabeça são uma pequena dica. ⎯O loiro brincou, apoiando-se no encosto do trono. O príncipe sorriu, negando com a cabeça.

⎯Estar com ele tornou-se uma necessidade. Eu preciso vê-lo, tanto quanto preciso respirar. Estar longe é um martírio.

O pintor assentiu, desviando o olhar para as duas mulheres que faziam reverências para o príncipe. Harry apenas sorriu educadamente e assentiu para as damas, antes de olhar para o amigo outra vez.

⎯Aquelas são Taylor e Andrea. Louis mora com elas. ⎯O príncipe confidenciou, indicando as duas que se afastavam minimamente.

O pintor ergueu ambas sobrancelhas.

⎯Eu sou brilhante! ⎯Exclamou com um sorriso largo. Harry lhe olhou desconfiado.

⎯O que você irá fazer?

⎯Aguarde e verá, meu caro.

O pintor se afastou um pouco, antes de voltar e fazer uma reverência para o príncipe, já que estavam em público. Niall caminhou em direção as duas loiras, tocando gentilmente o ombro da mais velha.

⎯Com licença, senhoritas. ⎯Fez uma mesura. ⎯ Sou Niall Horan.

⎯Ah, eu o conheço! Seus retratos são muito requisitados em meio a nobreza. Sou Andrea Tomlinson, esta é minha filha, Taylor.

Niall beijou a mão de ambas, antes de endireitar a postura e sorrir galante.

⎯Tomlinson? Por acaso a senhora é mãe de Louis? ⎯O pintou perguntou casualmente, mesmo sabendo a resposta.

A mulher fez uma expressão desgostosa e negou.

⎯Ele é filho deu meu falecido esposo, apenas. Aquele insolente aprontou algo? Diga-me e eu o castigarei.

⎯Claro que não! Que ultraje!

O pintor crispou os lábios, um tanto irritado pela forma que a mulher falou, mas se acalmou e pigarreou, fingindo desinteresse, para conseguir seu objetivo.

⎯Louis me ajuda no ateliê, eventualmente. Sem querer enfadonho, baronesa, mas apreciaria muito que o rapazinho fosse me ajudar amanhã. Pagarei pelos seus serviços, obviamente.

Falling | l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora