Prefácio

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No Fim do Mundo, uma horda, um exército de almas penadas, demónios e criaturas do mal, estavam alinhadas em fileiras desorganizadas, , de armas em punho, espadas, mocas, arcos com as flechas colocadas em posição de disparar, mas também havia aqueles que tinham empunhado metralhadoras e pistolas, facas do mato e rifles de sniper. Nessa horda, muitos caminhavam a pé e um pequeno número deles montavam em cavalos pretos como carvão, com olhos vermelhos ou então em motas, no mistura tão grande de tempos, havia aqueles que usavam armaduras, completas ou incompletas, camuflados militares, roupas de camponês ou motards, um número pequeno desses usava roupas comuns, calças de ganga, uma saia aqui ou ali, blusas e t-shirts. No entanto, havia algo, que todos eles tinham em comum, a sua pele era negra como a noite mais escura e os seus olhos vermelhos como o sangue e todos clamavam pela luta que se iria desenrolar à frente, todos clamavam pela oportunidade de serem livres novamente, para viver no Mundo de Cima e para poderem fazer jus ao seu nome e pedir por vingança a toda a hora e a todo o momento.

Do outro lado do campo de batalha, duas mulheres de armaduras vestidas, olhavam para o exercito que lhes competia enfrentar. A mais alta usava uma armadura prateada que reluzia com a pouca luz que havia, no seu peitoral de armas estavam três safiras na forma de um triângulo, uma espada encontrava-se na sua mão, uma catana, de um aço brilhante, com uma leve aura azul em seu redor, o seu cabelo acobreado estava entrançado e preso ao meio das suas costas, a sua expressão feroz, séria e estratega estava atenta a tudo o que se desenrolava nas fileiras do seu inimigo. O seu olhar azul, tinha agora reflexos de dourado.

A mulher mais baixa usava uma armadura dourada, e no seu peitoral de armas viam-se três esmeraldas, também em forma de triângulo, na sua cintura levava duas espadas, mais curtas que a catana, mas também cada uma com uma aura verde em seu redor, o seu cabelo loiro estava apanhado no alto da sua cabeça escorrendo até meio das costas, a sua expressão apresentava o nervosismo crescente que sentia na sua barriga, os seus olhos verdes davam reflexos de dourado. Desviou a atenção da horda inimiga para a mulher mais alta, mas também mais nova, que estava a seu lado:

-São tantos! Não temos hipótese!

-Esmeralda, sabes as regras, ou vencemos ou morremos tentando! - Respondeu-lhe a mulher da armadura prateada.

-Não tens medo?

-Tenho sempre medo, mas temos que ter coragem para o enfrentar.

-Onde se meteu o Leo, Safira?


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