Safira tinha vinte anos e uma vida normal de estudante de licenciatura, residia num belo apartamento em Lisboa, perto da Universidade de Teatro, onde estudava, que compartilhava com dois colegas de universidade:
-Bom dia, Ana! Hey! Sabes alguma coisa do Leo? - Perguntou Safira à sua colega, quando esta se sentou para tomar o pequeno-almoço.
-Acho que ele está a ficar maluco, há duas semanas que não me responde aos telefonemas, mensagens, e-mails, facebook, skype. Nada. Falei com os pais dele, e eles disseram-me, que ele tem estado trancado no quarto desde que chegou a Góis. Recusa-se a falar com quem quer que seja. - Respondeu Ana, abanando diversas vezes a cabeça.
Ana era uma estudante de Dança, com vinte e três anos, magra, cabelos negros, pelos ombros, olhos castanhos-escuros, pele branca, dentes perfeitos, emoldurados por uns finos lábios vermelhos pelo baton que sempre punha, vestia umas leggings coloridas, com uma túnica que combinava com as leggings de uma forma um pouco imprevisível, ao estilo hippie.
-Aquele acidente afetou-o mesmo, não foi?
-Parece que sim. Mas ele não se abre comigo, estou a ficar preocupada.
-Veem - Perguntou Ricardo, com a mochila às costas, passando por um dos armários para retirar uma barra de cereais. - Se não se despacham, vamos chegar atrasados!
Ricardo era o único rapa com quem Safira se sentira confortável a partilhar uma casa e tinham-se dado bem, logo desde o principio, estava na mesma turma de Safira em direção de teatro, televisão e cinema, tinha um humor perspicaz, mas era leal aos seus ideais. Alto na sua postura divertida, atlético, vestia uma camisa branca, sob umas calças de ganga escuras, dando-lhe um ar de gentleman, o cabelo sempre arranjado, castanho claro e uns olhos verde-mar, mais parecia um ator que um realizador, sendo esse o tema d muitas das piadas de Safira em aula.
-Que horas são? - Perguntou Safira, sem olhar para o relógio de parede que se encontrava atrás de si.
-São nove horas! - Respondeu Ricardo confirmando, com uma olhadela no seu relógio de pulso. - A professora Amália não gosta que nos atrasemos e tenho a certeza que o professor Rupert também não, pelo que ouvi dizer.
Safira levantou-se à pressa e pegou na mochila, saindo logo atrás de Ricardo, Ana segui-lhe o exemplo. Os três saíram juntos pela porta do prédio, em direção à escola.
Safira usava umas calças de ganga justas nas pernas, com uma camisa vermelha por baixo de um colete de ganga, tipo corpete, com fecho zipper e alças que traçavam nas suas costas, botas de salto alto preto, até ao joelho, o seu cabelo encaracolado, solto até meio das suas costas e uns olhos azuis, brilhavam sobe a luz do luz do sol, os leus lábios grossos que pediam para serem beijados arrebatadoramente, exibiam uns dentes brancos, perfeitos num sorriso sincero.
Os três terminaram as aulas e saíram juntos em direção a casa para almoçar, sempre contando os seus dias e algumas coscuvilhices que faziam parte do seu dia-a-dia escolar. A meio caminho, do prédio onde viviam, uma mulher baixa, loira, com um vestido estampado com várias cores de manga comprida, esvoaçante, por cima de umas leggings pretas, cruzou-se com o trio e, que antes de seguir o seu caminho, agarrou no braço de Safira fazendo, com que ficasse cara a cara com ela e fazendo com que a atenção dos três se virasse, totalmente, para ela:
-Safira Luz? - Perguntou, com um tom de espanto, cruzando o seu olhar verde profundo com a tempestade de perguntas do olhar de Safira.
-Sim, sou eu. Desculpa, mas conhecemo-nos? - Perguntou Safira, olhando com surpresa e descrença para a mulher, que não se lembrava de vez alguma ter visto.
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Flecha de Cristal
FantasyE se, sem saberes, a tua família guardasse um segredo terrível? E se a morte dos teus pais, não tivesse sido assim tão acidental? E se uma estranha te interpelasse na rua e abrisse o véu que te cobre os olhos? Então a par de tudo isso e de novos pod...