-Como podes ajudar-me com o meu dom?
-É natural. Ainda não sei como, mas é algo imbuído no meu sangue, há muitas gerações! Há muito tempo atrás, na altura dos cruzados, uma bruxa negra amaldiçoou o Caçador que estava a ponto de a eliminar. Essa maldição dizia que nem ele, nem qualquer outro da sua espécie viveria o suficiente para ver a sua cria crescer ao ponto de os dons despertaram nela, nunca nem ele, nem qualquer outro Caçador, iria ensinar a sua prole a matar e a proteger-se das Criaturas das Trevas. Apesar de abalado e desconsolado, o Caçador cumpriu a sua missão é eliminou a bruxa. Mas uma Ninfa do Rio que era atormentada pela bruxa negra teve pena do corajoso Caçador e lançou um atenuante à maldição, dizendo que, qualquer bruxa da linhagem de Morgaine iria sempre estar por perto para ensinar os jovens Caçadores a dominar os seus poderes. Sempre que um Caçador de Trevas acordasse o seu poder, uma Bruxa Branca iria ao seu encontro e ajudá-lo-ia nos Dons! Por isso te encontrei, por isso, sabia quem eras e mais importante, o que eras, mesmo que tu ainda não o soubesses. Não sei guiar os poderes de um Nephelim, mas saberei instintivamente, como guiar um Caçador de Trevas!
-O meu pai, disse-me para ir até à casa de Sines, onde há um esconderijo com coisas que eu preciso saber!
-Então, esse, é o nosso próximo passo!
-E o Leo?
-Leo, quem?
-Da família Espírito!
-Então, é esse, o nome dele?
-Até ao meu pai escrever a carta, sim era, mas os pais dele, também faleceram e ele foi adoptado.
-Pois, esse aí, é uma bela peça, porque eu também não o consigo encontrar, está bloqueado da minha Visão, só recebo poucas coisas e são vagas!
-O melhor, era concentramo-nos naquilo que temos que fazer primeiro! Algo irá acontecer, cedo ou tarde, como disse a minha avó, o destinou, tem maneiras de nos juntar aos três!
-A tua avó é viva? - Perguntou Esmeralda, espantada.
-Sim.
-E, ela deu o seu poder à tua mãe... Ela conseguiu ficar viva até ele estar completamente crescido? Até ele ter os dons?
-Sim. Ela retirou os poderes do seu corpo.
-Como é isso possível?
-Não sei, não lhe perguntei, ela não me contou.
-Não importa. Temo que ir! Quando podemos?
-Quando você poder!
-Você não, tu! Não sou muito mais velha que tu!
-Ok! Quando tu puderes, então!
-Adam! - Chamou Esmeralda, elevando um pouco a voz.
O mordomo morto-vivo, no seu fato apareceu imediamente à porta:
-Sim senhora?
-Prepara a minha mala, vamos de viagem!
-A mala de férias, senhora ou a mala de batalha?
-A de batalha, Adam, mas mete-lhe umas quantas roupas a mais!
-Sim, senhora, é só um momento!
-E, aproveita e prepara uma para ti também!
-Desculpe, senhora? - Inquiriu vampiro, mostrando uma leve surpresa na sua expressão fechada e voz monocórdica.
-Desta vez, vens comigo! Podemos precisar da tua ajuda!
-Irei com todo o gosto, senhora, mas devo avisá-la que, ainda é de dia!
-A sério? Não me tinha apercebido! - Desculpou-se Esmeralda, dando uma olhada no relógio de parede. - Mas daqui a uma hora, hora e meia, já o sol se terá posto! Partiremos nessa altura!
-Como queira, senhora, vai necessitar mais de mim ou posso ir fazer as malas?
-Não Adam, podes ir, obrigado!
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Flecha de Cristal
FantasyE se, sem saberes, a tua família guardasse um segredo terrível? E se a morte dos teus pais, não tivesse sido assim tão acidental? E se uma estranha te interpelasse na rua e abrisse o véu que te cobre os olhos? Então a par de tudo isso e de novos pod...