Especial: Entrevista com os personagens

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Olá pessoal, bom dia, boa tarde, boa noite ou boa madrugada pra você que está lendo agora! Hoje teremos um acontecimento um tanto diferente: a tão esperada entrevista com os personagens principais do Acampamento de Inverno do ano de 2015. Consegui reuni-los aqui hoje e já temos várias perguntas a eles.

Ah, e antes de começarmos quero agradecer imensamente pelas 12 mil leituras e 1,2 mil votos. Vocês são demais! Agora voltemos.

As primeiras (dez) perguntas vão de uma fã que se considera a número 1, a EsterFranca01. (O que vocês acham disso? Concordam ou não?)

1- Sam, você deve ter sofrido muito bullying pelo seu nome. Conte um acontecimento desse gênero e diga como se saiu (se puder, claro).

— Bom, eu posso contar, mas não é algo muito confortável pra mim. Uma das piores vezes em que sofri preconceito pelo meu nome foi quando eu tinha 12 anos. A escola onde eu estudava organizou uma palestra sobre higiene bucal, e nesse dia eu havia sentado em uma das cadeiras da frente com uma amiga. O auditório estava absolutamente lotado por todos da escola, e em um determinado momento da palestra o médico (que na verdade era um estagiário) falou algo engraçado; eu sorri e ele começou a me encarar. Depois se aproximou de mim com o microfone e falou: "Essa menina que está sentada aqui na frente, por exemplo, tem um lindo sorriso. Deve fazer uma boa higiene bucal. Qual o seu nome?". Eu simplesmente congelei. Na verdade eu sempre congelava quando me perguntavam o meu nome, então a Marina (minha amiga) respondeu por mim sem dó nem piedade: "Samuela.". Vi que os seus lábios começaram a tremer e ele por fim falou: "Bom... A Samuela...". Ele entalou, na verdade, então começou a rir de uma forma que mais parecia estar sofrendo um ataque de asma e disse: "Ela é realmente linda e tem um sorriso maravilhoso. Deve ser pra compensar o nome que tem.". Todos da escola começaram a rir. Como eu era tímida demais pra levantar e correr, eu permaneci onde estava e tive que suportar os olhares sarcásticos dele e de todos os outros alunos sobre mim. Por sorte ele foi embora assim que os 30 minutos de palestra acabaram, em contrapartida o restante da escola acabou com a minha vida social. Eu chorava por não aguentar mais as piadinhas (de todos os gêneros); ficava com muita vergonha. Acabei mudando de escola.

2- Sam, você chegou a pensar no Vitor não só como um amigo?

— Com certeza. Acho que todas as meninas que possuem um melhor amigo precisam lutar contra esse negócio de se apaixonar por ele. O Vitor não era um galã de filme, mas a forma como ele me protegia e se preocupava demais comigo muita das vezes me fazia imaginar uma relação superior à amizade. Às vezes eu pensava que ele gostava mesmo de mim, só fui me acostumar com aquele jeito com o passar dos meses.

3- Sam, se o Cauã se declarasse no acampamento, com 15 anos, você namoraria com ele?

— Na verdade ele praticamente se declarou pra mim quando nos perdemos na mata. Mas se ele me pedisse em namoro acho que, ao invés de aceitar, eu me afastaria totalmente dele. A "pessoa certa" que vem na hora errada com certeza não é a pessoa certa.

4- Hugo, você gostava da Sam, certo? Você reagiu legal quando descobriu que ela só lhe queria como best?

— Certo. Claro que não. (Risos). Que homem se contenta em ficar só com a amizade da mulher que ama? Eu sei que não cheguei a amar a Sam, mas sentia uma coisa muito forte por ela. Inicialmente nós tentamos, mas conforme eu ia conversando com ela mais ela me apresentava os seus conceitos. Eu a pedi em namoro quando tinha uns 17 anos, mas ela me disse que só me via como um amigo. Típico, não? Enfim, antes um pássaro na mão do que dois voando: fiquei apenas com a amizade. Quase morri do coração quando ela contou que o Cauã havia ressurgido das trevas, mas superei; aliás eu já sabia mesmo que acabaria sendo o padrinho do casamento dela.

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