How Can I Go On

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Estou sentada em um café de quinta, com o lap top sobre a mesa vasculhando os quatros cantos da Internet atrás  de informações que me levasse aquela criatura que me encurralou no jardim.
Sinto que aquele não foi nosso primeiro encontro, teve um momento enquanto eu estava sendo sugada pela luz azul, eu me vi como se fosse em uma das suas lembranças, vi uma garotinha, e me vi em um caso em que eu não me lembrava que estive. E havia algo no seu olhar que estava aterrorizado, surpresa como se não esperasse pelo o que aconteceu.
Minha cabeça dói e me sinto fraca, percebo que estou com fome e logo peço algo para comer.
Pesquiso incessantemente por palavras aleatórias que descrevesse aquela criatura, olhos azuis forte e que irradiam uma luz forte também azul, criatura tatuada e de luz azul, criatura babaca que me faz de trouxa.
NADA.
Tomo um gole de café, enquanto repasso o que aconteceu no nosso encontro, passo as pontas dos dedos pelo teclado do lap top e penso no que vou escrever.
CRIATURA QUE INVADE NOSSA MENTE E CRIA UM NOVO UNIVERSO.
Pois era assim que eu me sentia.
PESQUISAR.

Dean me surpreende adentrando o café, fecho o computador rapidamente sem olhar o resultado da pesquisa.
Eu estava longe de casa, escolhi aquela loja justamente por se distante daquela casa e por achar que aquilo não era o tipo de lugar que essa Melanie Collins, milionária, de quarto de cores sóbrias frequentaria. Mas eu estava enganada, Dean estava vindo na minha direção, com um terno caro esvoaçante e com uma expressão preocupada e ao mesmo tempo aliviado.
- Graças a Deus eu encontrei você! - Diz com o tom preocupado, enquanto puxa minha mão a beijando e logo em seguida puxa meu rosto me roubando me Beijo demorado.
O empurro de leve sem saber o que expressar, toda vez que Dean se aproximava de mim eu ficava desnorteada, bom, eu não sabia o que era aquilo e nem por que estava usando a imagem de Dean para me atingir só sabia que toda vez que ele aparecia algo de estranho acontecia.
- Como você me achou? - deixo escapar entre os lábios em um sussurro idiota.
Dean logo se recompõe e se senta ao meu lado pousando uma de suas mãos em minha coxa, por reflexo recuo puxando minha perna pra longe dele, mas ele ignora meu gesto e continua com a mão lá e além de tudo apalpa minha coxa uma vez e outra.
Meu rosto queima.
- Você gosta daqui... -diz com um meio sorriso. - sempre vem pra cá quando quer pensar. - Seu rosto se contrai em um sorriso exultante. - E você ainda diz que eu não te conheço.
Engulo em seco diante disso, sim, eu gostava de sair para bares ou cafés para poder raciocinar melhor, mas como Dean sabia exatamente o lugar para onde eu iria?
- Porque veio atrás de mim?- pergunto.
Ele suspira fundo e vejo seu peito inflar sob a camisa, percebo certo desconforto quando ele se ajeita na cadeira tirando a mão de mim. Seus olhos fixam os meus cautelosos.
- Você não está bem...
Começa mas eu logo interrompo.
- Estou ótima. -rebato.
Ele se inclina para mais perto de mim e seus olhos queimam.
- Jura, meu amor? -sua voz é aveludada mas ao mesmo tempo soa irônica. -eu sou seu marido, não adianta tentar se fazer de forte, ok? Porque eu sei que você se faz de durona.. invencível, mas que no fundo está confusa e meio perdida.
Ele sabia muita coisa, e parecia me conhecer muito bem, penso no que dizer mas percebo que é em vão, pois nesse momento me sinto assim, sei que estou ferrada mas odeio admitir para mim mesma que estou e não aceito que as coisas terminem assim. A unica coisa que se passa na minha cabeça é que tenho que entrar no jogo dessa criatura e descobrir um jeito de matar todos.
Sorrio, preciso ser simpática e não demonstrar resistência.
Olho em seus olhos verdes por segundos demais, sérios, mas ao mesmo tempo eles me afogam num mar de serenidade. Lembro-me dos dias em que passamos juntos e das vezes que aqueles mesmos olhos tentavam me demonstrar tranquilidade nos meus momentos de crises.
- Tudo bem, Dean. - digo mordendo o lábio inferior, percorro seu rosto com os olhos. - Eu já me sinto melhor, saí um pouco pra aliviar o estresse.
Sorrio para parecer realmente bem enquanto sinto seus dedos acariciar minha mão.
- Elena não para de perguntar por você... - diz me fitando intenso.
Sinto um aperto no peito, Elena era a menininha que eles diziam ser minha filha com Dean.
Não sei o que falar a principio, tento me lembrar como uma mãe de verdade falaria nessa situação.
- Hãã.. -minha voz soa estranha. - Com... todo essa situação... eu... eu deixei de dar atenção pra ela... - engulo em seco pensando no que dizer mais. - Juro que vou melhorar em relação a isso.
M

Supernatural - Swan SongOnde histórias criam vida. Descubra agora