I Can't Get No Satisfaction

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Já estou prestes a enlouquecer.
Faz uma semana que estou presa aqui sem qualquer solução de como escapar desse pesadelo, o pior é que estou me habituando com os custumes da casa, apesar de todos acharem que eu não estou bem e me manter sob constante vigilância mesmo assim consigo escapar e fazer minhas pesquisas mesmo que até agora eu não tenha achado nada.
Caminho pelas ruas rodeadas de mansões me recordando dos tempos de infância, olho distraida para as minhas anotações tentando tirar alguma informação inútil delas, mas eu sempre era levada a lugar nenhum, ando depressa até um jornal local afim de encontrar alguma noticia que ao menos me levasse para o sobrenatural, já que nesse dias que passei aqui não houve nem um tipo de morte estranha no país inteiro, andei procurando por algum caso e era como se o mundo dos espíritos, monstros e demônios estivessem tirado umas férias em outro planeta. Em toda Internet e jornais recentes só haviam motoristas alcoolizados e mortes naturais.
Ao meu vê, o mundo estava regozijando uma paz incomum e isso estranhamente estava me preocupando.
Avisto a editora do outro lado da rua e corro me adiantando para não ter que esperar um carro que vem logo em seguida, atravesso a avenida as pressas e dou uma última olhada nas folhas que carrego nas mãos.
Sinto o choque me fazendo parar sentindo uma leve pontada no braço, ergo o olhar desviando atenção das folhas para pedir desculpas pelo o esbarrão, mas não vejo ninguém.
Meu estômago se contraí e sinto um leve arrepio na espinha, olho ao meu redor procurando a pessoa que poderia ter esbarrado em mim e não vejo ninguém que esteja a um metro de mim, as poucas pessoas que vagam pela rua está distante demais para alguém que acabou de passar por mim, faço o giro de 360° e não vejo nenhum suspeito.
Franzo o cenho pensativa, eu tenho absoluta certeza que alguém me tocou de forma bruta.
Me sinto alerta.
Adentro a editora e me dirigo ao balcão de informação querendo ser encaminhada para falar com o supervisor do jornal, aqui tudo é mais dificil já que não tenho documentos falsos para me passar por alguém importante, um distintivo e tudo seria fácil e até mesmo uma credencial de jornalista me facilitaria algumas coisas; Mas nesse lugar eu sou apenas Melanie, uma jovem comum e sem nada de interessante para conseguir arrancar informações.
Converso com um rapaz que aparenta der uns vinte e cinco anos e de aparência simpática, digo que sou dona de um blog de assuntos diversos e que estou precisando de alguma pauta interressante. Josy, esse era seu nome, me fala que o assunto do momento é sustentabilidade,  então eu deveria apostar nesse tema, reviro os olhos frustrada durante praticamente toda a conversa.
Pergunto sobre acidentes, ou qualquer coisa que me levasse ao mundo dos monstros, mas tudo o que ele falou não me levaram a lugar nenhum já que o mundo parecia ser a prova de monstros.
Saio do prédio furiosa por não descobrir nada, caminho devagar jogando todas as minhas pesquisas no lixo, paro num beco e chuto a enorme lixeira sentindo um leve desconforto nos pés e encosto a cabeça na parede tentando manter o controle para não enlouquecer.
- Tudo bem, moça? - ouço uma voz suave e infantil.
Penso em ser grossa, mas rapidamente me recupero respirando profundamente e me viro encarando a pessoa.
Preciso olhar para baixo e ver o rosto infantil de bochechas coradas parecendo se espantar quando me vê.
Sorrio falsamente.
- Estou bem. - respondo engolindo em seco.
Ela se aproxima depressa com os olhos arregalados.
- Agente Milles? - solta pegando no meu braço.
Não recuo, apenas olho pra menina tentando recordar de que caso ela me conhecia, lembro que esse era um dos meus nomes falsos.
- Sim, sou eu. - minto a me livro da sua mão que me agarrava com força.
- Graças a Deus eu te encontrei. - diz parecendo chorosa. - Tem alguma coisa errada, agente, depois que aquele cara nos atacou o mundo ficou de pernas pro ar, quando eu acordei tudo tinha mudado, as coisas não se encaixam... quero dizer, eu acho ótimo ter minha irmã de volta, mas... sei lá tem algo muito errado aqui.
Meu coração acelera, aquela garota era a fonte de informações que eu precisava.
- Qual é seu nome mesmo? - pergunto ansiosa.
Seu rosto se contorce demonstrando confusão.
- Samantha Jones - diz cautelosa - não se lembra de mim, agente?
Engulo em seco olhando em seus olhos azuis safira e pensando em como eles eram bonitos e familiares.
- Desculpa, querida. - tento ser agradável como nos filmes água com açúcar - Eu sofri um acidente e não me lembro de muita coisa. Mas quero saber do que você estava falando sobre a sua irmã. - sorrio tentando parecer simpática - Vamos tomar um sorvete? - digo ansiosa para começar a preencher as lacunas.
Ela me olha confusa mas assenti dando um passo a frente.
Coloco as mãos nos bolsos da jaqueta, e caminho devagar com aquela menina.
- Cadê sua mãe? -digo reparando que ela não devia está sozinha.
Ela revira os olhos.
- Como eu disse, aqui é estranho... - diz puxando minha mão a segurando. - Antes, eu era a filha ignorada, mal eles tinham tempo para mim... e agora, eu tenho a familia perfeita onde eu sou o centro das atenções. E isso é um porre.
A garota fala como se fosse uma adulta, o fato dela segurar minha mão enquanto caminhamos me causa estranheza e me faz lembrar de Sarah do tempo em que éramos crianças.
- Na verdade, meu nome é Melanie Collins. - falo por fim. - Provavelmente eu te conheci em algum caso, não sou agente do FBI sou uma caçadora de monstros. - olha para ela querendo lhe passar confiança. - Tive minha familia morta e agora eu estou aqui e todos eles estão vivos e não sei como isso possa ter acontecido.
- Como assim? - seus passos cessam, e eu consequentemente paro com ela.
- Sabe o scoob-doo? - Ela assenti com o cenho crispado. - Eles caçam monstros, certo? Então, eu faço o mesmo só que de verdade. -lanço-lhe um sorriso ameno. - Eu sou uma caçadora de monstros e nós nos conhecemos porque sua irmã pode ter sido pega por um.
Voltamos a caminhar em silêncio, ela encara o chão com seu rosto contraído como se algo a pertubasse.
- Então eu não estou ficando louca? - diz com um sorriso rápido - Toda aquela luz me sugando, a voz atormentada da minha irmã que eu conseguia ouvir... isso aqui - seus olhos devagam ao nossa redor. - Tudo isso aqui está acontecendo de verdade, sra Collins?
Percebo que ela me chamou de senhora e estranho mas logo me lembro que aqui carrego uma aliança de compromisso e ignoro esse fato.
- É tudo verdade. - começo cautelosa já que estava falando com uma criança. - mas não se preocupe tudo vai terminar bem bem e não se pira.
- O que será que aconteceu? 
Pergunta sem me encarar.
Fito o horizonte.
- Estou perto de descobrir. Agora me conte tudo o que você se lembra.
E enquanto tomamos um sorvete a garota me conta sobre o sumiço da irmã, do homem que nos atacou antes dela acordar com a vida perfeita e da luz azul que ela viu antes de apagar.
Fico atenta a cada detalhe da história, de como sua irmã tinha sumido e que mesmo chorosa ela se mantinha se mantido convicta de suas palavras. As vezes me perco olhando para essa garota, de como ela é corajosa e inteligente por ter percebido que algo estava errado apesar da pouca idade; isso me leva aos dias em que conheci os Winchester de como eu era criança e ter que encarar o que a vida tinha me premiado.
Se tudo terminasse bem, ela teria que viver sabendo de toda a verdade sobre monstros existirem e possivelmente dentro de seu próprio armário ou até debaixo da sua cama, torço para que consiga viver em paz com sua família e que mesmo sabendo que o mundo não é justo em vários aspectos, inclusive a da  força, quero que Samantha não faça como eu que enlouqueci a ponto de me tornar uma caçadora.
Depois que deixo ela em sua casa prometendo que tudo voltará ao normal, vou até a casa que falam que é minha.
Na estrada sinto a emoção de uma caçada desafiadora, meu jeep é o mesmo que eu me lembro e ter meus dedos apertando aquele volante famíliar me trazia calma, acelero o carro que desliza sobre o asfalto enquanto a brisa fria entra pela janela acompanhada das palavras daquela garota, elas ficavam rodopiando em minha cabeça dando várias cambalhotas e ricocheteando por todos os lados e sempre me levavam para o mesmo lugar.
Eu tinha pegado aquela foto do porta retrato daquela família feliz em que eu estampava um sorriso acompanhada de Dean e quando o farol fecha com a luz vermelha refletindo no para-brisa, pego o pedaço de papel e o fito por um instante guardando cada traço daqueles rostos felizes.
Pego o celular e procuro o contato da minha mãe e ligo.
- Mel? 
Ouço sua voz desconfiada pelo auto falante do celular.
- Oi, mamãe. - sinto meus olhos se encherem de lágrimas, observo que o farol abriu, troco de macha e acelero, sinto minha voz embargando. - O papai tá aí do seu lado?
- Está sim. - diz suave. - quer falar com ele?
As lágrimas escapam silenciosas.
- Coloca no viva voz quero falar com vocês dois.
Ouço ela chamar por Thiago.
- Estamos ouvindo, meu bem. - papai diz parecendo sorri enquanto fala.
Meu coração parece reduzir de tamanho enquanto falo.
- Eu fiz uma coisa horrível. - começo é minha voz sai estranha - E eu nunca vou me perdoar por isso.
- Do que você está falando, Melanie? - a voz da minha mãe aparece abrupta e preocupada.
- Deixa ela falar,  Liz - papai a repreende como nas minhas lembranças.
- Só me escutem, ok? Eu matei vocês, quero dizer, a coisa que matou vocês na verdade queriam a mim... mas eu não consegui salvar vocês.
Eu podia ouvir o coração dos meus pais acelerando.
- Melanie, calma - meu pai surge. - você não está bem.
- Onde você está? - mamãe berra no celular.
- Liga pro Dean agora. - ouço Sarah falar distante.
- Eu estou bem, mamãe - falo limpando as lágrimas. - Muito bem eu só quero que vocês saibam que eu continuo amando vocês, de verdade, e que sinto muito por não ter impedido Azoel. Todos os dias eu me lembro de vocês e principalmente daquela noite. No início eu achei que eu tinha ganhando uma segunda chance, mas isso é real e a dor da perda de vocês continua sendo bem real mesmo os tendo aqui ao meu lado, porque no fundo eu sei que estão mortos e felicidade nenhuma consegue apagar as lembranças que tenho daquela noite. Não existe perdão pra mim e em nenhuma realidade eu vou está livre do peso dessa culpa. Aqui ou lá eu vou ser infeliz e não tem nada que possa mudar isso e querem saber? Eu sei bem como conviver com isso. Eu aguento as consequências numa boa e ainda consigo sorrir as vezes.
Desabafo.
- Melanie, para agora! - minha mãe diz chorando.
- Você bateu a cabeça, Mel tudo o que você pensa saber não é verdade. Nós estamos aqui todos bem e vivos.
- Eu só quero que vocês saibam que eu amo vocês e já estou indo pra casa, não precisa chorar mamãe.
- Melanie! - Sarah esbraveja pelo alto falante do celular. - Você está doente! E...
- Me perdoa, Sarah. - murmuro ignorando suas palavras afiadas. - Eu continuo amando você...
Desligo o celular o jogando pela janela do carro em movimento com o grito da minha mãe sendo sugado pelo o assobio do vento.
Acelero o carro vendo apenas a estrada em minha frente, sendo mais uma noite jogada dentro daquele mar de lembranças ruins.
****
Dean escancara a porta do escritório gritando o meu nome, estou sentada na poltrona no canto da sala com apenas a luz do abaju iluminado aquele refúgio e sem me alterar dou o último gole do que restou do whisky e olho em sua direção.
- Estou aqui. - a tranquilidade que entôo não é nada comparado ao furacão que está percorrendo meu corpo. - Olá, Dean.
Ele praticamente corre até mim e segura meu rosto com as duas mãos enquanto me avalia como um médico faz com seus pacientes.
- Sarah me ligou e me dizendo um monte de coisas - as palavras escorrem de sua boca rápidas demais. - me diz como está se sentindo? Já chamei o doutor Hamilton. Só me diz que está tudo bem, meu amor.
Ele me puxa desesperado colando nossos corpos me abraçando, suas mãos percorrem meus braços de cima a baixo e logo me beija com ardor e e eu permaneço imóvel sem esboçar nenhuma reação.
- Eu e estou bem. - digo rígida. - Durante todo esse tempo aqui  nunca estive tão ótima.
Seus olhos se abrem e seus lábios fórmula um sorriso em linha reta.
- Que ótimo, meu bem. - diz estreitando os olhos. - mas me diga o que aconteceu.
- Eu sei o que você é. - digo me afastando dele. - sei tudo sobre sua espécie e o que fazem com as pessoas que capturam.
Depois de ouvir o que Samantha  disse, pude juntar os fatos e finalmente descobrir o que estava acontecendo.
- Melanie. - fala dando um passo em minha direção, mas recuo depressa. -
- Eu estou ferrada. - falo com um sorriso trêmulo. - Em algum lugar eu devo está sendo sugada até as últimas por um Djinn desgraçado.
Ele continua parecendo confuso.
- Escuta, Mel você bateu a cabeça e está delirando... Eu vou cuidar de você mas vou ligar pro doutor Hamilton pra pedir ajuda.
Arqueio minha sobrancelha mostrando que eu não ia cair naquele jogo sujo, de repente a  feição de Dean se transforma, de confusa passa a ficar rígida, impenetrável aquele era o Dean Winchester que eu havia conhecido.
- Melanie!
Vejo seu rosto mais uma vez, só que sob uma neblina densa.
- Melanie! - repete e sinto umas pontadas no meu rosto.
Seus olhos estão diferentes.
Ignoro sua tentativa de me convencer que aquilo era mentira.
Sinto uma pontada no peito.
- Você está louca. - diz sereno.
Sorrio de canto de boca.
- Você sabe o que eu sou. - solto lentamente. - E eu vou te matar.
Seu rosto se franze.
- Mel, escuta - diz calmo - tudo o que você acha que sabe é coisa da sua cabeça, eu sou real.
E seu rosto se funde com outro rosto, é o mesmo de Dean só que mais severo e mais velho e na última frase apenas o Dean mais velho fala enquanto o outro se cala.
Dou um passo atrás recuando piscando várias vezes, a imagem embaçada me desconcentra.
- Para! - escuto zunidos - Seu djinn desgraçado!
Afasto mais ainda encostando minha cabeça na parade, agarro meus cabelos enquanto eu perdia o controle sobre os meus pensamentos.
- Eu te dei o que você mais queria, não sei porque  não aceita o que eu estou te oferecendo. - fala meio que gritando. - Eu te devolvi um lar! Marido bonitão, uma filha adorável... mãe, pai e a sua querida irmãzinha! Só aceita toda essa porcaria de família feliz, por que é isso o que você mais quer!
- A troco do quê?! - berro de volta. - Você está me sugando em alguma vala qualquer, seu monstro desprezível! E sabe o que mais? Eu nem ligo, sinceramente eu não me importo eu já estou morta, mas de uma coisa eu sei, eu vou matar você nem que seja a última coisa que eu faça!
Ele sorri debochado.
- Esse é meu mundo, garota. - seus olhos me fitam intensos. - eu que comando as cordas.
- Então é aqui mesmo que tudo vai terminar!
Corro em sua direção com meu corpo explodindo em centenas de faíscas doloridas, jogo o Jinn contra a parede.
Esmurro seu rosto diversas vezes mas ele parece indestrutível.
Sua mão imponente agarra meu pescoço e seus olhos fixam nos meus me especulando.
- Durante todo esse tempo - murmura e eu sinto seu hálito roçar meu rosto - estou me perguntando como você está resistindo a tanto tempo.
Ele aspira o meu perfume percorrendo seu nariz pelo meu pescoço, estremeço diante daquilo e sinto uma vontade enorme de vomitar, trinco os dentes imaginando o que se passa pela sua cabeça.
Me debato tentando me livrar dele.
- Seu monstro asqueroso! - grito enojada.
Seus dedos agarram com mais força o meu pescoço.
Ouço meu cérebro gritante ordenando que eu acordasse.
"Garota idiota! Acorda ou você já era!"
Meu cérebro estremece me causando uma dor insuportável, fico confusa fechando meus olhos com força e me sinto fraca de repente.
Volto a encarar o jinn.
- O que você está fazendo comigo? - pergunto assustada com o jogo que ele estava fazendo com os meus pensamentos.
Minha pernas estremecem e meu corpo queima estranhamente. Volto a ver um Dean diferente me chamando, tento me concentrar ao máximo mantendo uma postura firme.
- Fica aqui. - Esse Dean pede.
- Vamos, Mel. - o outro Dean pede - aqui comigo, vamos!
A voz gritante na minha cabeça não para.
Fecho os olhos com força a dor me lambe inteira, estou começando a ceder não suportando.
Respiro estranho.
- Eu não posso. - respondo trêmula. - Essa não é minha vida.
Dean se aproxima tocando meu rosto.
- Claro que pode, aqui você é feliz. - diz suave. - Eu te dei uma felicidade que a muito tempo você desconhecia. Isso é tudo o que você mais quer!
Um tremor se espalhe pelo meu corpo.
"Para de tremer sua babaca! Reage." Meu cérebro reage sozinho.
- Esse seu interesse em mim... É estranho demais.... - sussurro já sem fôlego.
- Em todos esse anos de existência eu nunca encontrei um humano como você. - diz suavemente e uma ruga se instala entre suas sobrancelhas. - Sua essência é diferente de tudo  o que já provei e me deixa bem mais forte. Tem algo em você, garota... e não é humano.
Penso em tudo que vivi ali.
- Azoel... - solto sem querer.
Seus olhos me fitam. Azul intenso.
Vejo o outro Dean me chamando, minhas bochechas queimam.
- Eu não quero ficar! Não é o que eu quero eu já sofri o que tinha que sofrer e já está mais do que na hora de superar.  - fito o chão que muda de aparência várias vezes. Limpo, azulejos. Sujo, terra.
- E daí, Mel. Aqui você vai envelhecer e vai continuar conosco. - Sam aparece acompanhado de sua mulher ele segura Elena, ao seu lado está Sarah e sua família e logo atrás se encontra meus pais.
Meu coração se estilhaça, eu sentia a dor das perdas bombear meu sangue e percebo que estou sufocando a fim de segurar as lágrimas.
- Fica aqui. - Sarah pede. - Por favor.
Engulo em seco.
- Eu não posso. - choramingo olhando para os meus pais. - eu não posso mesmo, me perdoem.
Estou sufocando literalmente, Dean agarra o meu pescoço com maus força, arregalo os olhos e seguro seus braços tentando afasta-los de mim.
- Ah, querida. - Dean diz sombrio. -Então eu vou matar você!
Seu sorriso se alarga cruelmente.
Tudo fica escuro de repente.

Supernatural - Swan SongOnde histórias criam vida. Descubra agora