Capítulo 10

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A semana acabou bem rápido depois do episódio da excursão, realmente ainda não acredito que a Angie fez mesmo isso, qualquer coisa poderia ter acontecido comigo e com a Selena, se ela achou que não teria retorno, ela estava muito enganada, mas não estou pensando em vingança agora, quero deixar as coisas esfriarem um pouco. Matheus me convidou pra ir na casa do pai dele no domingo, ou seja hoje, ainda estou meio hesitante sobre isso, é como se fosse uma Katherine bem pequenininha dentro de minha cabeça falando "Cuidado Kath, não vai" mas eu já disse que iria, e mesmo assim, o quê poderia acontecer?
De manhã acordei, e vi uma coisa que estava esperando desde o dia em que eu cheguei, o sol de Paris atravessando a janela do quarto, era simplesmente maravilhoso, não tinha reparado nisso até hoje.
Saio da cama, vou até meu guarda-roupa, ultimamente só tenho usado meu uniforme e sinto falta de um vestido ou uma calça jeans, preciso de uma roupa pra usar hoje no almoço, procuro no meu guarda-roupa alguma roupa que me deixasse parecendo uma pessoa importante, quero passar uma boa impressão para o pai dele, quer dizer, qualquer um faria isso, não é?
Depois de tomar banho, visto um vestido azul com detalhes brancos, coloco um salto alto branco, e coloco o cordão que Matheus me deu, pego uma bolsa azul da Selena e passo um batom vermelho, saio de meu quarto e depois do dormitório, lá fora vejo Matheus sentado em um banco segurando um buquê de flores.
Que lindo.
Assim que ele me vê ele levanta e sorri.
_Ei Kath, te trouxe isso_ ele diz me entregando o buquê.
_Que fofo! Obrigada_ agradeço.
_Bem, vamos?_ ele diz colocando as mãos nas minhas costas.
_Vamos.
Quando chegamos lá fora, ele chamou um táxi que não demorou muito para chegar, entramos no táxi e o carro começou a andar, estava muito nervosa, sentindo um frio na barriga, mas eu me distraí um pouco, quando eu e Matheus começamos a conversar, ele me disse várias coisas sobre a sua família dele, que ele ia pescar no verão com os primos dele, de como ele passava o Natal na casa dos seu avós, mas a calma acabou quando chegamos na casa dele, era enorme e maravilhosa, tinha um jardim imenso na parte da frente da casa, com uma piscina, no portão de entrada o porteiro abriu o portão e o taxista nos deixou enfrente a casa, meu coração estava a mil, o pai dele e uma mulher que parece ser mais nova veio nos receber. _Olá, meu nome é Andrew Rousseau, e você deve ser a Karine.
_É Katherine, pai.
_Prazer, Katherine_ diz a mulher do lado do pai do Matheus.
_Prazer_ respondo.
Entramos na casa nós quatro, se a casa era bonita por fora, ela era perfeita por dentro, na sala de estar tinha um lustre imenso, um piano debaixo de escada, uma mesa, e tantas outras coisas, estava super sem graça.
_Nós vamos almoçar aqui?_ Matheus pergunta.
_Não, vamos almoçar lá fora, só estamos esperando seu irmão_ o pai dele responde.
Ele tem um irmão? Por que ele não me disse? Nesse momento, um homem usando terno e gravata desce as escadas ao lado de uma mulher, provavelmente o tal irmão do Matheus.
_Charles! Meu garoto_ anuncia o pai do Matheus_ venha almoçar conosco.
_Claro pai!
_Charles, quanto tempo_ Matheus disse sorrindo.
_Pois é, já faz um ano né?_ Charles pergunta, ambos riem.
Não estou entendendo nada.
_Essa é a Katherine minha namorada_ Matheus me apresenta.
_Olá, tudo bem?_ digo sem graça.
_Tudo, muito prazer Katherine_ Charles diz.
_O prazer é meu.
Nós fomos para uma mesa lá no jardim, Uau! , era tudo que eu conseguia pensar, sentamos na mesa nessa ordem, o pai do Matheus na ponta, eu e Matheus nas cadeiras da direita, Charles e sua noiva nas cadeiras da esquerda, e a madrasta do Matheus na outra ponta, eles começaram a conversar entre si, e eu cochichei para Matheus:
_Não me disse que tinha um irmão.
_É porque ele não mora aqui na França, ele cursa medicina em Havard, nos Eua_ ele cochicha de volta.
_Também não me disse que mora numa casa onde cabe três da minha.
_Não achei importante te dizer.
_Mas pelo menos eu poderia ter vindo com uma roupa mais bonita.
_Ah que isso, você está linda.
Almoçamos e depois eles continuaram a conversar, o nome da noiva de Charles era Alice, eles se conheceram no primeiro ano de faculdade, Sim, eu estava me sentindo meio excluída, pelo simples fato de eu não saber nada sobre Harvad e medicina, mas resolvi deixar pra lá, pedi licença para ir ao banheiro, fui pra dentro da casa deles, a chiqueza deles já estava me deixando sufocada, procurei o banheiro em todos os lugares, a casa é tão grande que nem o banheiro eu acho, vi o pai de Matheus escolhendo um vinho.
_Com licença, você pode me dizer aonde é o banheiro?
_Na verdade não_ ele diz me encarando.
O quê ele disse?
_Desculpa, eu não ouvi direito_ respondo fingindo que nada aconteceu.
_É isso mesmo que você ouviu, e realmente eu não sei o que você ainda está fazendo aqui, não percebeu que você não se encaixa aqui.
É humilhante o que ele está falando.
_Por que você está fazendo isso?_ forço para não chorar.
_Porque eu quero o melhor para o meu filho, veja como a Alice é, inteligente, bonita, vem de uma boa família, ela daria uma ótima esposa, e você_ ele me olha de cima pra baixo_ você ficou perdida na conversa o almoço inteiro, só de olhar pra você me dá dó, você não é nem a metade do que a Alice é, Matheus já teve muitas namoradas iguais a você, e elas não duraram nem dois meses_ já conseguia sentir as lágrimas descerem pelo meu rosto_ eu já estou ficando cansado disso, não perca seu tempo jovem Karine, você sabe que gente como nós e o Matheus não fica com gente como você.
  Aquilo foi a gota d'água comecei a chorar, como um bebezinho, e a coisa que mais doía era saber que o que ele me disse era verdade, desde que chegamos ali eu não estava mais o reconhecendo, ele estava falando sobre planos que não me incluíam, rindo e conversando com eles como se eu nem estivesse ali, então só me restava acreditar.
_Tudo bem então, Andrew_ digo enxugando uma lágrima, e pegando minha bolsa que estava na mesa_ eu vou embora.
_Não Katherine, você não pode ir_ Matheus grita da porta_ não vou deixar ele fazer isso comigo denovo, não acredita nele.
Voltei a chorar, não acredito que Matheus também tinha escutado essa humilhação, não respondo ele, vou correndo até a outra porta, atravesso o jardim o mais rápido possível, mas foi inútil a tentativa, ele me alcançou no meio do jardim.
_Kath, vamos conversar, por favor_ ele diz.
_Não tem nada pra conversar, seu pai tem razão em tudo que ele disse, é só ei que ainda não tinha percebido_ falo sem olhar pra ele.
_Não importa o que meu pai disse, importa o quê eu vou te dizer_ ele me segura forte, me colocando tão perto de seu rosto que posso ouvir sua respiração, ele está com uma cara séria, olhando diretamente para meus olhos_  Katherine, desde o dia eu que eu te conheci, eu me apaixonei por você, pela sua simplicidade, pela sua alegria, seu jeito de pensar, Katherine, eu simplesmente amo você!
Ele me beija. Não sei o que dizer, estou pasma.
_Eu, eu também te amo_ digo sorrindo e chorando ao mesmo tempo, ele me beija outra vez.
Nós fomos embora, e fomos até um parque e sentamos em um banco olhando o pôr-do-sol, o dia foi muito complicado, acho que eu provoquei uma briga de pai e filho bem grande, Matheus me olhava sorrindo como se nada tivesse acontecido, mas também acho que é melhor deixar pra lá, voltamos para o colégio e ele me deixou enfrente ao meu dormitório depois de dizer que me amava outra vez e ter me dado um beijo na testa, hoje foi um dia e tanto.

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Uhuul!! CAP 10!!
Muito obrigada a todos que estão lendo esse livro, amo vocês.
Um Beijo pra vocês.
- Raquel.
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Uma outra coisa que eu queria falar, é que eu ando errando demais ultimamente, vou tentar corrigir os erros, e errar menos.
Me desculpem.

Uma aventura em ParisOnde histórias criam vida. Descubra agora