•Não me podes conhecer.
Fiquei a espera dos resultados, sentada na primeira cadeira da fileira e então decidi que comer algo seria o melhor jeito de esperar.
Me levantei e quando comecei a andar, um rapaz com uma senhora em uma cadeira de rodas passaram por mim, sérios, mas o que me chamou a atenção foi que o cara que levava a cadeira de rodas, não é nem de longe o que fazer o tipo que leva a avó para a consulta médica.Os segui pelo corredor, já que, para fazer eu não tenho nada a não ser esperar os resultados.
Eles pararam a frente da recepcionista e o rapaz a pediu os resultados de algum exame, a mesma o entregou papéis que ele logo entregou a senhora, que ao abrir, colocou as mãos a tapar a boca e a respirar com dificuldade, o rapaz foi até sua frente e se abaixou. Eu levava comigo uma câmera pendurada ao pescoço, então a peguei e tirei uma foto bem na hora que o rapaz segurou as mãos da senhora, ele se virou para mim ao sentir o flash, ficou mais sério ainda e se virou novamente para a senhora, ela o olhou com os olhos cheios de lágrimas, mas ele apenas a olhou, se levantou e a levou até a saída do hospital.
A senhora não me era estranha mas não me atrevi a prestar mais atenção, mas o rapaz sei que já vi, moreno com olhos cor de mel e um topete perfeitamente alinhado. A recepcionista me chamou, entregou os resultados dos meus exames e eu sai a correr, vi o rapaz e a senhora um pouco longe e então apertei o passo chegando até eles.
Aquela senhora era amiga de minha mãe quando ainda viva, eu a reconheço, Sra. Malik.
Quando cheguei perto deles o moreno me olhou bravo e a senhora ainda tinha lágrimas aos olhos.- És a filha de Marie, como crescera querida. - Sorri para ela.
- O que a esta a deixar assim.. triste?
- Me podes acompanhar até minha casa e te posso contar. - Ela sempre gostou de companhia.
- Claro, se não atrapalhar. - Digo a olhar para o moreno que parecia me odiar de longe.
- Vamos. - Diz ela, me dizendo com o olhar que estava tudo bem.
Segui ela e o senhor mal-humor até a casa que ela mora desde que me lembro. Venho a casa dela desde os cinco anos, parei a quase um ano quando minha mãe ficou doente. Passamos pelo portão e então ao fundo vi uma casinha menor que não estava lá a um ano atrás.
- Entre. - Entramos e o rapaz a ajudou a se sentar no sofá na sala e foi até onde eu me lembro ser a cozinha. - Este que saiu é meu neto, veio morar aqui a mais ou menos dois meses, que são sua férias, quando precisei de ajuda. Já não consigo andar sem ajuda, e minha filha o pediu que me ajudasse, mas ele não parece se importar com muita coisa. Você havia me perguntado o que aconteceu certo?
-An.. Sim. - Digo meio sem jeito, ela parecia muito mais triste que antes.
- Esse meu neto que mora aqui foi a um psicólogo, me deixa muito preocupada, não posso perde-lo. O psicólogo disse em um relatório superficial que meu neto tem Transtorno explosivo intermitente. Ele não consegue conter seu comportamento e acaba. -Terminei a frase por ela.
- Perdendo o controle. Minhas últimas aulas foram sobre isso. Estou a cursar psicologia. - Disse me lembrando das últimas aulas que tive.
- Faz faculdade de psicologia desde quando sua..? - Disse ela parando a si mesma.
- Já vou me formar, decidi isso depois de meu irmão apresentar problemas emocionais. - Digo me recordando dele que agora esta a morar com meu pai do outro lado da cidade.
- Oh, entendo. Creio que te saíra uma ótima psicologa. - Disse sorrindo para mim.
- Obrigada, posso conversar com seu neto, talvez eu tenha mais sorte, mas agora preciso ir, amanhã ainda tem faculdade. - Disse me levantando.
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My Life Again - Z.M
FanfictionEu disse para não se apaixonar por mim. Eu disse que não daria certo. Disse que não poderia fazer tudo o que pedisse mas você não me quis ouvir, você não me quis entender quando disse-te que não poderia amar-te. Quando disse que comigo não poderia t...