Capitulo X - Instinct.

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— Tão cheio. – Murmurou o ômega. Seus joelhos fraquejaram por um instante, mas Harry o manteve no lugar com as duas mãos em seus quadris.

O nó ainda estava preso, se Louis caísse deitado certamente o arrancaria dolorosamente, então o alfa o manteve seguro. O peito de Harry subia e descia rapidamente por conta de sua respiração ofegante e ele usava os polegares para acariciar suavemente a pele quente do ômega.

— Você está cheio com os meus filhotes, ômega. – Sussurrou admirando o traseiro avermelhado de Louis.

Lentamente o nó se desfez e Louis caiu deitado de bruços com Harry ofegante ao seu lado.

— Tomara que não. – Respondeu Louis.

— Você não quer meus filhotes? – Questionou o alfa com o cenho franzido.

— É claro que não.

— E por que não?

— Você não quer conversar sobre isso agora, não é?

— Talvez eu queira.

— A gente acabou de transar.

— É. E você tá ocupado? Tem algum lugar pra ir?

— Não seja idiota.

— Não me deixe sem resposta.

— Não deixei.

Harry rosnou contido e virou-se na cama, num movimento rápido puxou o ômega pela cintura e o colocou sob seu corpo, pairando sobre o Louis com a expressão irritada, apoiando-se nas mãos, uma de cada lado da cabeça do ômega.

— Sou bom o bastante pra foder você em um motel vagabundo, mas pra ser o pai dos seus filhotes eu não presto?

— Ninguém presta pra ser pai dos meus filhotes. – Louis desafiou. – Nem você, nem ninguém.

— Mas você é muito pretensioso mesmo.

— Não é pretensão, é verdade. – Louis rosnou. – Caipira estúpido.

— Caipira é? Bem que você gosta.

— Grosso. – Louis cuspiu o xingamento e moveu-se desconfortável tentando empurra-lo, mas Harry não se mexeu. – Se você acha que vai me engravidar e me deixar preso em casa bancando a dona de casa pra você sair por aí trepando com qualquer semovente que encontrar pelo caminho, você tá redondamente enganado.

— Você já planejou nosso futuro. – Harry disse sorrindo e Louis não soube o que responder. – Aliás, você já lavou um prato na sua vida? Duvido que saiba fazer qualquer coisa que lembre vagamente uma dona de casa. – Harry sussurrou, os grandes olhos verdes brilhando qualquer coisa entre raiva e excitação. – Bom, qualquer coisa exceto sentar no meu pau.

Louis arregalou os olhos minimamente, tentou forjar uma irritação, mas seu corpo o denunciou. Não pôde esconder a tremedeira nem o espasmo que fez seu pênis, esquecido entre os dois, ganhar algumas polegadas a mais em sua ereção.

— Desgraçado. – Louis rugiu antes de dar um forte tapa no rosto do alfa. – Cafajeste dos infernos. – Xingou ao estapear o outro lado do rosto de Harry.

Um sorriso malicioso brincou no rosto de Harry quando ele juntou os lábios aos de Louis em um beijo intenso. Os braços do ômega envolveram o pescoço do alfa imediatamente assim que ele correspondeu ao beijo, entreabriu os lábios e cedeu espaço para a língua de Harry massagear a sua com veemência.

Harry deixou seu peso cair sobre o corpo de Louis, apenas o suficiente para pressionar gostosamente os membros juntos. O atrito e o aperto arrancaram do ômega um gemido contido que morreu entre os lábios do alfa que movia o quadril levemente. Com as mãos mergulhadas nos cachos suados, Louis sentia na pele as pequenas correntes elétricas que eriçavam seus pelos.

Six days of heat ~ l.s (ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora