Capítulo XIII - Dare you to move.

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Créditos do gif na capa do capítulo:

https://weheartit.com/entry/215690481/via/larrystonecold

Enjoy <3

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Semanas se passaram. Muito mais do que Louis julgava ser capaz de suportar, ainda assim, lá estava ele, mais uma manhã escolhendo o terno que iria usar para o trabalho. Tarefa essa que andava mais difícil de realizar tendo em vista que ele parecia ter engordado alguns quilos e suas calças teimavam em não fechar.

— Inferno. – Reclamou o ômega diante do espelho ao perceber que mais uma de suas calças não fechava.

— Louis você não vai tomar café da manhã? – Perguntou Cecil do lado de fora do quarto.

— Não, como qualquer coisa na lanchonete. – Respondeu Louis enquanto procurava alguma roupa que ainda servisse.

— Querido, por favor, você não pode comer tanta porcaria desse jeito. – Insistiu Cecil.

— Olha Cecil, a lista de coisas que eu posso fazer é bem longa. – Rosnou o ômega assim que conseguiu fechar o zíper do jeans. – Comer na lanchonete tá incluído nela, portanto... – Continuou ao abrir a porta. – Vou comer na lanchonete, me deixa em paz.

Louis passou pela ômega terminando de abotoar uma de suas camisas mais largas. Ao chegar à sala, pegou do cabideiro o único blaser que ainda servia e o vestiu, seguindo em direção a garagem.

— Você vai assim pra empresa? – Cecil quis saber.

— É Cecil, eu vou assim. Minha empresa, minhas regras. – Disse Louis batendo a porta atrás de si e dando passos apressados até o carro.

O humor de Louis andava instável, ele temia estar próximo do heat novamente e tudo que ele não queria era passá-lo com um alfa qualquer. Fez o mesmo percurso entre sua casa e a empresa, tamborilando os dedos no volante e sentindo-se mal pela forma como havia tratado Cecil, de repente sentiu uma vontade incontrolável de chorar. Tantos sentimentos conflitantes dentro dele, o ômega não fazia ideia de como lidar com tudo aquilo. Mesmo assim, engoliu o choro e seguiu para o trabalho, chegando lá no horário de sempre. Estacionou em sua vaga e seguiu para o prédio, ignorando alguns cumprimentos que recebeu pelo caminho.

Quando finalmente sentou-se em sua cadeira, Louis relaxou. Apoiou os cotovelos na mesa e cobriu o rosto com as mãos, inspirando e expirando profundamente enquanto tentava organizar os pensamentos caóticos que tendiam a deixá-lo ainda mais irritadiço, a beira de um ataque de nervos. Levou alguns minutos até conseguir se acalmar, respirou fundo e pegou o telefone em sua mesa, discando o ramal de sua assistente.

— Moira, eu preciso de um favor seu.

Claro?!

— Preciso que me compre algumas aspirinas. E me traga um café também.

Tudo bem.

— Agora, por favor. Obrigado.

Levou algum tempo até que Moira batesse na porta e Louis pedisse baixinho que ela entrasse. Ela se aproximou o suficiente para deixar o café e o remédio próximos as mãos de Louis, sorriu pequeno antes de sair deixando-o sozinho logo em seguida. Depois de engolir dois comprimidos de uma vez, o ômega tomou o café, sentindo seu estômago reclamar quase que imediatamente. Ignorou o desconforto e começou o dia de trabalho.

Louis sabia que não poderia fingir que estava tudo bem por muito tempo, mas enquanto pudesse, continuaria a ignorar os próprios sentimentos. Quanto mais o tempo passava, menos certeza ele tinha de que Harry realmente pretendia fazer alguma coisa a respeito dos dois. Por várias vezes ele tentou conversar com a mãe, mas Johannah estava irredutível, sempre dizia que não havia solução e que o mais seguro era manter distância, chegou a cogitar conversar com o avô, mas William e Ava haviam sumido, os rumores diziam que estavam mortos. Ele não saberia dizer se era verdade ou não.

Six days of heat ~ l.s (ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora