Capítulo I - The contract.

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Enquanto batia as unhas bem aparadas sobre a mesa de mogno, Louis Tomlinson checava seus e-mails com atenção. Era uma manhã especial para o ômega e mesmo que tentasse esconder, a excitação e a ansiedade caminhavam juntas em seu corpo, mantendo-o levemente instável. Por outro lado, seu escritório impecavelmente branco emanava a calma necessária para equilibrar a aura por perto do executivo. A luz do sol atravessava o vidro escuro da sala, que ficava na cobertura do prédio, e refletia o ambiente sem que houvesse uma claridade excessiva a ponto de incomodar. Os móveis, restritos à um sofá creme próximo à porta, sua cadeira de couro sintético também creme e sua mesa, mantinham a tonalidade bastante clara e a decoração minimalista, algo que acentuava ainda mais a beleza do quadro que decorava a parede atrás de sua cadeira, em arte abstrata e que usava cores berrantes em formas aparentemente confusas.

O escritório de Louis era bastante espaçoso, sua empresa, a The Tomlinson Inc. era especializada na geração de energia elétrica sustentável, principalmente energia eólica. A empresa possuía filiais espalhadas por todo o mundo e era conhecida também por seu trabalho de caridade. A receita líquida mensal alcançava a casa dos bilhões, mas o ômega não fazia o tipo esbanjador. Herdara a empresa do pai, Mark Tomlinson, que havia falecido quando ele tinha dezoito anos, seu compromisso era basicamente manter o legado da família e cuidar da mãe. Talvez o quadro em sua parede fosse sua única grande aquisição fútil.

Quando o telefone em sua mesa tocou, o ruído alto assustou-o um pouco. Pigarreou uma ou duas vezes para se recompor e então atendeu:

— Sim? – Sua falsa displicência sempre o denunciava, Louis era um livro aberto e sempre odiou isso.

Há um rapaz aqui para vê-lo. – Respondeu Moira, sua assistente, do outro lado da linha. – Devo mandá-lo entrar? Ainda é cedo.

— Por favor. – Pediu Louis. Um ok sussurrado do outro lado da linha o fez desligar e voltar sua atenção para a porta de madeira alta de seu escritório.

Ouviu duas batidas suaves antes que a porta fosse aberta e sua linda assistente entrasse. Ao entrar, a ômega ruiva segurou a porta e disse qualquer coisa ininteligível, sinalizando para que alguém, que vinha logo atrás dela, também entrasse.

Rapidamente um homem alto, que aos olhos de Louis deveria ter vinte e poucos anos, entrou. Moira então agradeceu baixinho e pediu licença antes de sair e bater a porta deixando-os a sós.

O estômago de Louis deu pequenas voltas ante a presença opressora daquele rapaz. Um alfa. Um belo espécime de alfa, ele diria. O jovem continuou parado no meio de sala de onde lançou um sorriso pequeno, exibindo uma única covinha, na direção de Louis. Suas mãos sumiam nos bolsos do jeans escuro que usava e sua camisa branca estava desabotoada até o meio do estômago, deixando graciosos milímetros de pele à mostra para o deleite do ômega. Os cabelos caíam em cachos achocolatados sobre os ombros e emolduravam o rosto másculo, com o maxilar marcado e os traços fortes. Seus olhos impossivelmente verdes encaravam o ômega tão fixamente que Louis sentia-se despido diante dele. Piscou rapidamente e se levantou, puxando para baixo o paletó cinza grafite e o ajeitando em seu corpo curvilíneo.

— Pode se sentar. – Disse ao apontar para as cadeiras dispostas à frente da mesa.

O alfa assentiu e foi até ele. Os dois trocaram um rápido aperto de mão que pareceu conduzir uma corrente elétrica quase imperceptível em suas veias e se sentaram. Louis puxou sua própria cadeira para aproximar-se um pouco mais da mesa onde apoiou as duas mãos com seus dedos entrelaçados sobre o tampo da mesa.

— Você foi o primeiro a responder o anúncio essa semana. – Louis comentou.

— Queria evitar a concorrência. – Quando o alfa falou, seu tom grave provocou pequenos espasmos no corpo do ômega que estremeceu ansioso.

Six days of heat ~ l.s (ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora