25. Memórias do Novo Recomeço

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Oii amorees! Demorei mais cheguei! Esse capitulo tem música : Caetano veloso - Sorte

Boa leitura *--------*

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POOV PEETA

Depois de passar três dias assinando papeis pra vender e comprar terrenos, finalmente estou num aerodeslizador voando de volta para o D12. Após muito debate e mais um bocado de burocracia, ficou decidido que a nova padaria será no subsolo, assim como a maioria das residências. Augustus, meu funcionário que nunca veio ao D13 questiona-me sobre o motivo deles não retornarem a superfície. Respondo com um dar de ombros, mas penso que depois de tanto tempo confinados no subsolo se desacostumaram a viver em liberdade, deixando para a nova e inconformada geração reconstruir a cidade em cinzas. Felizmente o D12 já passou por essa fase e observo da cabine do piloto a cidade ganhar forma sob meus pés. Primeiro o campo com as grandes plantações de ervas medicinais, que atualmente é a maior fonte de renda do distrito. Depois avisto alguns modernos prédios, dentre eles a padaria, é claro. O grande galpão do prego, que hoje funciona como um supermercado legalizado e bem estruturado; Em seguida as coloridas casas da costura e mais adiante enfim, a vila na qual aterrissamos. Ao desembarcar do aero, estranho o fato de ser Haymitch me aguardando no gramado e não Katniss. Mesmo assim sigo em sua direção, cumprimentando-o com um abraço.

– Tente reagir sem muito entusiasmo a notícia. Pelo menos por agora. – Haymitch sussurra em meu ouvido, mantendo-me preso no abraço. – E garoto... Tenha paciência com ela.

Assim que me liberto do estranho abraço, a porta de sua casa se abre, revelando uma Katniss ainda mais estranha. Seus músculos estão tensos e ela caminha de uma forma totalmente robótica. Tenho a impressão que ela receia se aproximar de mim, e por conta da pouca claridade (já é noite no 12) não consigo decifrar precisamente sua expressão. Caminhamos lado á lado em direção a nossa casa, sem trocar uma só palavra. Tento tocar sua mão, mas ela a recolhe levando-a em direção a boca. Entro em casa primeiro que ela, pensando que deve ser um de seus dias ruins, no qual ela só quer estar deitada lamentando por suas perdas; mas assim que largo a mala na sala e me viro para encará-la meu coração se retrai. Sua expressão é de total desespero. Ela parece aflita, com os olhos avermelhados e inchados perdidos no chão.

– Oh, Katniss... – sussurro. – O que aconteceu?

– Eu... Peeta eu... Estou grávida! – responde, desviando por um segundo o olhar do chão para conferir meu rosto, que com certeza deve estar espelhando um estado de total confusão.

– Não é possível Kat, você toma injeção! – digo.

– Eu... Deixei de aplicar, desde o dia em que você acordou do coma. – torna a sussurrar interrompida por alguns soluços.

Fico calado por um tempo, só fitando-a para ter certeza que não é nenhuma pegadinha. À medida que a noticia vai sendo assimilada, fica mais difícil seguir o conselho de Haymitch. Como eu não pensei nisso antes? Agora tudo faz sentido! A inquietude de Katniss perto da data de sua regra, assim que voltamos do D13. O apetite seletivo e sensível das ultimas semanas. O humor imprevisível e instável. O abraço esquisito de Haymitch. Eu vou ser pai! Estou prestes a gargalhar quando vejo Katniss por as mãos no rosto e recomeçar o choro. O sentimento de alegria e preocupação mistura-se transformando tudo numa confusão. Sigo em sua direção e a abraço.

– Kat, vai ficar tudo bem. Não precisa chorar, porque eu vou cuidar de vocês. Eu vou cuidar de vocês dois, meu amor. – digo, afagando seus cabelos.

Memórias de Katniss MellarkOnde histórias criam vida. Descubra agora