Memórias de Katniss Mellark

24. Memórias de um Resultado

Oi amoreees! Eu já disse que amo vocês? Por que eu amo muito tá?! Obrigada por todos os comentários e pelos 7.2 k! De coração mesmo! Esse capítulo é um pouco diferente, tem poov Katniss e Peeta. Espero que gostem!

Boa leitura!

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POOV PEETA - UM ANO DEPOIS (10º Ano, P.R)

Passo as mãos pela milionésima quinta vez nos cabelos crescidos, irritado por não achar uma solução viável que não me tire do D12. Pelo menos não essa semana que Katniss anda tão doente.

– Timóteo, você tem certeza que não dá pra você ou qualquer outra pessoa resolver isso? – pergunto, pela segunda ou terceira vez.

– É a terceira vez que o senhor me pergunta isso patrão! O prédio do D13 rachou, provavelmente por causa do solo, e o gerente de lá não tem autoridade para resolver se deve vender alugar ou restaurar o prédio por que está tudo no seu nome. Teria que ser o senhor, ou eu que sou seu representante legal; Eu faria de bom grado, mas eu não posso sair daqui agora que nasceu minha garotinha patrão. O senhor sabe o quanto eu esperei por ela.

– Pare de me chamar de senhor, Timóteo. Você é mais velho do que eu! – digo, afrouxando a gravata. – É claro que não posso te cobrar sair do distrito agora que conseguiu sua menina, depois de quatro meninos... Sabe, sempre me imaginei sendo pai de uma menininha também.

Encosto-me na mesa do escritório da padaria e fecho os olhos por um instante calculando os prós e os contras da inevitável viagem. Nunca pensei que expandir a padaria para outros distritos pudesse dar tanto trabalho! Hoje com cinco filiais, acabo tendo que ficar mais com a área burocrática do que com as massas, e isso nunca foi meu plano. Eu quis expandir a padaria, para dar mais segurança a Katniss e Finn caso eu morra antes dela, já que minha saúde é a mais frágil. A imagem de uma menininha de sorriso espontâneo atrapalha meus pensamentos. Olho para Timóteo que segura um sorriso nos lábios.

– Já está pensando na patroa né? – diz ele.

– Não exatamente, mas tem uma ligação com ela. Como praticamente tudo na minha vida. – respondo sorrindo também, enquanto pego um porta retratos na mesa com uma foto nossa no gramado ao redor do lago. Não me canso de admirar o sorriso dela.

– Sendo sincero com o senhor patrão, quando assisti aos jogos, podia jurar que a historia de amor de vocês não iria durar muito. Com a revolução então, já era caso perdido. Mas hoje, quem tem o privilégio de acompanhar de perto a relação de vocês dois não têm duvidas que seja pra vida toda. Nunca pensei que pessoas tão jovens poderiam levar tão bem um casamento. – avalia, coçando a barba grisalha e falha.

– Não me apaixonei por ela duas vezes á toa. Ela é maravilhosa... Em todos os sentidos! Mas não estamos aqui pra falar de amor né Timóteo. – digo, pondo o porta retratos no lugar. – Faça o seguinte; marque a viagem para amanhã á noite, e faça de tudo par durar no máximo três dias. Ligue para Augustus e informe que ele irá viajar comigo. Avise o gerente da padaria do D13 que chegarei quarta-feira pela manhã.

– Tudo certo patrão, mais alguma coisa? – diz ele fechando a agenda.

– Não, pode ir mimar sua menininha. Eu vou pra casa... Não é todo dia que a gente tem uma líder rebelde pra cuidar! – respondo rindo.

Ele bate em meu ombro e me acompanha na caminhada a pé até perto da vila. Quando entro em casa, encontro Greasy preparando uma compressa gelada na cozinha. Mesmo depois de aposentá-la e contratar sua neta em seu lugar, Greasy faz questão de cozinhar e cuidar de Katniss, deixando a limpeza da casa para sua neta. Subo os degraus apressado e preocupado com a notícia de que a febre de Katniss não deu trégua desde á manhã, quando eu tive que sair pra trabalhar. Ao entrar no quarto encontro-a deitada com os olhos fechados, coberta por um fino lençol. A janela está aberta e as leves brisas que entram por ela, fazem o corpo de Katniss tremer de frio. Sento ao seu lado na cama.