Tudo estava escuro, o meu corpo estava trêmulo e um cheiro ruim encobria aquele imenso e sem fim vaco de escuridão. Então uma dor incessante tomou conta do meu corpo, uma dor insuportável como se meu corpo fosse motilidade centenas de vezes, os meus ossos destruídos e voltando ao normal, mas eu não podia falar ou me mover.
De repente senti um abalo em todo o meu corpo e pude finalmente ver uma coisa, mas ao ver aquela cena meu corpo tremeu até o fundo da minha alma, meu corpo ficou trêmulo e minha mente entrou em choque. O que eu havia visto? Um verdadeiro massacre, inúmeras pessoas degoladas ou mortas de inúmeras formas, com sangue espalhado para todo o lado e uma única pessoa de joelhos ensanguentado.
Esta pessoa era eu, tudo estava claro neste momento, era uma lembrança do meu passado, o dia em que decidi desistir de tudo. Eu podia ver meu rosto claramente, a minha pele branca, os meus cabelos pretos lisos até o meu ombro, olhos esverdeados. O resto do meu corpo estava ensanguentado e as pessoas que eu amava, meu filho e minha filha, e minha mulher, além de meus amigos e vizinhos com suas tripas e membros espalhados para todos os lados; E então, uma voz soou em minha mente que fez todo o horror ser tomado por um completo ódio, era a voz do homem que havia matado todos que eu amava, ele dizia, "Olá. O que acha do presente? Eu caprichei.".Novamente, o escuro reinou e nada eu pude ver, até que abri lentamente os meus olhos, onde uma luz ofuscante me fez ficar um pouco desnorteado, e então levantei um pouco o meu corpo assustado, estava só sonhando e como sempre era outro pesadelo. Levantei da cama imunda e olhei todo o quarto ao meu redor, aquele lugar fedendo a bebida com um sutiã no chão.
Fiquei lá, minutos em pé como se estivesse em outro mundo, havia me desligado totalmente do mundo real, não estava pensando em nada, era como se o tempo tivesse parado para mim. E então, finalmente voltei a mim e resolvi ir até o banheiro, eu estava soando frio e os meus punhos sangravam, eu havia apertados eles extremamente forte ao ponto de sangrarem no meio do pesadelo; Horas mais tarde eu estava no bar "Viccents", um lugar que eu costumava ir beber e arrumar mulheres, lá era o tipo de lugar que os pais nunca iriam deixar os filhos entrarem e um simples esbarrão traria a morte de alguém.Pedi a Vicente, o barmen, mais uma dose de conhaque, depois olhei um bando de homens que estavam fazendo barulho no bar, mas Vicente nunca iria destratar os clientes, mesmo se sentindo incomodado com aquilo. Vicente era extremamente alto, com quase dois metros de altura que faziam meus 1,85cm serem quase nada, e ele era extremamente forte, com uma cicatriz de facada ao lado da boca, combinado com sua pele negra, dando uma aparência bem intimidadora; No entanto, ele nunca se metia em uma briga a menos que os danos não fossem pagos. Eu fiquei quieto e pensativo, olhando para eles, novamente eu me perdi em meus pensamentos, quando voltei a mim estava no chão com conhaque no rosto.
— O que tá olhando, arrombado? — Perguntou um homem extremamente alto, com a voz extremamente rouca. — Tá me encarando, tá achando que sou viado? — Exaltou-se o homem.
Pelo que eu havia entendido, ele tinha me derrubado com um soco e tinha derrubado o meu copo em mim. Aquele cara estava claramente bêbado e talvez, drogado também, ele tinha os cabelos espetados e inúmeras cicatrizes, tinha mais ou menos o meu tamanho e seus músculos eram enormes; Me levantei e segurei o banco que havia caído comigo, colocando ele de volta no lugar e me sentando novamente nele, foi então que aquele cara ficou extremamente irritado, então ele segurou a gola da minha camisa branca e me olhou fixamente.
— Você acha que eu tô de brincadeira? — Exclamou ele. — Você vai sair agora, ou eu vou te dar uma surra, "capiche"?
— Outra doze de conhaque por conta da menininha exaltada. — Falei com Vicente. — E, tem como você e seus amigos fazerem menos barulho? — Pedi, olhando para ele e os outros três homens sentados na mesa um pouco distante de nós.Sem hesitar ele tentou me socar, mas desta vez eu não havia caído, o soco dele havia simplesmente parado à centímetros da minha cara, e então ele começou a gritar, gemendo de dor enquanto segurava o braço.
— Rich, o que foi? — Um dos homens do grupo perguntou, assustado.
— Eu não sei... — Ele parou de falar, dando um gemido de dor. — Foi como se eu tivesse socado aço...
— Do que você tá falando cara, as drogas te fizeram mal. — Falou o maior de todos, branco, com olhos pretos e cabelos encaracolados, me encarando.Todos os três se levantaram de suas cadeiras e se aproximaram de Rich que finalmente havia parado de gemer de dor como um corvade, se levantado aos poucos com auxílio dos companheiros deles, então um deles quebrou uma garrafa, tentando me espetar, mas novamente a ação teria sido interrompida a centímetros da minha pele, fazendo a garrafa se destruir em inúmeros cacos de vidro. Vicente finalmente trouxe a bebida e eu a tomei, levantando-me da cadeira, olhando todos aqueles quatro que tremiam assustados, mas estavam bêbados e eram burros de mais para fugir.
Eles resolveram partir para cima, desferindo inúmeros socos sem técnica alguma de forma aleatória, tentando apenas me acertar, mas eu podia ver todos os movimentos fúteis deles, até bêbado eu lutava melhor que aquilo. Todos os ataques eram inúteis e facilmente desviados com extrema facilidade, como uma folha sendo levada pelo vento, quando eles notaram um dos homens estava no chão, eu havia o acertado com uma joelhada no estômago e ele começou a vomitar como um porco; Os três restantes continuaram a atacar sem sincronia, desferindo um soco em cada um deles, os fazendo cair no chão.— Vicente, um pouco de Whisky. — Pedi.
— Não esqueça a conta que terá que pagar amanhã. — Ele respondeu.Após terminar o Whisky voltei ao meu quarto, lá eu estive pensando novamente no meu sonho e o quanto eu me senti vivo na luta, havia muito tempo que participava de uma briga. A cidade estava estranhamente silenciosa, mesmo localizada no fim do mundo, em um lugar com poucos habitantes e não muita tecnologia, havia bêbados ou pessoas vendendo as coisas; O dia estava calmo, mas um homem me disse uma vez, "O silêncio é ruim, de certa forma, perturbador, sempre que há silêncio, uma tempestade se aproxima.", ele tinha total razão.
Um ruído estrondoso quebrou as janelas do meu quarto e ouvi inúmeros gritos, no momento em que olhei a janela vi uma luz brilhante escarlate vindo em minha direção, destruindo tudo ao caminho, deixando um rastro de destruição enorme. E, em apenas um piscar de olhos, toda a cidade tinha sido destruída, tornando-se apenas cinzas. O meu quarto havia sido destruído e eu estava com manchas pretas no corpo devido às cinzas.— O que foi esse poder... — Pensei. — Quem está aí, eu consigo sentir sua Mana. — Gritei.
— Você é realmente digno das histórias. — Uma voz fina masculina falou. — Um imortal, assim como eu. Lorde Michaels mandou-me te cumprimentar, Dean.
— Como você sabe o meu nome? — Perguntei, um pouco pensativo, mas então me recordei do mestre dele. — Michaels, o Lorde de Saturno, o que ele quer comigo?O meu corpo estava trêmulo, estava parecendo um menino que não podia conter a ansiedade, este cara era realmente forte e fazia anos, décadas que eu não me encontrava com alguém forte como ele, com tamanha capacidade de controlar a Mana, ao ponto de destruir uma cidade em uma piscar de olhos.
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The immortal
FantasyDurante anos os seres humanos foram avisados que um dia os materiais ficariam excassos e foi o que aconteceu, mesmo com toda a tecnologia, os ricos e pessoas importantes em todo o mundo acabaram saindo do planeta ao invés de ajudá-lo, deixando os me...