Eu andei pensando muito sobre as falas do prefeito ontem, mas eu não consigo deixar essas pessoas à mercê de um possível tubarão comedor de gente por aí, então eu tinha que agir, sem espalhar pânico, mas eu tinha que agir. Então, nessa manhã eu decidi pegar uma cadeira de praia, ir para a praia e observar as pessoas na água e talvez ver uma pista de um possível tubarão ou um tubarão com uma pessoa. Fiquei ali, sentado observando, quando um homem chegou em minha direção e começou a falar o que eu deveria fazer, eu nem lembro direito do que ele estava falando, pois meu olhar estava virado ao mar naquele momento, foi quando de repente uma garota foi puxada para baixo, eu me levantei em desespero, mas ao fazê-lo eu percebi que era um garoto que tinha puxado-a para baixo, foi quando, finalmente, o coroa foi embora eu prestei atenção a uma velhinha boiando, mas havia algo preto quebrando a superfície da água vindo na sua direção, mas era seu marido, Larry, que estava com uma toca preta. Ele veio em minha direção e disse:
-A água está gelada! Nós te conhecemos, xerife , você não vai a água, não é?
-Essa toca é feia, Larry!
Falei para ele com nojo de sua imagem pelancuda.
Enquanto ele se afastava, Ellen, minha esposa, chegou perto de mim e disse:
-Está se sentindo mal pelas crianças entrarem na água, se quiser elas podem brincar aqui, na areia.
-Está tudo bem, deixe elas entrarem.
Falei com uma expressão mais calma enquanto ela massageava meus ombros. Talvez ela tenha razão, eu devo estar ficando paranóico, talvez nem tenha um tubarão por aí, o prefeito pode estar certo. Então resolvi relaxar e apreciar a paisagem de crianças jogando água para tudo que é lado, mas, de repente, o garoto que estava em uma bóia afundou, sua bóia esvaziou e de repente, atrás de sua cabeça uma enorme barbatana afundou junto com ele, deixando só o seu sangue para trás, eu levantei correndo e gritei:
-Saiam da água! Todo mundo para fora! Alguém ajude!
Todos os pais das crianças na água vieram correndo para trazer seus filhos para fora, até Ellen com os nossos, e quando todos estavam fora d'Água, uma mulher com chapéu amarelo chegou para frente da multidão, encarando o mar andando de um lado para o outro da areia repetindo:
-Alex? Alex?!
Foi quando as pequenas ondas trouxeram uma bóia, a bóia de Alex, partida ao meio e toda ensanguentada.
Depois disso os xerifes, os guardas, o prefeito e o resto das pessoas importantes foram para a sala de reuniões onde discutem sobre algo importante. Estava uma barulheira, todos dando suas opiniões até o momento em que o prefeito bateu com seu martelo indicando silêncio, ele disse:
-Está bem, com o que nós estamos lidando aqui?
Um advogado levantou-se e disse:
-O desaparecimento do menino Alex, que deve estar em Madagascar.
Alguns soltaram a gargalhada e outros não acharam a menor graça, foi quando eu resolvi entrar em ação:
-Pessoal, isso é sério, um menino foi devorado por um tubarão diante dos meus olhos e vocês fazem piada dele? Precisamos começar a caçar esse assassino, mas para isso precisamos de segurança nas praias.
Uma mulher com óculos e cara de Michael Jakson protestou:
-Vocês vão fechar as praias?
Eu disse pausadamente para mostrar clareza:
-Sim, nós vamos.
A barulheira voltou, o prefeito tentou acalma-los dizendo que só seria um dia, mas de repente um som ensurdecedor silenciou todos, o som de unhas arranhando um quadro negro, todos se viraram para aquele homem e viram que no quadro tinha desenhado um tubarão com uma pessoa na boca, e com suas palavras sábias e difíceis de entender, como a de um marinheiro ou pescador, disse:
-Vocês me conhecem, sabem quem eu sou e também porque estou aqui. Esse tubarão te engole inteirinho, só te ajustar nas mandíbulas e dentes dele que em um glup você já pode dizer adeus, mas eu posso cuidar dele pra vocês, mas por uma exceção, se vocês me derem 1000 dólares eu trago a barbatana, 2000 eu trago o rabo, 3000 eu trago a cabeça, mas se me derem 10000 eu trago a barbatana, o rabo, o desgraçado todinho.
O prefeito foi o primeiro a falar:
-Obrigado senhor Quint, mas enquanto não sabermos o que aconteceu com as duas vítimas, nós não vamos precisar do senhor, mas se for um tubarão mesmo o senhor terá seus 10000 dólares.
Quint se levantou e antes de deixar a sala ele agradeceu:
-Prefeito, xerife, senhoras e senhores.
Antes de voltar para casa comprei um livro de tubarões para entender com o que estamos lhe dando por aqui, estava lendo quando Ellen chegou e disse:
-Você vai enlouquecer ainda mais se ler esses livros.
Eu ia fechar o livro quando fui chamado atenção por um barulho de água vindo do nosso píer, ao olhar pela varanda eu vi meus filhos em um caiaque, e comecei a gritar para saírem dele, Ellen disse:
-Querido, se acalme, ele não está na água, só está no seu novo caiaque.
-É, mas eu quero ele longe da água, agora!
Disse eu, sentando no degrau da varanda, foi quando ela começou a folhear o livro, viu uma foto de um tubarão furando um barco com seu nariz, fechou o livro e disse:
-Michael, você ouviu seu pai? Fora da água agora, AGORA!!!
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Tubarão
TerrorExiste uma criatura viva hoje em dia, que sobreviveu milhões de anos de evolução, sem mudar, sem compaixão e sem lógica, que vive para matar. Uma vagarosa máquina de comer, que vai atacar e devorar qualquer coisa. É como se Deus criasse o próprio ma...