Eu e Hooper fomos atrás da moradia de Quint, como ele era um homem bastante conhecido todos sabiam onde ficava. Ao entrarmos em sua casa nos deparamos com dezenas e dezenas de mandíbulas de todos os tipos de tubarão e de todos os tipos de tamanhos, ao entrarmos completamente lá estava ele mexendo em algumas panelas para limpar as bocas que tirava dos tubarões que matava todo dia, foi quando nós começamos a conversa:
Hooper-Precisamos da sua ajuda para matar um tubarão branco que está matando as pessoas que entram na praia, em troca lhe daremos os 10 mil dólares que você deseja.
Quint-100 dólares para cada dia que ficarmos no mar capturando-o ou não, os 10 mil são para quando conseguirmos.
Pelo jeito que se encaravam dava para perceber que um não gostou do outro, mas ele aceitou.
Ao chegarmos no píer, onde tinha seu barco, Ellen estava lá para me dar um tchau de boa sorte, Quint tinha roupa de marinheiro, cara de marinheiro, sotaque de marinheiro e, o principal, boca de marinheiro, quanta coisa aquele homem falava e cantava. Depois de alguns minutos dirigindo chegamos ao alto mar, nem dava para ver a ilha direito de tão longe que estávamos, enquanto Hooper pilotava e Quint pescava eu jogava carne para atrair o peixe, ficamos sem acontecimentos por algumas horas, até que a corda da vara de Quint começou a rodar com toda a força, alguma coisa estava puxando, alguma coisa grande. Quint mandou pegar um pouco de água para jogar na linha, eu sei lá por que mas ele mandou, depois de um tempo a corda rasgou, ele se levantou de sua cadeira e pediu para jogar mais carne na água, eu perguntei:
-Por que eu não dirijo?
-Hooper já está dirigindo xerife.
Fiquei com raiva pois odiava esse processo de enfiar a pá dentro do balde, tirar carne do balde e jogar na água, então eu disse em voz alta, só que para mim mesmo:
-Dirigir... Eu consigo dirigir, venha você aqui e joga um pouco dessa merda!
No mesmo estante, de repente, a cabeça do tubarão lançou-se para fora d'Água, devorando a carne no mesmo instante que joguei, eu fiquei cara a cara com a criatura responsável por isso, como eu sei? A resposta é simples, ele tinha sangue demais na boca para ser um simples comedor de focas e peixes, ele era enorme e tinha uma cicatriz passando direto pelo seu olho esquerdo, exatamente ao do tubarão do dia 4 de julho, era ele, eu tinha certeza.
Comecei a me afastar para dentro da cabine do barco enquanto a criatura afundava de volta para a escuridão marítima, me virei para Quint e disse:
-Você vai precisar de um barco maior.
Ele se levantou, saiu da cabine e encarou o horizonte, onde surgiu uma barbatana de, pelo menos, 1 metro de altura, o tubarão era iguaizinho ao das fotos dos livros, só que maior e mais assustador, ele devia ser do tamanho do barco em comprimento, nós três poderíamos caber dentro daquela criatura de tão grande que era. Ao se aproximar Quint mandou Hooper ligar o motor, quando chegou perto o suficiente Hooper disse:
-Tem mais de 5 metros!
-7 e meio, com três toneladas.
Quint corrigiu, Hooper saiu correndo para a ponte na frente do barco e pediu que eu fosse com ele, eu não sabia por que, até o nosso diálogo começar:
Hooper-Preciso que você vá para a ponte, Brody!
Brody-por que?
Hooper-Preciso que você fique aí para a foto!
Brody-Para que?
Hooper-Preciso de alguma coisa pequena na frente da câmera com o animal para mostrar um pouco de escala em tamanho para dar uma perspectiva!
Brody-Perspectiva é a minha bunda! Eu não vou ficar aqui!
Hooper-Preciso de você aqui, porra, volte aqui!
Enquanto me afastava Quint apareceu com uma arma de arpão, dizendo:
-Xerife , pode pilotar o barco, por favor?
-Eu nunca pilotei um barco antes.
Afirmei, preocupado.
-É como um carro, só que o acelerador esta no painel e não nos pés.
Disse ele. Enquanto eu dirigia, Quint mirava sua arma para a barbatana do animal vindo na direção do barco e Hooper amarrava o arpão da arma com uma corda conectada a um barril para além de nos mostrar onde o animal está, também facilita a subida dele para a superfície pois o barril bóia. Enquanto a besta carnívora voltava Quint dizia:
-Hooper, ele está vindo, quero acertá-lo na cabeça, amarra isso logo.
-Vamos, Hooper, ele está vindo e eu não quero errar, agora não é hora de amarelar!
-Vamos, Hooper, amarra logo, amarra logo!
O focinho do tubarão estava na mira, mas Hooper ainda não tinha terminado de amarrar, por isso ele foi atingido nas costas, o barril lançou-se na água e começou a ser puxado pelo animal, mas um só não foi o suficiente para levanta-lo, ele afundou e o barril também, logo depois os dois desapareceram.
Acabamos de vivenciar a força de um tubarão para afundar ar com ele, um animal grande assim, forte e perigoso como esse não vai ser fácil de ser detido, eu estou com o leve pressentimento de que um de nós não vai voltar para casa, essa criatura é esperta, precisamos de armas, bazucas, metralhadoras, veneno, precisamos de um barco bem, bem maior.
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Tubarão
TerrorExiste uma criatura viva hoje em dia, que sobreviveu milhões de anos de evolução, sem mudar, sem compaixão e sem lógica, que vive para matar. Uma vagarosa máquina de comer, que vai atacar e devorar qualquer coisa. É como se Deus criasse o próprio ma...