Primeiro Dia

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Na voz de Luís.

Era primeiro dia de aula, e eu, como sempre, acordando atrasado.
Meus amigos estavam gritando meu nome na janela, mas eu avisei eles que iria entrar na segunda aula, pois eu teria que resolver algo antes. Eu não sabia ao certo o que eu iria fazer, mas eu tinha que começar aquele ano diferente.
Há 2 anos atrás, sofro por uma paixão platônica. Ela é como o sol, sempre iluminou minhas manhãs, ou como as estrelas, que embelezam o céu das minhas noites. Ninguém sabe disso... Somente Luna. Minha melhor amiga.
Luna sempre disse que isso era uma paixãozinha boba, que nunca iria dar certo, mas, acho que esperei tempo demais para provar o contrário.

Na voz de Kimberli.

Era bem cedo enquanto meu iPhone tocava me alertando para acordar. Olho a tela e vejo notificações de minha única amiga Karen.

"Karen: Kiiiiiim, sua lindaaa! Você vai para o colégio hoje?"

Eu fechei meu smartphone, e, sem responder, fui tomar banho.
Fiquei pensando nas coisas que poderiam acontecer comigo naquele ano. Festas, paqueras, namoricos, amizades populares, enfim, coisas que eu planejava o ano todo, porém, nada acontecia. Será que era pela minha timidez? Ou, pela minha beleza? Ahh, será que era pela inteligência?
Saio do banho, visto meu cropped vinho, minha calça jeans de cintura alta, calço meu Vans preto e sento no meu puff da penteadeira, repensando cada coisa, como se elas tivessem me comendo por dentro.
Escuto minha madrasta gritar meu nome:
- Kimberli! O seu amigo tá esperando você para ir a escola!
Calma. Amigo? Não tenho amigos!
Pego meu iPod, coloco na música "How deep is your love", olho o relógio e vejo que estou atrasadíssima. Pego minha bolsa e desço as escadas.
Chegando na porta, dou um "tchauzinho" na namorada do meu pai e, quando olho na porta, levo um susto.
- L-Luis?
- Está supresa, Kimberli?
- B-bom, não só surpresa como nervosa. - percebo no espelho ao lado da porta, minhas maçãs do rosto vermelhas - O que você está fazendo aqui?
- Vim apenas ir com você à escola.
- Aham, sei. Conta outra. Aposto que veio me oferecer drogas. - percebo a vermelhidão no rosto dele também e, resolvo ficar mais calma - Okay, vamos ao colégio.
Andamos até o colégio sem trocarmos uma palavra, o que era bom, porque eu não estava afim de conversar com ele.

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