Dez de dezembro de 2015. Sei que vou chegar em casa, e vai acontecer tudo novamente...
— Por que você chegou dezoito minutos atrasados garoto? — Kelly falou. Sim, não consigo chamá-lá de mãe.
— Porque a professora me liberou tarde, Senhora Maravilhosa Kelly— falei em tom irônico.
— Mentiroso! — falou, gritando.
— EU mentiroso? Agora você sabe sobre tudo da minha vida?!
— Não fale assim com sua mãe!
— Mãe?! Você pode ser tudo, menos minha mãe! Eu falo com você do jeito que eu achar correto!
— Nick, você está me dando nos nervos!
Ela começou a me espancar, e por mais que ela me fizesse sentir dor, eu não morria. Às vezes ela chegava ao ponto de me esfaquear, e foi isso o que ela fez. Mas segurei seu pulso, deixando a faca a dois centímetros de mim.
— Hoje não! Você não vai estragar meu aniversário de dezesseis anos! — Eu a empurrei para longe de mim, subi as escadas, e entrei no meu quarto. Sentei na minha cama, e comecei a chorar.
Em meu aniversário, eu não recebia presentes, parabenisações, visitas, nem nada. Tirei um cupcake de chocolate ma mochila, e um fósforo. Acendi o fósforo, e o coloquei em cima do cupcake. Comecei a cantar "Parabéns para mim, parabéns para mim...", enquanto lágrimas escorriam de meus olhos.
Então ouvi um toque de mensagem do meu celular, e a abri. Era de Jenny Malfoy, a única que se importava comigo. Ela me parabenizou e tentou levantar meu astral. Ficamos horas conversando, até que deu nove horas da noite e ela foi dormir.
Arrumei minha cama, e me deitei também; só que não consegui dormir, fiquei pensando em um lugar melhor, alguma coisa que realmente mudasse minha vida, e foi isso o que aconteceu.
Uma mulher apareceu em minha frente. Loira, pele jovem e branca, olhos cor de mel, um vestido lindo branco, e sapatos de cristal. Cinderela, eu pensei, mas tudo o que pude falar fora:
— Q-quem é você?
— O menino esperto não me reconheceu? Não é óbvio?
— Se for uma brincadeira de mal gosto da minha mãe, vá embora! — gritei.
— Fique tranquilo, semideus, vim para te tirar daqui.
— Semi-o-quê?
— Filho de um deus com um humano. Olha — ela se sentou na minha cama —, sou Afrodite, deusa do amor, e seu pai Hades me pediu para tirar você daqui.
— Deuses não existem. Se existissem, minha vida não seria ruim assim.
— Eu vejo o que você passa, e a propósito, feliz aniversário — uma lágrima escorreu do meu olho. Nunca alguém além de Jenny me deu feliz aniversário, a não ser meu pai, antes de ele desaparecer.
— Se meu pai, Hades como você diz, está vivo, por que ele nunca veio me procurar?
— Seu pai te amava muito, e gostava de ficar sempre com você. Então ele acabou deixando de lado os afazeres dele como deus, e Zeus o proibiu de se encontrar com você, até que você descubra sua verdadeira origem.
— Okay, você falou que vai me tirar daqui. Mas... eu vou ir para onde? E Jenny? Não vou abandonar minha única amiga!
— Calma, você não irá abandoná-lá. Ela também é uma semi-deusa, e para especificar mais, filha de Nix, a personificação da noite.
— Você não disse para onde irá nos levar.
— Acampamento Ares. Fica nessa cidade, é um acampamento para semi-deuses como você.
— Qualquer lugar é melhor que esse! — falei, esvaziando minha mochila e colocando o que eu precisaria.
Peguei algumas roupas pretas, um tênis preto , meu celular, um chinelo, e algumas bolachas para comer durante o caminho. Também peguei cinco meses da minha mesada, ou seja, mil e quinhentos reinados – a moeda de Bokai –, e pus tudo na mochila.
Após isto, procurei um papel e uma caneta, para deixar um recado para preocupar Kelly. Escrevi " Olá, Kelly. Apenas queria dizer que eu saí da sua vida, e agora você não irá mais me importunar. Se quiser saber onde eu estou, se mate primeiro!", e coloquei na porta.
— E então querido, vamos?
— Mas... vamos como?
— Com minha biga — ela apontou para uma biga que estava do lado de fora da janela.
A biga era dourada, com lindos detalhes de ouro esbranquiçado e ouro avermelhado. A biga era puxada por dois pégasos brancos, e nela havia espaço para umas quatro pessoas.
— Nossa, que maneiro! — então o som de passos distantes, de alguém subindo as escadas, foram se aproximando e chegaram altos aos meus ouvidos. A maçaneta girou, por sorte eu havia trancado a porta.
— Precisamos ir logo Nick.
Assenti, e nós saímos pela janela, o mais rápido possível. Kelly notando que a porta estava trancada, a arrombou, mas quando fez isso, Afrodite e eu já estávamos na biga dourada. Ela gritou, mas eu não dei muita atenção.
Os cavalos voaram, na direção da casa de Jenny, e pousamos ao lado da janela do quarto dela, que também era no segundo andar. Ela estava acordada.
— Jenny, prepara suas coisas. Vem comigo.
— Mas Nick... ir pra onde?
— Depois eu explico, vem. A partir de hoje sua tia não te irrita mais! — Ela arrumou as coisas e veio.
— Então, estamos fugindo de casa? Pra onde vamos? E QUEM É ESSA MULHER?
— Sim. Uma espécie de acampamento, e ela é uma deusa. Te explico no caminho.
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Eh, o Nick vai embarcar em uma grande aventura. Porém tem duas coisas que ele ainda não sabe: 1°, tem muita coisa em jogo; e 2°, Jenny gosta d... acho que você já entendeu. Ah, não esquece da estrelinha, e seu comentário é muito importante!Revisado √
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Nick, um semideus sombrio
FanfictionDurante um longo período, o jovem Nick sofreu agressões de sua mãe, até descobrir ser um semideus e fugir com sua melhor amiga, Jenny. Bem, com uma ajudinha dos deuses é claro... mais especificamente uma deusa. Eles conseguem chegar a um acampamento...