Neighbour H.S ( Completa. )

11 - Caça e Caçador.

Harry

Eloisa estava deitada sob o meu peito traçando com os dedos algumas das cicatrizes que eu tinha e algumas tatuagens.

- O que você sentiu? - Sussurrou.

- Não entendi. - Murmurei continuando as carícias em sua cabeça.

- Quando você soube que o seu pai estava morto, quando foi reconhecê-lo, o que sentiu? - Perguntou e suspirei. 

- Nada. - Murmurei. Eu não havia sentido nada, eu o matei porque ele era ruim, desnecessário e merecia pagar por tudo o que me fez passar.

- Nada? - Perguntou e apoiou o queixo no meu peito me encarando. - Nada?

- Meu pai não foi o melhor pai do mundo, então apenas não senti nada, nunca me ensinaram o que de fato é o amor, e eu nunca tive um exemplo disso. - Afirmei.

- Isso parece ser triste. - Murmurou.

- Mas não é. - Afirmei. - Agora chega dessa conversa e vem aqui.

- O que planeja fazer? - Perguntou com um sorriso travesso enquanto se sentava sobre mim.

- Ah... Muitas coisas Eloisa, com você eu planejo de tudo...

Eloisa - Dia Seguinte.

Terminei de guardar as coisas de bichano determinada a não ter outro bichinho de estimação tão cedo.

Harry havia saído ainda de madrugada e meus pais chegaram pela manhã. Eu não costumava estranhar, eles precisavam de tempo só para eles e às vezes eles fazem isso.

- Dormiu bem ontem? - Minha mãe perguntou colocando um pouco de café na minha xícara.

- Acho que ela dormiu com o chupa cabra, o que é isso? - Meu pai perguntou virando um pouco meu pescoço e analisando os chupões do Harry.

- Nada pai, para com isso. - Pedi tirando as suas mãos.

- Esta ao menos usando as camisinhas que eu te dei?

- Mãe! - Exclamei.

- O que?! Segurança é tudo minha filha.

- Concordo, se você quiser tem uma que usamos ontem e parece ótima, ela tem um--

- A não, chega, chega, vocês dois não, prestam. - Afirmei pegando minha xícara e o meu prato de torradas saindo enquanto os dois riam.

***

Olhava para o meu pai que limpava sua espingarda velha e me aproximei.