14 - Sangue nas mãos.

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Aconselho lerem com a música, pois foi assim que escrevi rs.

Eloisa

Corria pela enorme rua enquanto a música alta soava pelos fones em meus ouvidos. Sentia pequenas gotas de suor escorrer pelo meu rosto enquanto completava a minha quarta volta. Chequei o relógio que marcava nove e meia e me preparei para mais uma volta antes de ir para casa. 


Assim que cheguei em casa tirei o pequeno bilhete da geladeira que dizia que meus pais chegariam apenas pela manhã. Tomei um pouco d'água e subi para tomar banho. Peguei meu celular colocando a play list para tocar e o deixei na pia fechando o box para tomar banho.


There's blood on my hands. 


Deixava o shampoo escorrer pelos meus cabelos deixando-os limpos enquanto cantarolava a música. Blood Hands começou a tocar e sequei minhas mãos na toalha saindo do box e coloquei a música para repetir voltando para o chuveiro. 


Passei o condicionador ainda cantarolando e retirei o excesso penteando o cabelo em seguida e depois retirando o restante. Peguei o sabonete e passei pelo corpo e de repente a música parou. 


Retirei o sabonete e desliguei o chuveiro abrindo um pouco o box e olhando para fora. Meu celular encontrava-se aonde eu deixei só que a música não tocava mais. 


Peguei minha toalha e enrolei em volta do corpo e peguei meu celular saindo do banheiro. Entrei no meu quarto e tranquei a porta do mesmo antes de olhar para o aparelho, a música estava apenas pausada. 


Balancei a cabeça em negação e joguei o celular na cama. Peguei uma calça moletom e uma blusa maga longa, fechei à persiana e retirei a toalha começando a me secar. Depois de colocar a minha roupa intima me vesti e sente-me na cama. 


Sequei o cabelo o penteando novamente e dei mais uma secada com a toalha, sequei os pés e calcei minhas pantufas. Passei desodorante e peguei no meu celular e na toalha saindo do quarto. 


Desci até a varanda e estendi a toalha voltando a entrar e tranquei a porta. Coloquei meu celular na bancada e retirei da geladeira o que precisaria para um lanche. Abaixe-me para pegar algumas folhas de alface para o lanche e de repente a música voltou a tocar fazendo-me levantar de pressa. 


Olhei para os lados assustada e fechei a porta da geladeira. Não havia ninguém aqui, que merda estava acontecendo com esse celular? 


- Tem alguém ai? - Perguntei me batendo mentalmente. Eu não gostaria que o fantasma respondesse casso fosse um. Ouvi o barulho de algo caindo no andar de cima e uma lata começou a rolar escada abaixo. 


Comei a caminhar lentamente até a porta e o meu sangue gelou quando vi que a chave já não estava lá. 


- Harry, se for você isso não tem graça. - Falei receosa. O problema é que eu havia fechado à persiana e outra, ele não entraria aqui por ela e sim pela porta. Tudo ficou silencioso enquanto a música ainda tocava no meu celular. 


Caminhei até ele parando a música com as mãos tremulas e o silencio tomou conta de tudo. Estava ofegante e com medo, não queria subir e estava trancada em casa. Disquei o número de Harry e o mesmo caiu direto na caixa postal assim como os dos meus pais. 


Por que ninguém atende quando eu preciso? Olhei em volta voltando para a porta e comecei a forçar a mesma quando ouvi outro barulho. Um saco preto pesado começou a rolar escada abaixo e comecei a gritar enquanto tentava enlouquecidamente abrir a porta. 


O saco parou no fim da escada e um braço apareceu para fora, arregalei os olhos gritando por socorro. Senti uma movimentação atrás de mim e comecei a bater na janela para tentar quebra-la, bati meu celular com força contra o vidro que se quebrou cortando minha mãe e senti uma pancada em minha cabeça. 


E então eu não via mais nada.

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Mais um, espero que tenham gostado, votem e comentem. Beijinhos :)

Neighbour H.S ( Completa. )Onde histórias criam vida. Descubra agora