Precisava de algo doce. Lembrou-se que tinha visto um pote de sorvete no Freezer. - De manhã certamente vou me odiar pelas calorias a mais. Pensou.
Eram quase 5:30 e lá estava de pé em plena 5 avenida tomando café da manhã na Starbucks. Durante o dia iria para o Hospital resolver sua situação já que ficou fora quase um mês inteiro.
Retornar à rotina a faria muito bem. Amava seu trabalho. Amava é era grata pela oportunidade de salvar vidas, a carga de adrenalina ao atender na emergência. Realmente aquele mundo já fazia parte da vida dela.Não se sabe como a S.H.I.E.L.D tinha intervindo inventando uma espécie de "Férias Prêmio" para que Laura não tivesse o emprego, nem salário comprometido.
Laura reiniciou suas atividades no mesmo dia, trabalhando no plantão naquela mesma noite. Retornando do hospital, atendeu algumas ligações da mãe, não agüentava responder pela milionésima vez que estava bem. No caminho de casa passou no mercado e abasteceu sua casa. Depois de colocar cada coisa no seu lugar, se jogou no sofá.
Pensava num belo par de olhos extremamente azuis. Continuar insistindo com aquele sentimento seria um problema. Não entendia o fato dele evaporar, bom na verdade entendia. Ser o Capitão America ainda devia ser um fardo, mesmo na condição "de morto" imaginava que Steve ainda estava numa condição de perigo. Nunca ninguem poderia saber que ele estava vivo. Retirou da bolsa o papel dobrado novamente. Analisava os traços bem feitos dos seus olhos, a perfeição dos rabiscos que lhe formavam a trança que usava no último dia que se viram. E por fim deteve seus olhos na frase: - Você não sai da minha cabeça.O apartamento já estava imerso pela escuridão quando ela o viu. Lá fora a chuva despencava sobre Nova York e pode ver os olhos dele brilharem quando um pouco de luz de entrou no cômodo. Ele estava sentado em uma das poltronas da sala. Parecia estar velando ela dormir. Estava com uma jaqueta preta, uma blusa azul e um Jeans escuro. Ela instintivamente tentou acender a luz do abajur, mas foi impedida pela voz rouca, fazendo o coração dela disparar - Não acenda a luz. - Ele disse encarando rosto dela o fitando com atenção.
- Porque foi embora? - perguntou com impaciência.
- Eu precisava ir. Precisava deixar você seguir em frente também.
Caminhou até ele, ele se levantou assim que ela se aproximou. - Não daquele jeito. - Laura silabou.
Encaixou seu corpo no dele e o beijou, ficou surpresa, pois ele retribuiu o beijo com a mesma intensidade. Quando o beijo se aprofundou ele passou as mãos entre seus cabelos desceu pelas costas até circular os braços sobre a sua cintura. Ela queria mais então começou a explorar os músculos dele. Até que ele de repente parou e se afastou. Acordou assustada. Ele não estava ali. - Laura, você está ficando louca! - disse pra si mesma ficando em pé, recolhendo o desenho sobre o chão da sala. Correu os olhos pela janela, a chuva não havia cessado, então pensou teria que ir para o hospital, com calma, de carro para não se atrasar.
Depois de um bom banho, Laura vestiu um Jeans branco e uma camiseta. Prendeu os cabelos ainda úmidos num coque frouxo, colocou o Jaleco nos braços e descansou o estetoscópio sobre o pescoço, pegou a bolsa e partiu para o hospital afim de atender aos pacientes da noite.
No trabalho as coisas foram como sempre. Correria e mais correria. Estava tão contente de voltar que nem descanso aquela noite queria.
- O plantão de hoje esta um caos, daqueles que provam que Grey's Anatomy não existe. - Disse Laura para uma Técnica que caminhava com ela enquanto voltava para o seu setor.
- Dra. Amandelli, que bom que eu a encontrei! Temos um problema. - uma enfermeira a sua frente falou.
- Qual?
Quando Laura entrou na pequena sala de procedimentos deu de cara com um par de olhos azuis-esverdeados. O homem de rosto quadrado, barba por fazer, o corpo másculo impressionou Laura. Geralmente quem cuidava daquele "caso" em específico era o Dr. Edward Stein, mas naquela noite o doutor estava palestrando em uma conferência. Com o prontuário médico do paciente em mãos, Laura se apresentou.
- Senhor Jonathan Storm, sou a Dra. Laura Amandelli. Cuidarei do seu caso hoje.Ele permaneceu sentado na maca em silêncio e então Laura se aproximou pra fazer o pequeno curativo. Encaixou seu corpo entre as pernas dele e começou a limpar o ferimento.
- A quem devo agradecer por você me atender anjo?
Laura enrubesceu. - É minha profissão Senhor Jonathan. Agora, por favor, mantenha-se quieto, vou limpar, anestesiar e fazer uma pequena soltura do local. - Mordeu o Lábio encarando o local e higienizando.
- Fazer-me ficar quieto vai ser um problema Linda. - Laura manteve-se com o rosto no mesmo lugar, ignorando o "linda". - Ainda mais por me chamar pelo meu primeiro nome.
- Deite-se na maca, por gentileza. - Ele deitou-se sem protestos e ela começou a executar o trabalho.
Escutou escapar um gemido dele ao começar a dar os pontos.
Ele encarava Laura com atenção, enquanto ela desviava seus olhos dele. Todos em Nova York conheciam a fama do Tocha Humana. Ele e sua família eram tratados como celebridades por onde passavam. Freqüentemente Johnny Storm, como todos o chamavam, ia parar nos tabloides pego em flagrante pelos paparazzos sempre cercado por super modelos, atrizes...entre outras palavras aquele cara era um galinha!- Trabalha aqui a quanto tempo? - a voz grave soou sobre o ouvido de Laura.
- Quase dois anos. Estou no segundo ano de residência. - Seus olhos estavam sérios se concentrando no que fazia. Suas mãos eram habilidosas para fechar o local.
Ele desviou o olhar do belo rosto, e agora passeava com os olhos para a parte interna do jaleco de Laura. Ele parecia gostar do pedaço de pele que via entre o pescoço e o colo da Médica.
- Adoraria brincar de médico. -disse ele sussurrando e fechando os olhos.
- Como? - Ela disse limpando a garganta sentindo sua bochecha queimar.
- Brincar de médico. - Ele sorriu sacana. - Com você, é claro. - O loiro gargalhou.
Laura segurou sua vontade de revirar os olhos e sorriu forçadamente. - Senhor Storm sério que vai falar isso enquanto estou costurando?
- Johnny. Me chame de Johnny.
- Por favor Senhor Storm. Mantenha o respeito e por favor e faça silêncio!
- Pode por favor facilitar as coisas? - perguntou desafiadora.
Com os olhos fixos um no outro Johnny respondeu - Eu acho que não. Tenho ideias melhores.
Laura ficou em silêncio, com caras como Johnny Storm, a indiferença devia ser uma arma melhor. Depois daquele momento constrangedor Laura sorriu satisfeita ao terminar o curativo. Saindo da posição incômoda próxima ao corpo dele. - Foram 3 pontos. - Suspirou ela ao caminhar até o pequeno armário ao lado.
Sem esperar Johnny levantou-se da maca e puxou o corpo de Laura para si encurralando entre a porta e a parede. Ele foi se aproximando, se aproximando e beijou de raspão no canto de seu lábio. Laura não se moveu, manteve seus olhos o encarando.
- Muito obrigado. - Sussurrou de frente para ela.- Eu acho que estou começando a gostar de te deixá-la constrangida. - Johnny a soltou, caminhou até a porta e antes que a abrisse encarou Laura ainda próxima a parede. - Fica tão linda quando fica vermelha. - Abriu a porta e saiu sem olhar para trás.
Continua...
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I Knew you were trouble
FanfictionDepois de diversos incidentes a população mundial está dividida entre amar e odiar os vingadores, Steve Rogers, experimentava a sensação de estar do "outro lado" enquanto estava sendo levado a julgamento ao Tribunal Federal de Nova York para enfrent...