One Last Night - #20

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Steve estava acordado há alguns minutos, permaneceu assentado sobre a cama. Muitas coisas povoavam seus pensamentos, tudo o que faria quando retornassem a Nova York, inclusive uma moradia provisória, os novos vingadores, as próximas missões e ainda reencontrar Natasha. Preocupava-se também com certa morena de olhos castanhos... Aquele mundo que ele vivia não era o dela, muitos riscos ela correria se continuasse insistindo em entrar para a S.H.I.E.L.D... Teve seus pensamentos cortados quando ouviu a porta bater.

- Bom dia. - Disse ela. - posso entrar?
- Oi. Bom dia! Claro.
Laura adentrou ao quarto deixando a porta entre aberta, estava em silêncio, tinha em suas mãos um cupcake com uma pequena vela acesa. Ele deu um pequeno sorriso com aquilo, Laura era tão espontânea e isso o atraía cada vez mais. Ela se aproximou dele e estendeu o pequeno bolo e então sussurrou:
- Faça um pedido.- Ele desviou o olhar por um momento e assoprou a vela. Ela se assentou ao seu lado na cama e beijou sua bochecha. - Parabéns!
- Obrigado. - Ele disse pegando o Cupcake das mãos dela. Deu uma mordida, pegou um pedaço e colocou na boca dela pra em seguida colocar o restante do bolo sobre a mesinha de cabeceira. -  Você é  tudo que eu não sou mais, - Falou pausadamente - o que quer fazer com um cara como eu Dra. Amandelli?
- Não entendi. - Ela olhou pra ele meio que sem entender aquelas palavras.
- Você é jovem, doce, engraçada, cheia de sonhos...-Ela enfim interrompeu.
- Vai parecer meio piegas, mas eu adoro homens mais velhos. - Os grandes olhos azuis a encaravam, arrancando-lhe um sorriso. Ela não podia negar que amava aquilo.
- Você sabe muito bem do que estou falando.
- Steve eu quero você e ponto final.- Ele sentiu os pelos do braço eriçarem quando ouviu a voz dela naquele tom baixo. Aquela conversa toda estava cada vez mais envolvente e quente. Os corpos estavam próximos, os olhos fixos um no outro, os dois já estavam a um passo de se beijar quando ouviram alguém pigarreando.
- Com licença, também quero dar os parabéns ao Capitão. Os dois se levantaram enquanto Nancy foi abraçar Steve, Laura se afastou em direção à porta.
- Te desejo tudo de bom, meu filho! - Disse ela enquanto o abraçava.
- Muito obrigada Nancy. Muito obrigado de verdade. Não me sentia em casa a muito tempo.
- Sempre que vir será bem vindo.  - Disse ela caminhando para próximo da filha. Se despediram dele e desceram juntas para o andar de baixo. Enquanto arrumavam a mesa do café Laura e Nancy conversavam animadas.
- E o que você pensa em fazer hoje?
- Eu também queria saber. -Perguntou Steve atrás delas.
- Bom, - Laura encarou os olhos azuis enquanto o loiro se aproximava da mesa. - sempre que venho no feriado, vejo os fogos num parque aqui próximo à cidade. A maioria das pessoas vão pro centro, e eu prefiro esse lugar. Parece mágico sabe? Quero levá-lo lá. Quer ir também mãe?
- Ah filha, infelizmente vou ter que recusar o convite. Um amigo me chamou para sair essa tarde. Devo retornar apenas de noite.
- Amigo?
- Você não o conheçe. Ele se mudou pra cá tem pouco tempo. Nos conhecemos no trabalho.
- Que maravilha! - Disse Laura não prolongando a conversa. Sabia que a mãe não se envolvia com ninguém por receio de sua opinião e é claro que Laura achava aquilo uma coisa boa.
- Ó que? Quem é você e o que fez com a minha filha?
- Mãe, ...
- Desculpa filha só estou surpresa.
- Mãe, você sempre se dedicou a mim, e é claro que te apoiaria!
- Ah meu amor! - Nancy parou o que estava fazendo e a abraçou, distribuindo beijos pela face da filha. - Obrigada, é importante para mim ouvir isso.

Quando pegaram a estrada para fora da cidade no início da tarde. Laura estava com um vestido longo branco de alças e ele estava de Jeans, Camisa polo Azul, boné e seu inseparável óculos de aviador espelhado. No caminho cantarolavam as musicas que tocavam na estação de rádio da cidade.
Ao chegarem no parque deparam-se com pouquíssimas pessoas. A maioria dos grupos eram de famílias, faziam picnic, as crianças corriam pelo imenso gramado de frente para um lago. Laura estendeu sobre o grama uma coberta e pegou um cesto com algumas frutas e pães colocou ao centro. Sentiu ser puxada e acabou se assentando entre as pernas do Capitão. Ele a abraçou beijando seu pescoço e sua mandíbula carinhosamente.
- Isso é bom. - disse ela rindo. Ele não disse nada fechou os olhos e enterrou seu rosto no pescoço dela.
- Por favor alguém me ajuda! -Uma voz feminina gritava.
- Ela parou de respirar!! - Laura e Steve saíram correndo em direção a uma multidão que se aglomerava próximo ao lago.
- Com licença gente, sou médica, me deixem passar! - Laura disse apreensiva, quando as pessoas se afastaram ela viu uma mulher é uma criança em seu colo ensopadas. - O que aconteceu?
- Ela entrou na água, sem que eu visse. - A mulher chorava. - Salve minha filha por favor! Laura começou os procedimentos de massagem e respiração artificial
- Rogers liga pro corpo de bombeiros por favor. - Disse ao Loiro. Em seguida ela se posicionou  ao lado da menina, ajoelhou-se  e iniciou a manobra cardíaca. Colocou a criança no chão, de barriga para cima e com a cabeça inclinada para trás. Afrouxou as roupas e realizou a compressão do tórax da criança na altura do coração, utilizando os dedos polegares, fazendo 5 massagens para 1 ventilação. A mulher chorava, gritava em desespero, chamava pelo nome da menina: Clarissa, enquanto Laura tinha que se manter calma para prestar o primeiro atendimento a criança.
- Clarissa vamos... - dizia a doutora em voz baixa. - Vamos querida! Respira! Em alguns segundos a criança recobrou a respiração cuspindo  a água para fora e tossindo.
- Oh minha filha! Que bom! - A mulher chorava, enquanto a menina assustada estendia seus braços para a mãe.
- Os socorristas chegaram. - Disse Steve para Laura.
- Nossa que bom! - Enquanto os enfermeiros e médicos do resgate faziam os primeiros atendimentos a criança, um dos bombeiros conversava com Laura.
- Doutora muito obrigada pelo socorro. Se a Senhorita não estivesse aqui, essa criança poderia ter morrido. - Laura olhava para o lago. E ofegou.
- Estamos aqui para zelar pelas vidas não é isso?  Sorriu e apertou as mãos do comandante. - Muito obrigada! Vamos levá-la para o pronto atendimento em Nashiville.  Quando virou-se parado lago deparou-se com a Mãe da menina.
- Eu não tenho como te agradecer! Disse a mulher em lágrimas. As duas se abraçaram.
- Não tem o que agradecer. Cuide da Clarissa. - Falou Laura. Assim que se afastou-se viu Steve conversar com alguns homens.
- As crianças são muito  vulneráveis, portanto, a primeira conduta a ser adotada é manter vigilância redobrada para evitar que este tipo de acidente possa ocorrer com os filhos de vocês. - Disse Steve.
- Sua namorada salvou o dia e o feriado de todos nós. - Um dos homens disse. - Olha ela aí. - Referiu-se a Doutora. Laura abraçou Steve por trás. Ele retirou os braços dela de seu tórax e caminhou com ela de volta para o local onde haviam deixado suas coisas.
- Está tudo bem? Perguntou quando se afastaram do grupo.
- Esta. - Ela disse séria.
- Porque você não me convenceu? - Disse ele erguendo uma sobrancelha.
- Porque foi muita adrenalina para um dia só. - Beijou no canto de sua boca. O espetáculo iniciou com o por do sol: o céu estava estrelado, limpo, lindo. Os fogos começaram a brilhar pouco depois das sete horas. Steve estava com seu corpo estendido sobre o cobertor, com Laura abraçada ao seu tórax. Ao mesmo tempo que olhava para os céus, contemplando o show pirotécnico, ela ouvia o coração do  amado. Já passava da meia-noite quando entraram na casa em silêncio. As luzes estavam todas apagadas. Steve acendeu as luzes enquanto Laura trancava a porta.
- Acho que minha mãe ainda não chegou. - disse ela retirando a jaqueta dele e o entregando.
- Vou beber água você quer? - Perguntou Steve.
- Não. Já vou subindo. -Encostou a boca nos lábios dele e caminhou degraus acima. - Boa Noite! - Laura se despediu.
- Boa Noite! - Steve foi até a cozinha abriu a geladeira e depois de beber sua água seguiu o segundo andar. Antes de chegar ao seu quarto viu a porta do quarto de Laura entreaberta, por um minuto tentou evitar olhar para dentro, mas não conseguiu rejeitar a ideia de espiar. Acabou tendo uma visão que fez sua garganta secar. A morena estava apenas de calcinha e sutiã meia taça brancos, tinha prendido os cabelos em um coque frouxo. Estava digitando alguma coisa no celular. Steve não conseguia deixar de fixar seu olhar sobre o corpo da namorada. Caminhou para dentro do quarto dela quando a muralha da "força de vontade" caiu. Ela por um momento se assustou quando ele fechou a porta num baque surdo.
- Steve, nossa, que susto! - Ela bradou, derrubando o celular sobre o carpete, seu coração passou a bater num ritmo acelerado. Não houve tempo para discussão, ou para ela entender a situação. Steve caminhou até ela com passos firmes, colou seu corpo no dela e a beijou. Mas não a beijou como minutos atrás, de forma carinhosa e gentil. Beijava a boca carnuda de forma urgente e sem nenhuma delicadeza por parte dele.
- Steve... - Laura tentou ainda questionar entre os beijos -Você...- mas não obteve resposta em forma de palavras.
Foi tudo muito rápido. A mente sempre certinha e sensata de Steve não se manifestou em nenhum momento. Na verdade a mente estava desconectada do corpo. Parecia que tinha acordado de um sono profundo, seu corpo se encontrava completamente desperto. Cada parte pulsava com aquele contato lascivo dos lábios, o que fazia seu corpo esquentar como se estivesse com febre. Ele a pegou no colo e a levou para a cama. Um arrepio longo percorreu a  espinha dela. Estavam face a face, ajoelhados sobre o colchão, com os lábios muito próximos, sentindo a respiração quente um do outro e lá estava o que ela queria ver... O brilho de desejo nos olhos azuis era nítido. Ele queria.
-Faça amor comigo. -Ela disse.
Sentia seu corpo relaxar por completo com muita facilidade a cada toque, abraço caloroso, beijo. As mãos subiram indo de encontro aos seus cabelos desfazendo o coque que ela havia feito, caindo as ondas negras pelas costas. Em certo momento, os lábios se tocavam, mas não se beijavam, apenas encostavam um no outro, por que ambos queriam continuar se encarando, checando cada reação do outro.
– Eu quero você. – Ele sussurrou.
Laura não deixou ser beijada de imediato, desviou do beijo afastando o rosto mais de uma vez. Sem se dar por vencido Steve desceu os lábios pelo pescoço da namorada indo em direção a um dos ombros, depositando beijos quentes e delicados na medida.  Os beijos ficaram cada vez mais intensos. Apertou Laura contra seu corpo causando um gemido contido. Logo ela não aguentou mais desviar, e retomaram os beijos, ela foi buscando sua língua na dele e seus lábios quentes com urgência.
– Estou indo rápido demais com você. - Ele murmurou.
–Não amor...- ela queria protestar, entretanto, ele pôs seu dedo em meus lábios.
– Quero que essa noite seja especial. Quero gravar cada parte de você em mim.

Steve então inclinou o corpo contra o de Laura sobre a cama. Num ímpeto Laura começou a despi-lo, primeiro foi a blusa polo meio desajeitada, suas mãos estavam trêmulas.
Depois foi a vez de livrar da calça dele. Suas mãos abriram o cinto de sua calça e desceram o zíper, terminando de tirá-la enquanto beijavam-se de modo urgente e necessitado.

Ela passou as mãos por suas costas musculosas arranhando-as levemente, depois tocou a cueca massageando o membro dele por cima do tecido lentamente, sentiu um tremor nos lábios dele, aquilo era o bastante para fazê-lo arfar e colar ainda mais seu corpo no dela, se é que era possível.
Ele retirou o sutiã branco do seu corpo. Seus lábios beijaram avidamente um de seios, enquanto sua mão massageava o outro deixando-a ainda mais excitada. E ela podia sentir também excitação dele. Ela gemia o nome dele, mordia o lábio inferior enquanto agarrava seus cabelos loiros.

Steve foi descendo o beijo até a barriga de Laura passando a língua onde começava sua calcinha.
– Você é Linda!
Ele a tirou a peça lentamente do corpo dela, a fazendo arfar, enquanto Laura mantinha seus olhos fechados, apenas sentindo seus lábios percorrerem todo o seu corpo. Sentia úmida para recebê-lo. Desceu suas mãos até sua cueca e a retirou, jogando-a em qualquer lugar longe de seu corpo e alojando-o entre as pernas de sua mulher. Ela enlaçou as pernas na cintura dele e colocou suas mãos sobre sua face.

Ambos soltaram gemidos quando se tocaram. Steve encarou os olhos castanhos e beijou sua testa de forma protetora e gentil. Lentamente ela o sentiu penetrar e à medida que ele a invadia Laura implorava por mais. Sempre mais. Seu corpo se movimentava rapidamente, arrancando-me inúmeros gemidos, tanto ela quanto Steve balbuciavam palavras desconexas. Podia sentir Steve  dentro de si, e a sensação de senti-lo entrando e saindo era maravilhosa, viciante. Eles sorriam um para o outro se olhando de forma intensa. As mãos inquietas dela foram para o cabelo loiro já bagunçados enquanto as mãos dele estavam delicadamente sobre sua cintura.  Seus movimentos diminuíram quando chegaram ao clímax juntos. Ela o puxou, envolvendo-o num beijo apaixonado. Steve a encheu de beijos por todo o rosto, o que a fez sorrir, e depois deitou-se seu lado, a puxando para seus braços.

I Knew you were troubleOnde histórias criam vida. Descubra agora