Visita Inesperada - #29

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- O que aconteceu com Storm foi um alerta. Richards e Stark tem brincado com fogo. - Disse Maria Hill.
- A Zona Negativa é um problema nosso. Já tenho uma pessoa de confiança cuidando de Reed. E colocarei pessoalmente um agente para cuidar de Stark. - O clima estava tenso. Steve fechou o senho. Seu dia cheio de 'surpresas' parecia não ter mais fim. Primeiro a morte de Johnny Storm. Depois a notícia que eles colocariam alguém para espionar Tony e Reed. E o pior já tinha um palpite de quem era a pessoa que seria designada para a missão. A reunião de cúpula era comandada por Coulson, agora o primeiro no comando. Nick não era mais um obstáculo. Como sempre, tudo é extremamente muito, muito rápido. Um segundo eles apertam as mãos em uma sala com pelo menos sete pessoas, no próximo a única sensação que Steve queria ser capaz de sentir é seu corpo contra o dela, Laura... um desejo incontrolável e primal de simplesmente tê-la a seu lado, de ouvi-la apenas respirando. Queria protegê-la. Mas não podia. A escolha não era dele. Nunca foi. Já era alta madrugada quando estava andando pelos corredores e chegou até a área de convivência do Porta aviões. Havia uma mini cozinha é uma ante sala para os agentes internos. Chegando lá avistou a ruiva atras do balcão.
- Noite difícil? - Perguntou.
- Algo parecido. - Natasha sorriu.
- Há demónios que apenas caçam à noite. A frase do Capitão surpreendeu-a, criando um momento de silêncio que foi quebrado pelo despejar de líquido numa xícara.
- Café? – perguntou – não sei se é do seu agrado...
- Aceito, obrigada. Natasha estendeu uma xícara para o loiro. Serviu a própria xícara e pegou um prato de biscoitos. Quando caminhou para a ante sala Steve já se encontrava sentado num sofá próximo, reparou que os olhos do amigo estavam ligeiramente inchados, na sombra sobre estes e nos fios revoltos de cabelo loiro que adornavam a cabeça do soldado. Colocou o prato com biscoitos na mesa de centro e sentou-se no sofá. Ofereceu-lhe um pequeno sorriso enquanto colocava um o prato em frente a ele.
- Noite difícil, Steve? – retribuiu a pergunta, arrancando-lhe um pequeno sorriso em retorno. Um sorriso que não atingiu os olhos azuis exaustos, que revelavam tantos ou mais demónios do que aqueles que assombravam a viúva.
- Algo parecido. – ele respondeu-lhe. Natasha acabou por soltar uma pequena risada.
- O que é que vês quando olhas para as tuas mãos? – observou a expressão de Steve moldar-se em surpresa. Envolveu a xícara de café com as duas mãos, apreciando o calor que se espalhou pela sua pele. – Cada vez que eu olhava para as minhas eu via sangue. – tomou mais um momento, analisando a expressão no rosto do super soldado, falhando em ler a sua expressão, o que de certa forma a inquietou. - Agora vejo mãos limpas. Salvamos muitas vidas. Passamos por tanta coisa, que nos esquecemos que somos humanos. O que aconteceu com Storm poderia ter acontecido com qualquer um de nós. Quando você "morreu" - disse fazendo aspas com os dedos - Foi terrível para todos nós. Não porque você era nosso líder, mas porque você era um grande amigo. - Disse Natasha segurando sua mão. Laura chegou à porta de seu apartamento e abriu-a rapidamente. Tudo o que precisava era tomar um banho e deitar. Queria dormir e relaxar um pouco depois de um plantão de 24 horas. Levou um susto ao se deparar com uma figura engravatada estava sentado no sofá esperando-a.
- Gente, não podem ligar informando que terei visitas!
- Não é uma visita. Respondeu o homem na sala. Caminhou-se até sua direção. Colocou a bolsa no sofá em frente à ele e sentou-se.
- Oi Phill. - Depositou um beijo em sua bochecha.
- Precisamos conversar mocinha. - Coulson disse tranquilamente.
- Pois bem. - Disse fazendo reverência.
- Laura, filha, vou falar abertamente, sei que é muito difícil pra você, depois do acidente e agora principalmente depois que Johnny morreu, sei que não estava em seus planos voltar a atuar na agência, mas preciso de alguém de minha total confiança colado no Stark. E esse alguém é você. A SHIELD precisa de você.
- Phill, porque eu?
- Porque não? Laura olhou nos olhos de Phill Coulson e viu que ele não estava de brincadeira.
- Você tem outros agentes. - Disse ela abrindo a bolsa e retirando o celular. O aparelho parecia queimar suas mãos, porém, sua mente lhe ordenava que não o soltasse, que deixasse se queimar. Pensou e repensou várias vezes sua situação e todas as saídas que poderia encontrar. Nada. Recusar, talvez. Mentir ou omitir as coisas de sua mãe estavam fora de questão. Teria que ser verdadeira com ela e consigo própria. Angustiada, com o coração apertado, tomou sua decisão. Discou o número e esperou. Nancy atendeu no segundo toque.
- Bom dia minha Filha!
- Oi amor, boa tarde! Como está?
- Estou bem! Trabalhando muito? - Laura sorriu.
- Quando amamos o que fazemos nunca trabalhamos demais. - sem demora Laura foi direto ao assunto. - Mamãe, você me ensinou a ser uma mulher forte e determinada. Você me criou dessa forma. Me apoiou em várias etapas da minha vida e sou grata. - Do outro lado da linha sua mãe escutava as palavras da filha uma a uma atentamente. - Sei que prometi a senhora que não iria trabalhar fora do hospital, mas meu maior desejo, - pausou - é ter serviço extra. Quero pedir sua benção para retomar da onde parei. - Nancy já conhecia os códigos, os sinais. O silêncio do outro lado da linha era algo gritante.
- Mãe?
- Minha filha, não é do meu desejo que continue, mas te dou minha benção até porque você já tomou sua decisão.
- Mãe não...
- Laura, - Nancy interrompeu. - você é minha maior riqueza minha filha, espero que se cuide.
- Mãe você deixou claro que não quer que eu retome.
- Não quero mesmo, - Ouviu a mãe rir do outro lado da linha - mas há algo maior que a minha vontade. Seu Pai te procurou?
- Não. - Ela sorriu em frente à Coulson.- Alguém mais importante.
- Laura cuidado. Principalmente para não se machucar de novo. E tem toda a História do...
- Mãe, vou tomar cuidado. - sabia que sua mãe não iria parar de falar. Após desligar Laura não sabia o que realmente sentia. Alívio, dor, tristeza, esperança. Tantos sentimentos juntos ao mesmo tempo lhe frustravam. E então pensou nela. Sabia que não era justo, prometera a sua mãe que não voltaria a atuar na SHIELD. Lágrimas brotaram de seus olhos e percorrem todo o caminho de sua face. Desde quando havia sido uma menina chorona? Nunca. Limpe logo essas lágrimas, sua boba. Ordenou a si mesma com raiva, passando a mão no rosto de forma agressiva. Controlou-se. Respirou fundo. Não era hora para isso.
- Quando começamos?
- Vamos preparar o terreno. Logo estará lá dentro. Preciso que relaxe e se prepare. Ele não é fácil.
- Eu sei. Isso eu tenho certeza. - Disse levantando a sobrancelha - Obrigada pela oportunidade. – disse seriamente. O Diretor da SHIELD ficou sem palavras ao ver a determinação nos olhos e nas palavras de Laura.

Continua...

I Knew you were troubleOnde histórias criam vida. Descubra agora