Capítulo 14

641 60 0
                                    

Acordei com um beijo.

- Bom dia gatinho?

- Oi Ângelo, bom dia?

- E aí? Dormiu bem?

- Claro. Sabe, minha mãe veio nos acordar porém como a porta estava trancada, ela não conseguiu entrar. Tive de explicar um monte de coisa, se ela perguntar algo, diga que ficamos jogando baralho a noite inteira, tudo bem?

- Claro.

- Nossa cara, tem um sol maravilhoso lá fora. Levanta ai pra curtimos este dia.

- Legal. Vou lavar o rosto, comer algo e a gente já sai. E tomara que sozinhos.

Rimos.

Aquele domingo aproveitamos muito. Tomamos banho de mar, curtindo cada momento, e as vezes, entre uma onda e outra, chegávamos a dar um beijo de baixo da água.

Voltando para Curitiba, chegamos em casa quase as 9 da noite. A família do Ângelo fez questão de me levar até em casa.

- Até mais seu Jorge, e Dona Marta. Até mais Fernanda e Ângelo. Se cuidem.

- Até mais Jeferson.

Logo que cheguei em casa, tomei um banho quente e fui dormir.

Acordei tarde na segunda-feira. Corri para me arrumar e ir trabalhar. Na faculdade, encontrei o Murilo, e conversamos por algum longos minutos. Ele já não me atraia tanto, porém seus olhos e sua boca eram como as de um deus. Tentava me conter para não beija-lo. Nunca pensei em trair o Ângelo, até por que ele era perfeito para mim, mas ainda restava um pouco de carinho que tinha pelo Murilo, pois o que eu senti foi realmente verdadeiro.

Neste dia, meus colegas de classe decidiram comer pizza e eu fui junto. O que eu não esperava era que o Murilo fosse com a gente. Acho que seria melhor se tivesse evitado.

- Jeferson? Você vai comer pizza com a gente?

- Acho que sim, se nada acontecer de errado.

- De errado? Como o quê?

- Nada não.

Chegamos na pizzaria, comemos e nos divertimos muito. Eu e o Murilo, não parávamos de nos encarar, a todo momento nossos olhares se encontravam. Achei melhor eu ir embora, antes que algo, que parecia ser incontrolável, viesse acontecer.

- Bom galera, vou nessa.

- Mas já Jeferson? Ainda tem muita pizza para comermos.

- É que tenho de ir embora. Mas a gente se fala amanhã. Até lá.

- Até mais.

- Jeferson? Eu estou indo também, espera aí!

- Hammm? Ah, Claro Murilo.

O que fui fazer? Não poderia esperar tal momento. Na imensidão dos seus olhos poderia se ver que algo realmente poderia acontecer.

Saindo para fora do estabelecimento, ele disse que queria conversar sério comigo.

- Jeferson, sabe aquilo que você disse sobre gostar de mim?

- Aham...

- Eu acho que estou aprendendo a gosta de você também.

- Co-como assim? (gaguejei)

- Eu acho que estou gostando de você, e...

- Sabe o que é Murilo, eu tenho...

Anjos - Dois Destinos (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora