O seu carro voava por entre a estrada deserta. Por vezes eu penso se não tenho um anjo da guarda a olhar por mim, quando estou dentro de um carro a alta velocidade sem nunca me acontecer nada.
- Vamos onde?
- Cala-te!
Bufo e tento abrir a porta. Missão falhada: está trancada! Mas as possibilidades de sobreviver eram mínimas...
- Harry, vai por me de novo na discoteca! O meu irmão deve de estar preocupado!
Ele ignora-me.
- Onde me levas? Por favor, responde... estou com medo.
A velocidade diminui e sinto o carro parar. Ele olha para mim, com uma face cheia de confusão e desespero.
- Eu, a minha intenção não era provocar-te medo... eu apenas queria que ele não fosse teu.
- Ele quem Harry?
- O rapaz da discoteca...
Sinto pena. Ele parece um menino perdido em pensamentos negros. Eu abracei-o, com alguma dificuldade, mas senti que isso o acalmou e o fez... respirar de alívio.
- Eu só não te quero perder. Eu não quero perder mais ninguém...
Eu não percebi as suas palavras, mas elas magoaram-me. Foi ele que me abandonou e agora pede-me para não o fazer com ele?
- Tu não me vais perder.
- Eu sei que vou! Toda a gente se afasta de mim!
Ele grita dentro do carro, batendo com os punhos no volante.
- Calma, calma... eu estou aqui, não estou? Eu ainda não fui embora, pois não? Vamos com calma...
- Posso levar-te para minha casa? Para... falar sobre... o que há entre nós?
Eu assenti devagar, dando-lhe a perceber que podia ter carta-branca comigo.
...
Fiquei à sua porta mais de 20 minutos. Eu não posso acreditar que ele vivi aqui. Porque, não dá!
- Isabella? Por favor, vem para dentro...
Sou quase empurrada para dentro do minúsculo apartamento.
- Harry! Como é que raio tu tens um carro super caro e vives num apartamento num bairro perigoso de Londres! Harry! Tu compras obras de arte caríssimas e vives num apartamento minúsculo! Como é que a conseguiste por cá dentro?
Digo, apontando para o quadro que nos fez conhecer pela primeira vez. Ele apenas se ri, ligando uma pequena "lareira" elétrica para dar um ambiente mais quente e reconfortante.
- Apesar de o meu pai ser rico, não quer dizer que eu queira ser igual a ele. Eu apenas gosto de coisas simples e minhas. E, eu trabalho numa pastelaria...
- Oh, isso era verdade? Eu apenas pensei que dissesses isso para impressionar os meus pais. E tu ganhas bem a trabalhar lá?
Ele indica-me o seu sofá branco e fofo. Sento-me nele, colocando o meu corpo o mais confortável possível, vendo-o tirar o seu casaco e colocando-o de lado. Ele sorri para mim.
- Bem, o suficiente para comer e pagar as contas.
- E então, como conseguiste pagar aquilo?
Aponto de novo para o quadro. Ele brilha sobre nós, fazendo as pequenas gotas de tinta voarem por entre os nossos corpos e pelo ar aquecido da lareira.
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Work of Art
FanfictionEle: eu gosto de uma pessoa. Ela: Quem? Ele: Não, espera. Eu amo uma pessoa. Ela: Podes dizer-me quem é? Ele: Sim, mas não podes rir! Ela: Ok, nao riu. Diz-me quem é... Ele: O nome começa com um T e acaba com um U... Ela: Estranho, eu tambem gosto d...