John's POV:
Depois que o Jared já tinha finalmente terminado de jogar ele desceu, mas eu fui atrás dos cookies. Quando terminei de comer uns dez, desci também. Já estavam praticamente todos me esperando com as partituras no lugar certo. Sim, só faltava eu, mas a tensão lá dentro era tão alarmante que assim que deu 4:30, eu sai desesperado pra ir buscar a Lola. Não que ela tivesse pedido; não que ela tivesse me avisado que ia sair, eu simplesmente precisava cuidar da minha irmã, e descobrir o que tava acontecendo com ela. Além disso, já tinha tensão demais na minha vida pra eu me enfiar em mais uma.
Depois de dirigir quinze minutos da casa do Jared até o colégio, estacionei e estranhei o modo como era pacifico e calado depois que quase todo mundo já tinha ido embora. Tudo era extremamente inabitado, exceto por um corpo sentado no banco branco, enfiado dentro de um livro. Shorts e all-star, obviamente era a Lola. Buzinei, uma, duas, três vezes. Nada. Talvez ela estivesse concentrada demais e associada a fones de ouvidos muito altos. Decidi por desligar o carro e ir até ela. Na metade do caminho, percebi que faltava um pouco de comprimento de cabelo, que a mochila era preta com caveiras, e não branca com milhões de coisas escritas em caligrafia perfeita. Então, os olhos foram levantados, e esses sim era tão castanhos quanto os da minha irmã, mas eles não eram tão grandes, mas diferente do habitual eles eram tão expressivos quanto.
Lola's POV:
- Então você se mudou pro Arizona porque seu pai veio trabalhar aqui, certo? Mas você pretende voltar pra Nova Iorque assim que sair do High School? – Se a intenção de participar da detenção era tirar minha cabeça do transe, conversar com a Ravena era a melhor forma de fazer isso. – Mas, tipo, você pensa em fazer alguma faculdade por lá? Abrir alguma coisa? Alguma coisa concreta?
- Eu pretendo abrir um café, talvez seja uma livrara também, e talvez tenha espaço pra fazer uns shows. Mas sim, eu pretendo voltar pra lá. Não sou muito a favor de ser sustentada pelos meus pais por mais tempo. – Ela era decidida, certamente. Personalidade forte e consciente. O tipo certo de pessoa pra se andar quando a sua vida parece um caos.
- Um café livraria e casa de show. Curti, é uma ideia interessante. – Conseguimos organizar pelo menos dois terços dos livros que nos foram destinados a guardar, já tinha conhecido muitas pessoas interessantes e diferentes, mas ninguém que viesse de uma cidade tão cosmopolita quanto Nova Iorque, tão cheia de histórias pra contar.
- Bom, se a banda der certo vocês podem tocar lá, se não der, você pode cantar sozinha, mas se nada der certo mesmo, nem a faculdade de medicina, adoraria ter você como sócia! – Ela disse rindo, mas indicando que seriam enormes e diversos "se's" pra que isso acontecesse.
- Claaaaro que sim!!!!!! – Sarcasmo era mesmo meu nome do meio. – Porque se nem isso der certo, ai, eu me mato. – Ri alto dessa vez.
- Meninas, o castigo de vocês já acabou. Pelo menos por hoje. – A Sra. Peterson sinalizou que já eram cinco horas e estávamos liberadas, sorrindo, já que não parecia nem um pouco que eu estava em detenção, e, bem, a Ravena estava ali por pura e espontânea vontade. – Amanhã vocês podem voltar.
- Droga, eu realmente preciso ir. Tenho que ir pro ensaio da banda ainda. – Disse pra Ravena, era uma pena voltar à realidade. – Mas amanhã eu te encontro, certo? Você pode me esperar na porta do colégio de manhãzinha pra eu te mostrar os esconderijos do clubinho. – Ironia. Nada de esconderijos, infelizmente.
- Tudo bem, te encontro as 8. Boa sorte no ensaio. – Ela respondeu sorridente. Tinha sim cara de durona, mas era um amor de pessoa.
- Thaaaanks, vou precisar.
Assim que eu sai da biblioteca dei de cara com um Alex encostado na parede, futicando no próprio celular. Quis desmaterializar ali e aparecer a, pelo menos, dez quilômetros de distancia dele, mas não importa o quão avoado ele seja, me notar, ele notou. E eu tinha que encarar a realidade de novo.
- Lola! – Os olhos dele pareciam brilhar, e eu tinha um péssimo embrulho no estomago.
- Oi Alex. Tudo bem? – perguntei me aproximando um pouco dele, afinal, apesar de tudo, eu realmente me preocupava. No entanto, ele não respondeu.
Se aproximou de mim, pegou minha mochila, segurou na minha cintura e me olhou no fundo dos olhos e disse:
- Tenho uma coisa pra mostrar pra você, mas você tem que ser extremamente sincera e me dizer se o que você vai ouvir é bom ou ruim. Só tem que lembrar que foi feito pra você, ok?
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Waiting For My Sun To Shine
FanfictionArizona, 2007. Adolescentes querendo fazer música, a qualquer custo. Lola, Mona, Michelle e Annie são uma banda, John, Patrick, Kennedy, Jared e Garret são outra, todos com a exclusiva vontade de serem realmente felizes fazendo aquilo que gostam. Am...