7. 81 twenty-three means everything to me

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John's POV

Eu sempre me esforço muito, mas não sei o que acontece, a Lola é sempre mais rápida do que eu pra se arrumar. Em quinze minutos ela já tava pronta pra sair e eu ainda tava saindo do banho.

- Você é muito mole garoto. – Ela dizia rindo. – Da próxima vez te dou uma vantagem de dez minutos. – E ria mais um pouco.

- Você não é normal, sério mesmo. – E até eu ria do quanto ela achava graça. – Tu que é o homem nessa relação.

Quando estávamos prestes a sair nossa mãe chegou.

- Vocês estão saindo pra onde? – Ela perguntou desconfiada.

- Vamos pro 8123, mãe. – Por incrível que pareça, Lola sempre sabia exatamente como e o que dizer. – Pedimos o papai, vamos comemorar que finalmente vamos ter uma banda descente tocando no baile desse ano. – Ela nem ao menos mencionou a gravadora, só informou o que sabia que não me faria ficar chateado. E como não foi dito, mamãe não perguntou sobre. Deixou que saíssemos, imagino se ela percebeu que não tinha dado certo e a Lola estava tentando me tirar da frustração profunda que me encontro.

- Prometemos voltar na hora. Sem enrolar. – Ela fica feliz de ouvir isso, mesmo quando não é verdade, mesmo que ela saiba que não é.

- Vejo vocês mais tarde então. – disse sorrindo.

Lola ganhou a aposta, hoje era meu dia de dirigir, mas ela que guiou o carro na ida. Não sei dizer se isso significa que posso beber ou se ela está apenas exercitando a direção. Bem provável que seja a segunda opção.

- Lol, não exagera tá bem? Amanhã ainda tem colégio, e eu não quero que a nossa mãe fique brava contigo. – Super protetor, isso é o que o olhar dela significa.

- Relaaaaaxa, John. Eu to de boa. – E ria. Esse humor dela é o mais engraçado. Ela parece completamente bêbada e feliz sem beber uma única gota de álcool.

Lola's POV

Quando chegamos ao estacionamento praticamente todo mundo já estava lá. Alguém tinha levado Nevermind do Nirvana e estava tocando Smells Like Teen Spirit na maior altura. Sempre imaginei que os vizinhos dali deviam nos odiar, mas o lote pertencia aos pais do Eric e eles fizeram questão de colocar uma sala acústica pra que pudéssemos frequentar lá sem causar problemas com a polícia, talvez.

- Looooooliiii! – Era a Annie que pelo jeito já tinha tomado alguma coisa. – Você veeeeeeio! – Eu estou rindo muito dela nesse momento.

- Sim Ann, eu vim, mas só por sua causa. – E ri mais um pouco, enquanto ela me olhava com aquela carinha de felicidade, igualzinha a uma criança. Ela era provavelmente a que parecia mais nova entre nós, apesar de não ser.

Mona, Shell, Nick e Eric estão sentados no chão brincando de verdade ou consequência quando me junto a eles. Pat, Garry, Jared e o Kenny parecem se divertir com alguma coisa atrás do balcão de bebidas, eles riem enlouquecidamente. John se junta a eles pra pegar uma cerveja, mas quando ele a abre eu grito do outro lado:

- HOJE A NOITE É MINHA, JOHN! Sem burlar as regras! – Ele me olha indignado e responde:

- É só essa, prometo. – E ri. Como se eu acreditasse. E pede alguma coisa pro Kennedy que separa um copo e começa a colocar vodka com alguma coisa. John pega o copo e vem sentido a mim. Mas quando ele está a mais ou menos um metro muda de direção e entrega o copo pra Mona e ri cinicamente da minha expressão de indignação. Mona também ri, mas agradece a ele. Eu me levanto e vou até o balcão, pego eu mesma a garrafa e faço um drink muito louco pra mim.

Waiting For My Sun To ShineOnde histórias criam vida. Descubra agora