Bônus Conto - A primeira vez (Miguel e Laura)

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Boa noite, leitores!

Até que enfim! Saiu conto do Miguel e Laura. Aleluia!

Voltei! Ops... Quero dizer, estou voltando, devagarinho, mas voltando.
Desculpa o sumiço, mas se eu achava que minha rotina era maluca, ela de novembro do ano passado pra cá que deu um giro de 180° e ficou doida, desvairada. Estou começando a pegar meu novo ritmo, e com isso voltar para o que amo fazer, escrever.

Estou preparando uma nova história, ainda sem data para começar a publicação, no entanto o enredo será um desafio pra mim, algo diferente, mas que estou amando. Espero que vocês também.  Em breve trarei mais notícias sobre ela.

Sobre De Repente Apaixonado, se tudo correr direitinho, até o final de abril estarei lançando, a princípio, em formato ebook na Amazon. Vou avisando a vocês. Fiz algumas mudanças na história, poucas. Também acrescentei alguns detalhes que achei necessário. E, é claro, não poderia faltar o epílogo. Espero que gostem. Estou ansiosa para saber a opinião de vocês. 

Tenho outra novidade para contar sobre os personagens secundários de Me Descobrindo Mulher e De Repente Apaixonado. Só posso dizer que haverá um Spin off , onde cada capítulo terá um conto de alguns personagens. Histórias de amor, ciúmes, amizades verdadeiras e outros temas.  Pretendo publicar em junho, também na Amazon. Dentre eles, estará esse conto que trago para vocês. Espero que apreciem e curtam um pouco do Miguel e da Laura.

Uma  excelente leitura e um final de semana abençoado.

Música para ouvir enquanto ler: Solamente Tú ( Pablo Alborán)





A primeira vez

Miguel e Laura

Era a terceira vez que passava em frente ao Colégio Monte Sinai em menos de uma hora. Tudo por causa de um desejo louco de olhá-la mais uma vez. Mentira! Eu a queria. Queria sentir o gosto dos seus lábios e tocar sua pele macia, marcar cada parte do seu corpo com o meu toque. Laura, a mulher que dominava meus pensamentos desde o último final de semana. Eu a quis desde o momento que entrou na sala de estar da casa de tia Elena. Ela, a mulher que eu tanto desejava era a mãe da Alice, namorada do meu primo Igor.

Laura era misteriosa e ao mesmo tempo doce. Tímida e provocante. Em cada momento em que estivemos próximos senti algo entre nós, uma química. Uma atração simultânea e bastante forte. Ela bem que tentou disfarçar, mas eu sabia que a afetava, o que me fazia sorrir como um bobo sempre que pensava nela. A forma como me olhava, quando achava que ninguém estava observando. Tudo isso resumia o fato de estar passeando repetidamente em frente ao seu local de trabalho. Eu precisava de mais, não só do seu olhar desejoso, eu não me contentaria com pouco. Eu precisava possuí-la.

Voltei repentinamente para o Brasil para ajudar no tratamento da minha prima Ingrid, que acabara de descobrir que tinha um tumor em sua perna. E eu, como especialista em oncologia, precisava estar por perto para apoiá-la. Minha família sempre foi minha base de sustentação, mesmo morando nos Estados Unidos faço tudo por eles.

Fui criado por meus avós. Minha mãe foi embora quando eu tinha dois anos. Nunca entendi realmente os motivos que a levaram a abandonar a mim e ao meu pai. Claro que meu pai nunca foi uma pessoa fácil de lidar, mas tem um bom coração. E com a partida da minha mãe isso o afetou significativamente. A ponto de também me deixar para trás, e partir sem rumo pelo mundo afora. Meus avós foram tudo pra mim. Deram-me tudo, principalmente, amor e caráter. Devo tudo a eles. Não tenho mágoa do meu pai, antes mesmo de saber da notícia da doença da Ingrid estava a caminho da África para visitá-lo, uma forma que encontramos de mantermos os laços. Duas vezes ao ano um ia visitar o outro, mas como eu tinha dito antes, minha família é minha base de sustentação e isso inclui meus primos, Igor e Ingrid, que são mais do que irmãos para mim. Eu morreria por cada um deles, por isso não pensei duas vezes antes de desistir da África e voltar para o Brasil. Meu pai compreendeu e apoiou, ele também amava e se preocupava com a nossa família, do jeito estranho dele, mas amava. Talvez se ele tivesse ficado e me criado com sua amargura, eu não teria sido uma criança feliz como fui. Eu o amo e tenho orgulho do seu trabalho como voluntário dos Médicos sem Fronteiras, mas meus verdadeiros pais sempre serão Elza e Dante Salazar.

De Repente Apaixonado (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora