Yoongi

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Jung ainda estava com a festa de sexta à noite na cabeça. Lisa tinha sido incrível e era provavelmente a menina mais linda que já vira.

Ainda remoia internamente a culpa de não ter pego o número de celular, ou qualquer outra forma de contato. Como sempre, ficara sem jeito diante dos mais lindos olhos castanhos que já vira e simplesmente travara. Agora ele se odiava, ou quase, por isso.

– Mas que demora! Ficaram presos no banheiro? – Jung foi desviado de seus devaneios pela voz de Isabelle.

– Conversando, apenas. – Mark respondeu depressa. Ele parecia estar desconfortável.

– Por que você está como se tivesse passado horas no sol? – Isabelle erguera uma de suas sobrancelhas, como se o desafiasse a responder. Ela tinha um certo protecionismo com Mark, Yoongi percebia.

– Deixem ele em paz. – A voz de Alex se fez presente. – Minha mãe quer que eu volte pra casa.

– Isso parece ser o tipo de coisa que alguém inventa pra não ter que contar a verdade pros amigos.

– Fica quieto, Yoon. Agora é sério. Preciso mesmo ir. Parece que tem alguém que eu tipo preciso ver ou sei lá.

O caminho de volta fora um pouco mais demorado, já que tiveram que passar no clube, onde estava a moto de Mark, e também pelo trânsito agitado com a proximidade horário da ceia.

Depois de chegarem ao clube, Mark se despediu e desejou feliz natal a todos, olhando um pouco estranho para Alexander, na opinião de Jung.

– Até mais, O'Larry. – Isabelle disse, colocando o carro em movimento novamente. Ela agora assumira o volante.

A casa de Jung ficava a apenas três quadras do clube, mas demoraram cerca de dez minutos para chegar até lá.

– Este é seu ponto, Yoon.

– Até mais, galera. – Se despediu de Isabelle e Alexander, e desceu do carro.

Ficou ainda na rua observando o carro virar a direita e desaparecer em direção à casa de Isabelle.

– Pai, cheguei! Vou pro meu quarto. – Gritou, recebendo outro grito vindo da cozinha, em concordância.

Yoongi subiu as escadas de dois em dois degraus, apenas por que gosta de ser rápido. Ficar parado é uma coisa difícil para ele. Chegou ao quarto que dividia com o irmão e agradeceu mentalmente por Kim não está ali. Provavelmente passaria o Natal com a família da noiva. Jung tirou a camisa e se jogou na cama. De alguma forma, estranha e desconhecida, olhar para o teto o ajudava a pensar.

Parecia tão injusto que nunca mais fosse ver Lisa. Jung se pegou pensando naqueles cabelos longos e negros, os olhos castanhos, a pele morena. Perfeita. E com um sorriso que o fazia ter vontade de fazer qualquer coisa só para vê-lo outra vez.

Ele se sentia estúpido por se apaixonar por alguém que só vira uma vez e nem sabia o sobrenome. Era realmente uma situação ridícula e um tanto infantil. Porém, ele não conseguia evitar.

Cansado de remoer pensamentos que não o levariam a nada, Jung resolveu tomar um banho. Como todo ser humano com a estabilidade emocional normal, começou a cantar assim que a água lhe tocara o corpo. Entoava Just the way you are e se balançava ao ritmo da música, quando a idéia mais normal e obvia lhe surgiu à mente. Riu da própria lerdeza por não ter pensado nisso antes.

Saiu do banheiro com apenas uma toalha amarrada na cintura e se sentou na cadeira do computador, antes mesmo de se vestir. O sorriso bobo no rosto enquanto digitava ansioso seu login do Facebook.

De repente cincoOnde histórias criam vida. Descubra agora