Eu viro-me para Eleanor sem saber como explicar que havia uma pessoa no quarto em que iríamos dormir.
- Eleanor - Eu a chamo - Tem uma pessoa aqui - Conto cochichando para não acordar a pessoa.
Ela vem em minha direção para ver o que estava acontecendo.
- Arabella este é o Joe - Ela diz entrando no quarto e jogando uma almofada em cima dele e automaticamente o acordando.
Ele demora alguns segundos para abrir os olhos na tentativa de identificar quem estava ali.
- Arabella - Ele diz se levantando rapidamente.
Eu fico surpresa ao ver quem era a pessoa que cujo estava deitada numa cama que cheirava a mofo totalmente adormecida e imovel com minha presença. Joe permanecia imóvel e ruborizado ao me ver.
- Pensei que a casa estivesse vazia - Comentei.
Ele se tapa com um lençol branco e limpo, que supostamente não parecia ser daquela casa velha e suja.
- Eleanor me convidou para passar alguns dias aqui ja que seu irmão iria ficar fora por alguns dias - Ele explica.
Direciono me para Eleanor esperando da de suas desculpa por não ter me contado que
Joe tambem iria estar aqui mas ela permanece em silêncio.- Você não deve satisfação para mim - Digo ao me retirar e ir em direção a porta.
Eleanor me seguiu até a porta de saida da casa antiga caindo aos pedaços de seu irmão. Peguei meu casaco jeans de dentro da mochila junto com uma toca e então sai.
Estava muito frio do lado de fora, o tempo estava dando sinais de que naquela noite iria nevar.
Tentei me guiar pelas placas que indicavam onde havia uma loja mais próxima, segui pelo caminho mais curto até perceber que estava com uma forte serração. O frio aumentava, deveria ter colocado uma roupa mais quente antes de sair, pois na serra o tempo é imprevisível, o sol fraco pode sumir em questão de segundos e abrir alas para uma pequena serração. Havia algo em meu bolso que estava pesando, coloquei a mão e tirei meu colar que havia ganhado de meu pai, olhei para ele por um instante e guardei o novamente no bolso.
Chegando próximo a um bar onde havia poucas pessoas tomando chocolate quente do lado de fora do estabelecimento e que pareciam não se importar com o frio, onde elas conseguiam observar uma paisagem do gelo cobrindo as estradas. Entrei no bar para tentar me informar sobre algum lugar próximo ou talvez uma parada para pegar ônibus.
Ao entrar no bar, sinto um cheirinho forte de café e aquela sensação que todos estão olhando para você. Vou em direção do balcão perguntar a respeito de minha dúvida.
- Olá, eu queria saber onde é a parada de ônibus mais próxima daqui? - Pergunto para um moço de olhos claros e cabelos castanhos claros.
- Desculpe moça mas não passa ônibus por aqui - Ele diz me entregando um cardápio - Mas temos o melhor café da região, se você quiser experimentar eu recomendo a especialidade da casa - Ele pausa apontando para o cardápio - Chocolate quente!
- Não quero nada, obrigada!
Eu devolvo o cardápio para o rapaz agradecendo e me retirando dali.
Ao me virar, me deparo com Cristopher entrando no bar, olhando para todo o local e observando o lugar, tento ir em sua direção mas penso em ser discreta e não demonstrar meu desespero de fã ao ter encontrado seu ídolo num bar que vendia chocolate quente no meio do nada, ainda mais se descobrissem que ele era realmente Cristopher, ele iria ficar rodeado de pessoas e não iria conseguir tomar seu café com chocolate quente.
Sai discretamente sem me aproximar dele.
- Arabella? - Ouço alguém gritar meu nome.
Viro-me para a voz e percebo que era Cristopher, ele havia me chamado, lembrava de mim e mesmo eu invadido seu quarto naquela noite e fugido pela janela ao seu pedido ele ainda queria falar comigo.
- Cristopher - O chamo de volta.
Ele vem ao meu encontro com um sorriso.
- O que você está fazendo aqui na serra ? - Ele pergunta me cumprimentando com um beijo no rosto.
Sorrio de orelha a orelha, Cristopher, meu ídolo me reconheceu e ainda me cumprimentou com um beijo na bochecha (venci meus obstáculos).
- Vim passar alguns dias com a minha amiga - Respondo - A garota que invadiu comigo o quarto de vocês no show na casa do Gabriel - Lembrei.
Ele sorriu lembrando da cena.
- Sua amiga não gostou muito da ideia de fugir pela janela - Ele comenta.
Eu sorrio afirmando com a cabeça.
Sem jeito aviso que estava de saída
- Bom então, eu vou... - Gaguejo um pouco até completar a frase - Eu vou indo então.
Ele sorri e então me dá mais um abraço, um abraço gostoso e aconchegante.
- Até qualquer dia Arabella - Ele sorri indo para a fila do chocolate quente.
Eu fico ali parada na porta sorrindo que nem uma babaca e acenando e avisando a minha partida.
Cristopher lembrava de mim, mencionava meu nome como se eu fosse uma amiga íntima, era impossível me acostumar com a ideia de meu ídolo ser meu conhecido ou até um amigo, queria poder ter mais intimidade com ele e poder abraçá-lo a qualquer momento.
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Arabella
RomanceSou uma mentirosa compulsiva, não tenho culpa se sou boa nisso, existe uma certa diferença entra a mentira e a personagem que crio para a população de Virgília. Por culpa de meu pai ser prefeito dessa cidade, tenho que ser algo que não sou. Me torno...