Brincando Com O Destino

Capítulo Dois

No dia seguinte por volta das 13:20 os irmãos finalmente chegaram a Dakota do Sul, foi só quando passaram por uma placa que dizia " Sioux Falls à 1km" que Sam finalmente teve coragem para perguntar.

-Ei Dean?

-O que? - perguntou o rapaz, mas ele já sabia o que viria a seguir. Sinceramente havia até estranhado que demorasse tanto tempo.

-O que aconteceu em 13 de setembro de 2003?

-Nada de importante. - disse Dean lacônico.

- Dean...- Disse Sam em tom insistente.

-Não adianta insistir Sam. Não dessa vez. - ele disse apertando com força o volante. Sam abriu a boca para retrucar mas o mais velho aumentou o volume do rádio deixando o Som de Slow Ride explodir nos alto-falantes. Poucos minutos depois foi obrigado a abaixa-lo novamente. Quando seu celular começou a vibrar em seu bolso.

-Bobby? - perguntou Dean após deixar o telefone no viva-voz.

-Nem perto Dean, - disse uma voz feminina do outro lado da Linha. O choque por ouvir aquela voz foi tão grande que Dean quase entrou na pista contraria. Os reflexos de Sam, no entanto, foram rápidos e ele o impediu de faze-lo.

-Charlie? - disseram Sam e Dean em uníssono.

-Vocês são tão fofos quando falam juntos assim.

-Charlie, - disse Dean ignorando o comentário - como...?

- Não faço ideia. Num momento eu estava no céu, e de repente shazam, estou em um hotel em Paris.

-Paris ? - Exclamaram os irmãos falando juntos novamente.

-Sim. Eu sempre quis vir para cá. É estranho, mas, muito legal. Eu liguei para saber se vocês sabiam o que está acontecendo, mas pelo que estou vendo a resposta é não.

-Nós realmente não sabemos - disse Dean

-Mas vamos descobrir - completou Sam

-Também vou pesquisar.

-Avise se descobrir algo - disse Dean

- Idem. - disse a garota - agora tenho que ir. Tenho um passeio turístico pelos pontos históricos.

-Nunca achei que você fosse do tipo que curte esse tipo de coisa. - disse Dean

- Não sou. Mas a guia turística é uma gata então... A gente se fala mais tarde.

-Charlie, espera - disse Sam de repente.

-O que foi?

-Eu só queria... Eu sei que não vai mudar nada, mas eu quero pedir perdão. Por minha causa você...

-Por nossa causa. -corrigiu Dean.

-Podem parar com isso vocês dois. Não é culpa de vocês. Foi minha escolha, Sam você só estava tentando salvar seu irmão. E Dean, por tudo o que eu li dos livros de Supernatural, e vi no meu curto tempo com vocês, os dois já se arriscaram e até morreram para salvar pessoas que nem conhecem. Já estava na hora de alguém retribuir o favor. E se quando a gente se falar novamente vocês tocarem nesse assunto denovo, vou enviar todos os livros de Supernatural para uma lista de produtores cinematográficos. Adeus, Vadios.

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Cinco minutos depois eles estavam em frente a casa de Bobby, ela estava exatamente como antes de ser incendiada por Leviatãs. Eles se aproximaram da casa e Sam bateu na porta. Alguns momentos depois a porta se abriu. Bobby estava vestindo Camisa xadrez e Jeans como sempre, mas havia algo de estranho em seu rosto. Ele estava sem barba.

-Boa tarde. - disse o caçador mais velho. Os irmãos ergueram as sobrancelhas pela aparência e bons modos do homem.

-Bobby? - disse Dean - É você mesmo ?

- Sim - respondeu Bobby - Robert Singer, e vocês quem são?.

-Hilário, Bobby - disse Dean. - agora você entende que precisamos fazer alguns testes não é?

-Que testes? Quem são v... - antes que terminasse a frase Dean atirou água benta em seu rosto - Que diabos foi isso? - foi então que ele viu a faca na mão - Que tipo de loucos vocês são? Saíam da minha casa. - os irmãos se entreolharam surpresos. Ao que parecia Bobby não estava brincando.

-Bobby... - começou Sam

- Eu não sei quem vocês são mas se não saírem da minha casa agora eu vou chamar a polícia.

-Polícia ? - disse Dean surpreso. Ele parecia prestes a retrucar mas Sam tocou seu ombro como um sinal para ele parar

-Vamos Dean. - O mais velho assentiu e eles voltaram ao Impala. Eles lançaram um último olhar ao homem que ainda estava parado à porta olhando para eles confuso. E então entraram no carro e seguiram novamente na direção do Bunker.

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Sam passou a viagem inteira pesquisando em seu Laptop notícias que podiam estar ligadas aos fatos estranhos que estavam ocorrendo. Obviamente havia muita coisa estranha como sempre, mas ele como bom caçador ele sabia diferenciar.

- E então - disse Dean quebrando o silêncio - Isso é a volta dos mortos vivos?

- Não é como da vez que Morte trouxe eles de volta. - disse Sam - Segundo as notícias eventos parecidos tem ocorrido no mundo todo.

-O estranho é normal - disse Dean - O anormal é ser notado.

-Você inventou isso agora? - disse Sam incrédulo

-Não. Veio escrito na caixa de cereal outro dia. -Sam revirou os olhos

-Você poderia passar pelo menos algumas horas sem uma de suas piadinhas?

- Claro, no dia em que você cortar seu cabelo - Sam soltou um suspiro cansado. Dean era um pé no saco as vezes.

-Voltando ao assunto - disse Sam - da última vez os mortos se lembravam de suas vidas.

-Bobby também - disse Dean pensativo - Quando nos falamos ontem ele estava normal. Bom tirando o fato de ser um morto vivo. O que mudou ?

-Não sei - disse Sam. Ele pegou o celular do bolso da jaqueta do irmão. Ele discou para o número de qual Charlie havia ligado mais cedo. - Talvez Charlie tenha descoberto algo. - ele deixou o aparelho no viva voz. Ao terceiro toque ela atendeu.

-Ei Charlie, como estão as coisas em Paris? - perguntou Dean.

-Charlie? - disse a voz do outro lado - Desculpe senhor. Acho que foi engano. Meu nome é Celeste. Celeste Middleton.