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Capítulo 4 - Fourth insomnia

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Capítulo 4 - Fourth insomnia.

13 de Janeiro de 1996, Inglaterra.

— Estou? — Atendi o telefone a bocejar de sono.

— Olá, como estas? — A voz do Harry soou trémula.

Era estranho a sua voz estar tão baixa e aterrorizada, Harry era uma rapaz alegre com uma vontade enorme de sorrir e viver, ele era com toda a certeza a pessoa mais feliz que eu já tinha conhecido em toda a minha vida. Até esse dia.

— Estou bem, passa-se algo? — Perguntei roendo as unhas de nervosismo.

Um silêncio estranho preencheu toda a linha telefónica, fazendo-me roer as unhas com mais intensidade, numa função de acabar o nervosismo que se instalou em mim de uma forma bruta e descontrolada.

Harry estaria bem? Ele sempre estava certo? Não.

Soluços baixos soaram pelo telefone, algo está errado, algo perturbava o rapaz de cabelos cacheados de uma forma avassaladora. Algo terrível aconteceu e levou o seu sorriso embora.

— Harry o que se passa? — Perguntei com um nó na garganta.

A sua resposta era nula, apenas soluços abafados eram ouvidos por mim, soluços esses que acabaram por me fazer desmoronar.

— Porque estas a chorar Kristy? — Ele perguntou ao fim de meros segundos com a sua voz baixa e trémula.

— Porque tu estas? — Perguntei.

— Bom, a minha mãe foi diagnosticada com cancro. — Ele finalmente disse num murmuro, tão baixo, quase inaudível.

04 de Setembro de 2001, Inglaterra.

A dor, as lágrimas, durante meses, Harry se tornou uma pessoa infeliz. Só ele sabia o que se escondia no seu embriagado coração.

Harry Styles, o doce rapaz de cabelos encaracolados e olhos verdes, rapidamente se tornou no rapaz triste de olhos afundados.

Estar lá para ele toda a vez não foi o suficiente, no fundo nunca é.

Hoje, eu desejava ter sido mais fraca do que fui por todo o tempo.

Eu transmiti toda a minha força para o rapaz que estava magoado com a possível perda da mãe, e agora eu mal aguento a sua perda.

As pessoas dizem, ser forte é uma escolha.

Mas elas nem ao menos sabem como é estar dentro deste buraco que existe na minha alma e me obrigada a permanecer nele todas as noites de insônia.

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