|11|

95 68 18
                                    

Capítulo 11 - Eleventh insomnia

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Capítulo 11 - Eleventh insomnia.|

04 de Janeiro de 1999, Inglaterra, Casa de Kristy Rose.

Passou-se algum tempo desde a última vez que eu tive um surto mental ou um ataque de pânico por causa dos pesadelos que insistiam em me atormentar por toda uma noite.

Um ano, talvez três, foi o tempo que eu demorei para superar todo o drama e trauma causado pelo meu pior erro.

Foi difícil para mim, foi difícil para o meu pai e foi difícil para Harry que sempre esteve lá para mim mesmo quando eu gritava que o odiava e que ele não podia me tocar.

Ironicamente, durante o drama e pânico que eu tinha de tudo e todos, o meu amor pelo Harry foi subindo até a um ponto extremo , um ponto que me fez finalmente chegar á viragem da minha vida miserável , para um futuro sem dor ou melancolia.

— Terra chama Kristy, terra chama Kristy, escuto. — Harry diz tirando-me dos meus pensamentos.

— Kristy presente, escuto. — Respondo rindo.

— Harry ama Kristy escuto. — Harry diz com a língua de fora fazendo-me corar.

Sorri tristemente, lembrando-me que desperdicei a minha oportunidade de ficar com o meu primeiro amor pela minha tortura psicológica e deixei deixe meu corpo cair para trás na cama ficando deitada com as pernas encostadas na parede.

— Não te vais deitar e ficar a olhar para o teto sua viada, vamos fazer algo, afinal fazes 17 anos hoje. — Harry suspirou.

— Então onde está a minha prenda? — Murmurei sorrindo mesmo não querendo nada.

—Aqui. —Ele falou fazendo-me levantar a cabeça

11 de Setembro de 2001, Inglaterra.

Eu não estava de todo á espera que esse simples aqui, fizesse o meu aniversário de dezassete anos tão ótimo e importante.

Após essa simples palavra, os lábios macios e rosados beijaram os meus num beijo lento e delicado.

Ainda hoje me lembro da sensação do meu primeiro beijo ter sido com o meu primeiro e único amor.

As pessoas descrevem sempre o primeiro beijo como algo desajeitado e meio estranho, mas foi perfeito ao seu jeito.

Como poderia negar as borboletas que se formaram no meu estômago?

Agora, neste preciso momento, eu sinto saudades desse dia, do carinho, do momento em que o meu primeiro amor retribuiu o sentimento que eu sentia por ele.

Agora, tudo o que eu tenho são memórias, fotografias e uma dor imensa no meu peito pela sua falta, pela culpa da sua ida e também um coração sem conteúdo.

Talvez as pessoas tenham razão, talvez seja uma depressão, pós perda, muita gente tem disso certo?

Mas no fundo o que é uma depressão?

Depressão não é como estar morto.

É como se estivéssemos a morrer a cada dia. Cada pedaço podre cai e se desfaz até que nada sobra e a única solução é a morte.

Morte essa que chega em duas versões, psicológica ou física.

Uns tem coragem para manter o controlo da situação e cometem o suicídio.

Por outro lado, outros vagueiam pelo mundo sem qualquer controle ou vida.

INSOMNIA Onde histórias criam vida. Descubra agora