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Capítulo 12 - Twelfth insomnia

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Capítulo 12 - Twelfth insomnia.

14 de Março 1999, Inglaterra, Casa de Kristy

Retirei o maço de tabaco da minha gaveta da secretária e fui até á varanda do meu quarto.

Fumar não era de todo um vício que me agradava ter, mas era sem dúvida alguma necessário perante todo o stresse e ansiedade que está guardada dentro de mim á demasiado tempo.

Antes, eu olhava para os fumantes na rua com medo e também desdém, eu odiava o fumo que circulava perto de mim, e até tossia em função de lhes dar algum senso comum e os fazer parar de deitarem a fumaça perto de mim. Agora eu sou um deles.

Acendo o cigarro, que já se encontra nos meus dedos, com o isqueiro habitual, e travo um pouco do seu fumo.

Fecho os olhos quando o fumo tóxico preenche os meus pulmões por completo e seguro por algum tempo, sentido o meu corpo relaxar.

A porta do meu quarto é aberta, fazendo-me largar o fumo, e olhar para dentro do quarto para ver quem era a pessoa que havia drenado pelo meu quarto sem bater á porta.

— Varanda. — Disse quando vi o corpo de Harry olhar para o quarto em silêncio.

— Estas a fumar. — Ele murmurou sentando-se ao meu lado.

— Eu sei que não gostas desse meu novo vício, mas não digas nada contra, por favor. — Pedi cansada do seu julgamento diário pelo meu vício.

— Hm, na verdade, podes dar-me um? — Harry perguntou num murmuro quase nulo.

Olhei-o confusa, assenti com a cabeça e passei o meu maço, quase vazio, para as suas mãos.

Observei atentamente cada ato dele, a forma rápida como ele acendeu o cigarro e travou o mesmo sem sequer se engasgar fez-me entender que ele já havia fumado antes, mais do que uma vez.

— Sim. — Ele disse simplesmente.

— Sim o que? — Perguntei confusa.

— Sim eu já fumei antes, estavas a perguntar isso mentalmente, ou mesmo a afirmar. — Ele murmurou travando mais um pouco do seu cigarro.

Assenti em silêncio e olhei para o céu, as nuvens estavam cinzentas e em breve iria chover, o que me fez sorrir um pouco, pela minha paixão incontrolável por chuva.

—O cancro voltou. — Ouvi Harry murmurar.

As suas palavras foram confusas e talvez sem conexão, para a maioria dos seres humanos existentes, mas eu sabia, que neste momento Harry estava quebrado mais uma vez.

12 de Setembro de 2001, Inglaterra.

Nesse dia, cinco de junho de dois mil e um, eu sabia que Harry havia levado mais um chute forte da vida.

Talvez tenha sido o mais forte, talvez esse tenha sido o chute que o fez tornar-se o verdadeiro Harry Styles que ninguém tinha visto ou tido a oportunidade de ver.

Harry aprendeu, que a vida é injusta, que ela nos chuta e nos espanca vezes e vezes sem conta, e tudo o que nós podemos fazer contra é levantar e aguardar pela próxima rasteira e inevitável queda.

A vida pode ser uma autêntica filha da mãe com todos nós mas ou nos acordamos para a vida ou ficamos presas no pesadelos que ela é.

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