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Capítulo 14 - Fouteenth insomnia

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Capítulo 14 - Fouteenth insomnia

31 de Agosto 2001, Inglaterra.

"Querida Kristy, eu preciso falar-te antes , antes de eu partir, antes de eu finalmente ser livre de toda está dor que me tem sugando dia após dia, noite após noite.

Eu sei, eu fui um monstro para ti, eu fui cruel e também desumano, eu lamento por isso, eu não queria que fosse assim. Eu não queria de todo este desfecho, nós não somos Romeu e Julieta, mas a nossa história de amor, foi realizada com a mesma intensidade que a deles, mas com obstáculos diferentes.

Em tempos, eu amei-te na mesma intensidade que me amava a mim próprio, tu eras o meu primeiro amor e eu o teu, lembras-te como isso foi? Todos os momentos de alegria e de conhecimento, todos os momentos em que eu fui o teu pilar? Mantém isso em mente para o resto da tua vida miserável.

Sim, porque no fundo tu sabes, ela será miserável que nem a minha.

Mesmo querendo desejar-te o melhor e também prometer que tudo ficará bem, eu não posso faze-lo. Eu seria falso contigo, e isso é tudo o que eu não quero ser.

A vida é um show de horrores, onde a dor reina e a felicidade combate com todas as suas armas para uma pequena vitória, mas sejamos sinceros, a batalha nunca é ganha de verdade pela felicidade.

Um dia, daqui a alguns anos, tu vais poder falar de mim aos teus filhos, talvez tu digas que um dia tiveste o amor mais puro e verdadeiro de todo um mundo cheio de escuridão, diz a eles que eu era forte, que eu queria que eles fossem meus e que eu me esforcei ao máximo para me manter firme.

Mente a todos e diz que eu fui forte até ao final, faz com que eu seja relembrado como um cavaleiro forte que morreu completamente desarmado.

Hoje Kristy, eu amo-te mais do que me amo a mim, pois não existe mais amor próprio dentro de mim, o meu corpo está mole, e o sangue que drena dentro dele está podre.

Eu falei serio, quando disse que tinha morrido, eu realmente morri naquele dia juntamente com a minha mãe, eu morri psicologicamente, e aguentei o meu corpo imundo por todos estes meses com um pingo de fé, da possível mas rara ressuscitação de mente. Ressuscitação essa que nunca veio.

Kristy, meu amor, eu não aguento mais a dor, ela corta cada pedaço da minha alma, ela mata cada célula do meu corpo sem dó nem piedade.

Eu estou cansado desta vida toda a vez que os meus olhos abrem depois de meros minutos de sono por exaustão.

Isto poderia ser um desabafo, poderia ser uma mera carta de desculpa, mas ao invés disso, ela é uma despedida.

Uma despedida necessária para o amor da minha vida.

Não chores querida Kristy, folhas crescem e caiem, amores vão e vêm, pessoas nascem e morrem.

Lembra-te, independentemente de tudo o que foi dito por mim em momentos de euforia, tristeza e raiva, eu Harry Styles, amei-te por toda uma eternidade.

Eu não falhei com a minha promessa, eu prometi que iria amar-te para sempre.

Hoje é o último dia do nosso para sempre, e eu ainda te amo como no primeiro dia.

Com todo o amor, Harry Styles, o mais fraco e marcante amor."

14 de Setembro de 2001, Inglaterra.

Cada palavra foi cortante, cada frase esmagou mais um pouco do meu coração, cada lida a meio da noite foi como uma lâmina que rasgava incansavelmente o meu peito até todo o sangue que drenava em mim parar.

De tudo o que já me aconteceu de miserável na vida, eu não posso negar, perde-lo foi a segunda pior dor.

A primeira, foi sem dúvida alguma, entrar no meu quarto e ver o seu corpo, sem vida na minha cama, enquanto eu chorava e gritava para acordar.

Aquela sensação de sonho, ela persegue-me até hoje.

Talvez seja pelo excesso de insônias, ou talvez pelo excesso de drogas no meu corpo, todos os dias são como a uma névoa, onde Harry chora ao meu ouvido por vinte e quatro horas por dia.

Ele desistiu.

Ele desistiu dele, de mim, de nós, ele apenas foi e desistiu.

Nós só ganhamos se nunca desistirmos, irônico que apenas a desistência faz com que a dor se vá.

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