Poucas coisas me deixavam sem reação e uma delas era o sorriso do Enzo, em minutos descobrir que aquele sorriso me levava a loucura sem esforços, sem ao menos ter pretexto de fazer isso.
Ele me olhava de canto de olho e isso me deixava levemente desnorteada.
- O que vem acontecendo com a Pietra?
Perguntei quebrando o silencio.
- Não sei, só sinto que falei.
Falou como um sussurro que mal pode ouvir.
- Você não falhou, se alguém falhou em algo esse alguém não foi você.
- Ele tem passado dos limites.
- Ela ta tendo ter sua atenção.
- Mais?
Perguntou franzindo a testa e levantando a sobrancelha.
- Não que você não venha dando atenção a ela, apenas faz coisas que ela note a sua presença por inteiro com ela.
[...]
(5 meses depois)
- Tia, eu to ninda?
Perguntou rodopiando com o vestido.
- Sim, uma princesa.
Era a festa de 03 anos da Pietra, o tema da festa ela mesmo escolhei, princesas.
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- Vamos estão esperando as princesas lá em baixo!
Enzo falou ao colocar a cabeça na porta do quarto da Pietra, seus olhos correram pelo meu corpo coberto por uma tolha e o traidor se arrepiou e mostrou o quanto ele dominava meu corpo apenas com um olhar. Sentir minhas bochechas queimarem de tão vermelhas que elas ficaram.
- Papa, estou ninda?
- Você é linda meu amor.
Eles saíram do quarto e eu comecei a me vestir, optei por uma roupa simples.
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Todo estava em sua perfeita ordem, as crianças corriam de um lado a outro, brincavam na cama elástica, piscina de bolinha e diversos brinquedos que foram montados no salão de festa do prédio.
- Fez um bom trabalho.
Ouvir a sua voz tão próxima do meu corpo me fazia ir ao inferno, sua respiração no meu pescoço me fazia sentir sensações que jamais foram despertadas em meu corpo.
- Obrigada, apenas fiz com que a sua filha se sentisse mas feliz.
- Obrigada por fazer parte das nossas vidas.
[...]
A festa havia acabado e nesse momento estava deitada no quarto da Pietra fazendo a dormir, que não demoraria tanto já que ela estava cansada, assim eu esperava.
Assim como eu esperava ela não demorou tanto a dormir, deixei a luz do abajur ligada e a do seu closet e deixei a porta do seu corpo encostada.
Passei pelo corredor indo ao quarto de hospede que estava quase virando meu. Sempre dormia aqui quando o Enzo precisava viajar ou algo assim, ele não confiava deixar a Pietra com qualquer pessoa e não achava justo ele a deixar sempre com a mãe.
Apenas sentir meu corpo se chocando com a parede e sendo virado rapidamente.
