Capítulo 03

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Era umas 16:40h quando nos hospedamos em um hotel próximo ao local onde estavamos. Haviamos passado o dia andando por lojas e estavamos super cansados. Pedimos um quarto para nós dois, pois se o Palhaço aparecesse poderiamos defender um ao outro.

O quarto não era grande, tinha uma cômoda, uma cama e um sofá. Peter disse que eu dormiria na cama e ele no sofá.

Ele era super legal, mas ainda assim não confiava 100% nele.
- Ja vou dormir. - digo pulando na cama.
- Certo, ficarei de vigia. - ele fala com um sorriso.

Dormi quase de imediato.

Acordei com Peter me balançando.
- O que foi? - falo esfregando os olhos.
- Ouvi passos do lado de fora...
- E...
- É Ele.
- Não... o que será que ele quer? - falo olhando o relogio. Eram 18:00h.
- Não sei. Temos que sair daqui.
- Mas para onde? - pergunto.
- Poderiamos voltar para a sua casa.
- O que?
- Não temos outra escolha. Pelo menos podemos convenser seus pais a nos ajudar.
- Você não prestou atenção no que eu te contei? Eles me acham louca.
- Você é?
- Não.
- Faça com que acreditem nisso. - ele fala e pega nossas coisas. - Vamos?
- Vamos.

- Matew... como deixou que ela fugisse? Como pôde?
- Mãe... você querja colocar ela em um hospício! - Ele fala gesticulando.
- Você... estar de castigo.
- Tenho 19 anos mãe... você não manda em mim. - Ele fala e vai para o seu quarto.
- Ah meu Deus! Primeiro a Anne... agora o Matew... Carlos o que eu faço?

Carlos estava sentado em uma poltrona lendo jornal. Ele ergueu os olhos pra mim e disse:
- Adolescentes são como passaros Amélia. Quanto mais você os prende... mais querem voar!
- Não me venha com as suas filosofias. - falo apontando o dedo indicador para ele. - Eu... so quero minha filha de volta!
- Mais cedo ou mais tarde ela volta.
- Mas ja é tarde! Ja são oito horas! - Se acalme.
- Me acal... - sou interrompida por uma batida na porta.
Olho para Carlos, ele está olhando para a porta. Vou em direção á porta e a abro.
- Anne... - falo.

- Mãe, precisamos conversar e rápido! - Anne fala. - trouxe um amigo... você se importa?
- Anne... você vai ficar de castigo por uma semana! - disse a voz da mulher, provavelmente a mãe da Anne.
Ainda estavamos na porta, acho que Anne estava com medo de entrar.
- Mãe... deixe ela. É sério... para com essa mania de querer mandar nas pessoas. Entre Anne aí fora deve estar frio. - ouvi a voz de um garoto, deve ser ele o Matew, irmão da Anne.
- Mãe... com licensa... eu tenho um visitante. - Anne fala e entra.
Eu entro atrás dela. Vejo o pai dela que antes devia estar lendo jornal, agora olhava para mim.

Vi o irmão dela, devia ser da minha idade mais ou menos. E vi... a mãe dela... por que aquela mulher... me parecia tão... familiar?
- Pai, Mãe e Matew... esse é o Peter. - Anne fala.
- Peter? - Sua mãe pergunta.
- Sim... é... um prazer... conhecer a senhora. - Eu digo estendendo a mão.
Ela pega minha mão.
- Amélia, o prazer... é todo meu! - ela me olha com seus olhos azuis.
- O Peter... ele... também vê o palhaço. - Anne fala.
- Sim... vejo desde os 4 anos.
- Também ja o vi... - disse Matew.
- O que? - Anne olha pra ele assustada.
- Eu ja o vi... por isso acreditei em você.
- Mas que palhaço é esse de que voces falam tanto? - Amélia pergunta.
- Ele... é... um palhaço assassino. - Eu falo, queria compartilhar com alguém o que eu havia vivido.
- Assassino? - Anne pergunta.
- Minha irmã... ele matou minha irmã. - falo e baixo a cabeça.
- Quantos anos ela tinha? - Amélia perguntou.
- 6 anos. - falo. - você acredita agora?
- Não pode ser... Pitt? - Amélia fala.
- Pitt? Só essa minha irmã me chamava de Pitt.
- Oh meu Deus! - ela fala levando a mão a boca. - Qual o seu sobrenome?
- Grace. - falo confuso.
- Filho... sou eu... não lembra de mim?
- O que? Não lembro do nome da minha mãe... mas com certeza não era Amélia. - falo me afastando dela.
- Eu mudei meu nome... você se lembra de Lucia? Lucia Grace?
- Esse... nome... ele... não me é estranho.
- Não... é o nome da sua mãe. Eu.
- Esperem... não estou entendendo nada. - Anne fala. - Você é mãe... do Peter?
- Sim. Pode não se lembrar Pitt... mas eu sou!
- Então... ele não estar morto? - Carlos, o pai de Anne fala.
- O que? - eu falo.
- Ora Ora... a família toda reunida... - O palhaço aparece pela porta. - Que pena... so faltou a pequena Rachel...
- De quem você estar falando? - falo.
- Haha... da sua irmã ora... - ele fala girando sua faca na mão.
- Então... era verdade? - Amélia fala. - Pitt... me desculpa... eu...
- Se cale... mulher insolente! O homem e o seu filho podem ir embora... se desejarem! - ele fala dando espaço para que eles passassem.
- Não. - Matew fala. - Um palhaço não vai me fazer correndo que nem uma menininha!
- Saia daqui... - Carlos fala apontando uma espingarda para o Palhaço.
- Tudo bem... eu saio... mas... Peter e Lucia... eu voltarei! - Ele da um sorriso e sai calmamente pela porta.

- Quem era ele? - Amélia... Lucia... sei lá... fala.
- O Palhaço. - respondo.
- O Palhado do qual eu falei, mãe. - Anne fala.
- Ai Deus... isso ta muito confuso! - Amélia/Lucia fala. - melhor... voces irem dormir... Matew?
So agora eu havia notado que Matew tinha sumido.
- Matew? - Carlos chama. - Ele deve estar no quarto dele.
Carlos vai em direção ao quarto, Anne e eu nos sentamos no sofá.
- Ele não está em lugar nenhum. - Carlos fala ao chegar na sala.
- Matew meu filho... pare de brincadeira. - Amélia/Lucia falou.
- Acho... que ele não estar de brincadeira mãe. - Anne fala.
- Tudo bem... ele... ele deve aparecer logo! Vão durmir... Peter... durma no quarto do Matew.
- Obrigado. - Falo.

Anne me condus até um quarto. Me assusto com a roupa de palhaço encima da cama, mas Anne me explicara que Matew trabalhava como palhaço para pagar a faculdade de artes.

Onde ele estaria? Porque sumira assim... tão... do nada?

O PalhaçoOnde histórias criam vida. Descubra agora