Capítulo 07

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     Eu estava ajeitando as minhas coisas no quarto do hotel. Haviamos chegado la fazia 1 hora. Minha mãe havia sumido. Meu pai tinha ido procurar por ela e até agora não havia a encontrado.
     Depois que chegamos, minha mãe disse que ia tomar um banho. E depois disso... bibbd bobbd boo... sumiu.
- Anne? Você ta bem? - pergunta Peter entrando no quarto.
- Sim. Estou. - respondo.
- Não se preocupe... Carlos vai encontra-la.
- Acho que isso tem a mão do nosso amigo palhaço.
- Também. Mas vamos manter a calma.
- Eu estou calma.
- Claro que está. - ironizo.

- Gente... - meu pai chega.
- Você a encontrou? - pergunto.
- Sim. - ele fala derramando lagrimas.
- pai... oq aconteceu? - pergunto.
- Nã-não consigo. - ele fala chorando.
- Onde ela está?? - pergunta Peter.
- No jardim. - Carlos responde.
     Eu e Peter saímos correndo em direção ao jardim do Hotel.
- Mãe? - grito.
- Amélia? - Peter me ajuda.

- Acho que ela não vai ouvir! - o Palhaço fala, surgindo de trás de uma árvore.
- Onde ela está? - pergunto.
- Ah Querida Anne... acho que ela está no Céu! - ele fala.
- O que? - pergunto.
- Olhe alí querida, e verá do que eu estou falando. - ele fala apontando para detrás de um arbusto.
     Eu e Peter caminhamos lentamente até lá. Então... eu vejo.
    O corpo de minha mãe, sem vida, com um tiro na testa.
- Não. Mãe! - Me ajoelho ao seu lado e Peter faz o mesmo.
- Quem devia chorar por sua mamãe... é "Pitt". - Fala o palhaço.
- O que? - pergunta Peter.
- Ela era sua mãe, garoto.
- Então... era verdade o que ela disse. - fala Peter.
- Sim... tudo verdade! - disse o Palhaço.
     Peter olhava para o Palhaço, assustado.
- Vamos nos vingar. - Peter fala.
- Haha... veremos! - o Palhaço some... como sempre.

- Peter... você ta bem? - pergunto.
- Não... não mesmo. Precisamos enterrar ela.

                         ★ 

     Eu estava lendo um livro quando o Palhaço entrou no quarto.
- Usar maquiagem todos os dias faz mal sabia? - pergunto sem tirar os olhos do livro.
- Não estou aqui para falar de maquigem, Garoto! - fala dando um sorriso macabro. - Estou aqui... parar dar as minhas condolências!
- O que... o que você fez? - pergunto.
- Ah Matew... matei... sua querida madrasta! - ele fala com um sorriso.
     Fico perplexo. Sem nenhuma reação.
- O que? - ouço uma voz... Grace. - Pai... o que você fez?! - ela fala chorando. - O que ela te fez?
- Você... não se meta nisso. Tenho os meus motivos.
- Você... seu palhaço imundo... não tinha... nenhum direito... de tirar a vida da minha mãe. - desabo no chão chorando.
- Matew... - Grace se abaixa ao meu lado. - Você. Você não é o meu pai... não mais. - ela grita com ele. - Saia daqui. Agora... você vai deixar Matew sair. E vai me deixar sair dessa prisão também.
- Grace eu...
- Tem os seus motivos? Também tenho os meus motivos para ir embora! - ela fala.
     O palhaço sai. E eu... derramando lagrimas descontroladamente.
- Grace... obrigado!
- Não tem por que me agradecer.
- Mesmo assim... obrigado! - falo ainda chorando.
- Melhor dormir um pouco. Ta tarde. Bem tarde.
- Como posso dormir... com a mimha familia sofrendo?
- Sua mãe... era uma pessoa boa. Ao menos eu acho que era! - ela fala me fazendo dar um sorriso.
- Ta... vou dormir.
- Durma... amanhã vamos embora. - ela fala indo em direção à porta.
- Espere... fiquei aqui por favor...  estou... com medo.
- Medo de que?
- De perder mais pessoas importantes.
- Vou ficar, querido... vou ficar. - ela fala se sentando na cama.
     Deito minba cabeça em suas pernas e durmo com Grace fazendo carinho em meu cabelo.

                      ★

    Como eu fui idiota! Eu devia ao menos ter dado um abraço na minha mãe... mas não... preferi negar que era filho dela. Como eu queria voltar no tempo.
- Peter? - Anne me chamava.
- Oi.
- Não se culpe. Você...
- Eu não me culpo. - interrompo ela. - Culpo aquele palhaço demoniaco.
- Peter... você não vai fazer besteira... vai?
- Anne... pare de se importar com o que eu faço. Desde sempre minha vida foi uma droga. E eu... eu não quero que você tenha a mesma vida que eu tive.
- Eu me importo com você, Peter! Você é tipo... o meu irmão?
- Não. Você era filha dela... não eu.
- Peter...
- Crianças? - Carlos chega. - Venham... vamos enterra-la.

     Anne não chorava mais. Talvez não tivesse mais lágrimas para derramar.
     Eu olhava o cachão da mulher que tinha me dado a vida... descer pelo buraco aberto no chão. Já não chorava mais... acho que eu estava na mesma situação de Anne.
    Eu havia chorado litros de lágrimas na noite anterior. Eu havia mentido para Anne sobre eu não sentir culpa. Por que sim, eu sentia culpa. Não de minha mãe ter morrido... mas... pelo fato de eu não ter passado boa parte da minha vida com ela. Por eu não ter aceitado que ela era a minha mãe quando ela disse que era. Uma coisa aprendi com isso tudo... as mães... sempre estão certas.

- ... Peter? - Carlos me chamava. - Quer falar alguma coisa?
- Eu... certo... ahn... não sei ao certo o que falar sobre a morte da minha mãe. Bem... não vou falar que ela era uma boa pessoa... 1°- seria bastante clichê... 2°- nenhuma pessoa nesse mundo é boa. Vocês... viveram mais tempo com ela do que eu... e podem concordar comigo agora. Anne... ela foi boa... quando quia te mandar para um hospício?
- Não. - ela responde.
- Todos... temos nosso lado obscuro. Mas uma coisa que não podemos negar... é que ela... foi humana. Descance em paz... mãe. - falo jogando uma rosa branca em cima do cachão que ja tinha chegado no final do buraco.

                        ★

- Acordem. - ouço a voz do Palhaço chamar. - Vão embora... se é isso o que tanto desejam.
- O que? - Grace perguntou esfregando seus olhos.
- Podem ir embora. - Ele repete.
- Assim tão facil? - pergunto.
- Assim tão facil. - ele responde.
- Arrume nossas coisas Grace! - falo sorrindo pra ela.
    Grace se levanta em um salto e sai do quarto.
- Qual é o jogo? - pergunto.
- Garoto esperto! - eles responde.
- Não queria contar à Grace... mas... o passado dela... bem... vou lhe contar do início...

                         ★

     Eu estava arrumando as nossas bolsas... pegando até mesmo as roupas que não pertenciam a Matew.
     O momento de alegria então se extingui. Me lembro que se eh for embora... meu pai ficará sozinho. Mas se eu for embora... vou ter liberdade, felicidade e uma família.
     Paro de pensar em meu pai... e volto a arrumar as bolsas.
- Pronta? - fala Matew aparecendo na porta.
- Sim! - falo sorrindo.
- Então vamos... venha se despedir do seu pai. Mal vejo a hora de ver minha família... o unico problema...
- É que você perdeu sua mãe... denovo.
- É. Você... ia amar ela.
- Tenho certeza que sim!

- Adeus querida! - fala papai.
- Adeus papai! - falo dando um abraço nele.
- Vamos Grace. Adeus... Sr. Palhaço. - Matew fala.
- Adeus garoto. - ele responde.

     Eu e Matew saímos da casa e fomos em direção ao Hotel que a família dele estaria.


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