CAP.: 08 - APAIXONADOS?

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"Dizem que a linha que separa a paixão da loucura, é uma linha bastante tênue, assim como a linha que separa a morte da vida. As paixões costumam ser arrebatadoras, nos levando do limite que nos separa da sanidade e da realidade, para a insanidade e loucura. Qual o limite da vida, se não as paixões e os sentimentos? Somos o que somos, pelo simples fato de podermos amar e ser amado. E o problema no meio disso tudo, está no simples fato de nossos desejos não corresponderem aos fatos, e sermos iludidos com as expectativas e perspectivas de algo que pode ou não vir a acontecer... E no fim das contas, acabamos nos tornando reféns de nossas próprias pretensões..."





(Kaius Cruz)





*Por K





Não sabia que ainda era capaz de amar tanto, de sentir tanto prazer, dando prazer a alguém. É incrível como somos capazes de fazer uma pessoa sentir e até delirar de prazer, e era isso que eu estava fazendo com Miguel, fazendo ele atingir o ápice de seu prazer.

Sua respiração estava pesada, seu corpo retesado pelo prazer, pelo desejo despudorado de ir ao limite do paraíso e eu estava aqui, com ele, juntos. Estava disposto a leva-lo ao céu se fosse necessário, Miguel parecia uma criança atrás de prazer em seu doce preferido.

É incrível, mas no final das contas ele estava completamente entregue a mim, como um escravo fiel, como um servo cativo na espera pela próxima ordem.

Eu e ele parecíamos um só numa dança sensual, guiada por um ritmo lindo e perfeito em busca de uma realização mútua dos nosso sonhos mais sublimes. O desejo causado pela corrupção de uma alma gentil é incrivelmente revigorante e ao mesmo tempo revelador, pois me questionava a cada segundo, seria possível, eu, K, o insensível sem coração se apaixonar, amar novamente?

Uma dúvida cruel e ao mesmo tempo surreal, pois não entendia, ou melhor nao estava entendendo nada do que estava acontecendo com minha mente e meu corpo, que estava em completo estado de frenesi e chamas pela simples hipótese de ter o corpo de Miguel para mim, só para mim. Eu seria seu primeiro em tudo, e por isso estou aqui nessa cama, tentando controlar o meu desejo quase insano de não abusar dele.

Ele é só um garotinho... Só um garotinho de dezessete anos de idade, tão ingênuo, tão vulnerável. Eu estava aqui, eu estou aqui... nesta cama, neste quarto.

Lucas estava completamente entregue e por incrível que pareça, eu também estava entregue.

Dou uma bela cusparada em sua entrada e logo depois no meu falo. Encaro a entradinha rosada e virgem de Miguel, aponto para sua linda entrada. Encaro seu lindo traseiro e falo:

- Você está pronto?

- Sim! - ele responde, ofegante.

- Vou entrar devagar... tudo bem?

- Tudo... Mas... vai doer muito? - Miguel parecia inseguro.

No inicio sim... mas depois você se acostuma... Tudo bem? - tento passar segurança para ele. Eu estava alucinado de puro prazer e mal podia esperar para invadir aquele espaço miúdo, macio e quente.

- Vai devagar... eu nunca fiz isso... tá bom?

- Não se preocupe... serei o mais gentil possível!

- Ah... K... Ah.... - Miguel geme baixinho, como um ronronado de puro prazer.

- Ah Miguel... você não sabe o tanto de tempo que eu esperei por este momento...

- Então vai logo... Eu não aguento mais essa tortura, meu corpo parece que vai pegar fogo... - ele afirma e olha por cima dos ombros, completamente excitado.

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