CAP.: 12 - SKYFALL

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         "A verdade é como um duelo de percepções em que as pessoas só enxergam o que podem enfrentar. Não importa o que você vê, mas sim o que você enxerga. O problema da verdade é que nem sempre ela se revela como esperamos, as vezes preferimos encarar a mentira, pois parece menos dolorosa e menos temerosa... outra face da verdade, é que ela tem o poder de fazer as máscaras caírem, e se a verdade for mal interpretada, ela tem o poder de fazer os corações arredios sangrarem..."


(Kaius Cruz)


(Kaius Cruz)

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*Por K








Muitos dizem que no momento de nossa morte nós enxergamos o fim passando pela frente de nossos olhos, que sentimos medo e ao mesmo tempo prazer, pelas inúmeras e infinitas sensações que vivemos e até aquela que deixamos de viver.

Sempre temi o amor, ou senti-lo, pois fora o amor que me fez cair em desgraça pela primeira e mais uma vez, o amor me fez cego, imprudente, diante da possibilidade de perigo, diante da eminência da morte certa.

Agora estou eu aqui, em algum lugar do mundo, que não sei onde, amarrado, no escuro, como um maldito prisioneiro, a procura de um ruído, de uma voz, de algo que me dê uma referência, uma esperança, já que estou aqui amarrado e amordaçado a espera de um milagre, isso mesmo, um milagre, já que há dois dias não como e não bebo nada. Minhas forças estão indo embora, não aguento mais, estou fragilizado, a garganta seca e o estomago roncando de fome.

- ALGUÉM AI?! ALGUÉM AI?! ALGUÉM AI?!

Chamo e chamo, mas ninguém responde é então que resolvo fazer silêncio, para mais uma vez ver se ouço algo, mas nada nenhum barulho vem.

É então que minha mente começa a querer me pregar peças, não sei se a fome ou a sede extrema, mas só uma coisa, ou melhor, pessoa, vinha a minha cabeça...

Seu olhar gentil, doce e ao mesmo tempo arrogante... seu sorriso lindo, seu corpo magro e definido, a textura de sua pele suave, o doce som de sua voz gemendo em meus ouvidos a medida que eu o penetrava... Ah Miguel, onde será que você está agora? – meu pensamento estava nele, quando percebi que finalmente estava dormindo. E nesse breve momento de cochilo e começo de inanição e alucinações, eis que ouço uma voz:

- Bom dia... Bela Adormecida!? – o tom era sarcástico e um tanto quanto singular.

- Quem está ai?! – não conseguia distinguir a voz com facilidade, pois meu corpo tava fragilizado e muito debilitado, por falta de comida e água, já que pelo que entendi já estou a dias sem comer e nem beber nada.

- Não está me reconhecendo senhor K?! – a pessoa fala e de repente puxa o pano que recobria minha cabeça e uma luz forte invade meus olhos, causando um certo desconforto.

Meus olhos estavam nublados, mas logo se estabeleceram e se acostumaram com a claridade, revelando em fim a pessoa que me chamara... que me prendera aqui. E quem estava na minha frente me surpreendera muito...

AS CRÔNICAS DE RAFAEL®Onde histórias criam vida. Descubra agora