Casarão De Maria Padilha

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O que será que havia acontecido agora? mas um desespero?

Padilha olhou e mais pra frenta havia um casarão abandonado, Padilha disse

- Vamos, preciso contar a vocês uma história!

Caminhamos até aquele casarão, ele parecia ser lindo, estava bem abandonado, na entrada havia belos portões de ferro, e no jardim havia um chafariz que ja não funcionava mais, e o mato ja havia tomado conta de quase tudo, na entrada do casarão logo na varando, havia algumas cadeiras e a porta era grande, entramos naquele lugar, que lindo era por dentro, a sala era linda, havia uma grande escadaria, umas cadeiras e uma mesa, logo ao lado em outras salas havia  sofa que parecia ter vindo da França, com uma linda mesinha de centro e um piano ao lado, as cortinas estavam rasgadas, porem elas eram longas e arrastavam no chão, Padilha pediu para que nos concentrassemos para ver aquilo com os olhos dela, quando alcencei a concentração tudo teria ficado com era nos tempos que alguem morava ali, aquele chão de madeira brilhava, aquelas cortinas eram em um tom dourado lindo, e aquele sofá de tão velho ja havia perdido a cor se tornará em um tom salmão perfeito, e as cadeiras estavam lindas e tudo ali eram iluminado a velas, Padilha andou e disse

- Foi aqui que vivi minha vida toda!

Dama retrucou

- Eu sei dona moça, se lembra das festas que eram dadas aqui? bebidas boas, e muitos jogos!

- Sim, e foi em uma delas que matei meu marido! Padilha completou

Dama deu um sorriso e andou pela casa, Mulambo que nos acompanhava quieta abriu a boca e disse

- Pois tambem me lembro, quando eu vinha e bebia muito!

- Sim você vinha, bebia e sempre ia embora carregada!

Mulambo deu uma gargalhada, e foi andar pela casa.

Padilha me puxou e disse

- Venha ca seu moço, suba comigo até meus aposentos!

Subimos aquela escadaria linda, logo acima havia uma outra sala com umas cadeiras e alguns livros em prateleiras creio que era uma biblioteca ou algo do tipo, aos lados havia dois corredores, Padilha virou no corredor abriu a porta e estava la, uma linda cama, com tecidos bonitos e vermelhos, ela foi ate a grande janela que estava aberta e olhou para o jardim que estava lindo com alguns postes iluminando, ela virou e disse

- Como eu queria poder voltar a esses tempos, me sentir viva, e fazendo minhas festas das quais tanto amava, mas a vida foi cruel comigo e hoje estou aqui.

achei bem triste, mas já não podia ser mais feito nada, cada um tem o que merece e pra ela estar aonde está hoje, algo aconteceu, eu queria saber o porque que ela matou maridos, qual seria o motivo, o que ele fez de tão grave? Então ela andou pelo quarto, e foi até um fundo de corredor havia a última porta, ela a abriu, e entramos, parecia o quarto de uma menina, era todo delicicado, na cama havia tecidos rosas, travesseiros lindos, e em cima de um criado mudo tinha um espelho e algumas maquiagens, muito curioso perguntei para Maria Padilha

- Desculpe-me ser tão curioso bela moça, mas quem dormia aqui?

Ela deu um sorriso, e falou

- Uma menina, uma linda menina! Que eu à amei tanto, mas pôr ironia do destino ela virou trabalhou em um cabaré por anos! Bom, vamos sair desse local!

Ela se virou, e foi andando, foi quando derrepente ouvimos uma voz masculina

- Quanto tempo né Maria?

Ela olhou para trás, arregalou os olhos muito espantada, aquela reação fez que a visão dela se apagasse e a casa voltou a ser exatamente como era, velha e abandonada, mas afinal quem era aquele homem?

Histórias de um Cabaré (Um conto de Pombo Giras)Onde histórias criam vida. Descubra agora