Esquisito

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- Ah, olá. - Frank cumprimentou-o com um rápido aceno, mas estranhou quando não recebeu o gesto de volta.

- Ele vai ficar aqui por um tempo. - o pai falou, explicando logo a situação para o garoto, já que esse ainda parecia um tanto confuso pela presença do garoto, e talvez porque o mesmo não respondeu o seu cumprimento.

- Ele o que?! - Frank se surpreendeu com o que o pai havia dito. Olhou para a mãe em busca de uma explicação mais detalhada, já que o pai parecia não querer falar muito.

- Vem cá garoto, vou te mostrar a casa. - o homem passou o braço ao redor dos ombros de Gerard, que se assustou um pouco com o ato, mas se deixou ser levado para fora da cozinha, indo conhecer os outros cômodos da casa.

- Mãe, como assim ele vai ficar aqui? Quem é ele? - Linda voltou a arrumar a mesa.

- O nome dele é Gerard. Ele estava perdido na praça em frente a clínica, ninguém sabe de onde ele veio, e eu me ofereci para cuidar dele até que consigam encontrar a casa dele.

- Como um cara da idade dele se perde? Ele deve ter a minha idade. - Frank falou, um tanto chocado enquanto se aproximava da mãe, tentando fazer com que essa olhasse pra ele e esquecesse por um momento da louça.

- Ele é diferente, querido. Não sei bem como, ou o que ele tem, mas Gerard é um garoto diferente, e ele foi deixado na praça. Precisam encontrar a família dele, e então ele poderá ir embora. Mas enquanto isso, ele vai ficar com a gente, quero ajuda-lo a melhorar.

- Mas mãe, você nem sequer sabe quem ele é! Você está colocando um estranho dentro de casa. - O garoto começou a se exaltar e Linda pediu que ele falasse mais baixo, não queria que o garoto escutasse o que Frank estava falando, queria deixa-lo confortável naquela casa e não se sentindo como um invasor que não era bem vindo.

- Frank, ele é apenas um garoto, assim como você! Eu não podia simplesmente deixa-lo naquela praça, sozinho.

- Mas mãe, ele pode ser um louco, um ladrão, sei lá. Ele pode matar todos nós enquanto estivermos dormindo, ou quem sabe roubar tudo, e quando acordarmos a casa vai estar vazia. - Linda começou a rir baixo do que o filho dizia, fazendo com que esse bufasse, mal humorado. - Não ria, eu estou falando sério.

- Desculpa querido, mas você está sendo muito exagerado. Você o viu, ele é um garoto legal.

- Exatamente mãe, eu o vi, e para mim, parece que você trouxe o Edward mãos de tesoura pra casa, só que sem as tesouras, o que é a parte legal, então você basicamente trouxe um esquisitão pra cá. - Linda voltou a rir - Para de rir. Porque nunca leva a sério o que eu falo?

- Você está ouvindo o que fala, querido?

- Claro que sim, e eu sei que estou certo. Ele é esquisito mãe. - o garoto fez a melhor cara de desanimo que conseguia, mas aquilo não mudou em nada o que a mãe dizia.

- Ele não é esquisito, Frank! Gerard é apenas diferente.

- Tem certeza que ele não foi criado por um cientista no alto de um castelo? - Frank colocava os copos, estranhando ter que colocar um a mais para o novo visitante. - Acho que ele nem precisa desse copo, ele não deve beber coca-cola, pode enferrujar os circuitos dele.

- Frank, para de besteira por favor. Ele é um garoto normal, assim como você, só que com uma personalidade um pouco diferente. Ele está perdido e um pouco assustado com tudo que aconteceu, então por favor, seja legal com ele.

- Tudo bem. - o garoto se deu por vencido, mas apenas porque não gostava de chatear a mãe, e porque sabia que aquela discussão não daria em nada, seus pais já haviam se decidido, e o que Frank Iero Jr pensa não tem nenhum valor para eles. - Mas que fique bem claro que ele não vai dormir no meu quarto! - ele avisou, já que era óbvio que a mãe planejava colocar o estranho visitante para dormir com Frank, assim como ela fazia quando vovô vinha visita-los.

Hey, Freak! (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora