Ao longo da minha vida já foram muitos os casos que vi e ouvi a respeito dos sofrimentos amorosos. Hoje noto que muitos deles foram oriundos dos excessos de ao menos uma das partes. Se engana aquele que pensa que a falta de amor pelo outro é a principal razão dos rompimentos e brigas amorosas. Em muitos casos é justamente a falta do amor próprio que leva ao desentendimento. Quando o auto amor está diminuto e acanhado, nos vemos inseguros e incapazes de enfrentar qualquer coisa desagradável. Procuramos o prazer desesperadamente, mesmo que junto dele venha toda espécie de sofrimento. Aceitamos o inaceitável porque sequer sabemos quem de fato somos! Na ausência de nós mesmos, vemos no outro uma possibilidade de sermos. Nos tornamos dependentes do outro e distantes de nós mesmos. Solidão profunda e dolorosa.
Como sugere a frase abaixo, nos ater ao transitório é focar no lugar errado. O permanente e eterno reside dentro de cada um de nós, não fora. Podemos e devemos amar ao próximo, desde que para isso não tenhamos que abdicar de nós mesmos.
"Todo esforço por nos aferrar nos fará infelizes, porque mais cedo ou mais tarde aquilo a que nos aferramos desaparecerá e passará. Ligar-se a algo transitório, ilusório e incontrolável é a origem do sofrimento. Todo o adquirido pode ser perdido, porque tudo é efêmero. O apego é a causa do sofrimento", disse Buda.
Se ame e respeite. Você merece!
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Fragmentos de mim
Non-FictionAtravés de crônicas inspiradas e sempre muito provocativas, o autor nos conduz à um passeio por algumas das maiores inquietações do ser humano. Ansiedade, amor, despedidas, medos e o poder da autovalorização são alguns dos temas abordados. Se você e...