Capítulo 30

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Depois de se despedirem de todos, eles entraram no carro para retornar a casa de Earl e Virgínia. No momento em que entraram na casa, o maravilhoso aroma de um assado flutuou de volta para Harry. Sua avó acordou cedo, não só para preparar o café da manhã, mas também o almoço. Mesmo após devorar um gigante café da manhã, o estômago de Harry ainda retumbou. Inalando profundamente, Louis gemeu em apreciação.

-  Deus, isto cheira maravilhosamente bem. Sua avó sorriu para ele.

-  Obrigada, meu filho. - Ela então sacudiu um dedo para Harry.

-  Você vai ter que começar a cozinhar mais para o seu homem.

Mesmo sabendo que era bobagem, Harry ainda sentiu seu rosto ruborizar na menção de Louis ser seu homem. Ele ergueu as sobrancelhas.

-   Você quer dizer que você sabe cozinhar assim? - disse ele, sacudindo o polegar em direção a cozinha.

Harry riu.

-  É claro que eu cozinho.  Ele assentiu com a cabeça em direção a sua avó. Eu tive a melhor professora de culinária que alguém poderia ter.

-  Hmm, mais uma surpresa então.

-   Sim, e não prenda a respiração com tanta surpresa. Entre o trabalho e o cansaço pela gravidez, eu não tive muito tempo ou energia para cozinhar.

Sua avó estalou a língua, enquanto colocava seu avental vermelho quadriculado ao redor da cintura.

-   É melhor você começar a ter tempo para fazer isto, meu doce. Apesar de tudo, um caminho para o coração de um homem ainda é pelo seu estômago. Ela então piscou para Louis antes de entrar para a cozinha. Quando Louis riu com as palavras de sua avó, Harry cutucou seu estômago com o cotovelo.

-  Não me faça dizer a ela que o caminho para o seu coração é através de seu pau, sussurrou. Os olhos de Louis se arregalaram, e ele fez um barulho abafado. Ele olhou para a esquerda e para a direita antes de assobiar.

-  Eu não posso acreditar que você acabou de dizer a palavra pau na casa de seu avô! Harry riu.

-  E eu adoro a forma como você sequer tenta argumentar que não é verdade!

Louis fez uma careta antes de sentar em uma das cadeiras da sala de jantar. No seu caminho para ajudar sua avó na cozinha, Harry bagunçou o cabelo dele de brincadeira. Louis olhou para ele por cima do ombro e sorriu.

Dois de seus tios, juntamente com suas esposas e toda a família foram para o almoço, enchendo a mesa antiga com sua capacidade máxima.

Harry empurrou Mary para fora do caminho, antes que ela pudesse se jogar na cadeira ao lado de Louis. Apesar de já ter ganhado a aposta, Mary parecia teimar em achar que poderia conquistar Louis, e Harry estava feliz em demarcar a linha. Mary franziu o cenho antes de sentar na mesa ao lado das crianças. Com a briga entre as duas, Louis riu. Harry respondeu para ele, revirando os olhos.

-  Limpe este sorriso sexy da sua cara, ou ela vai achar que você a esta encorajando.

-  Não há nada de errado com ela em simplesmente parar ao meu lado para dizer Olá.

-  Jura? Ontem à noite você não parecia levar tão a sério a atenção dela.

-  E a noite passada, quem a estava incentivando era você e não eu. Inclinando mais, ele esfregou seu pescoço antes que Harry o empurrasse.

- Além disso, eu sou muito velho para ela. É hilário ver você querer revirar as cuecas por uma menina bajuladora de 19 anos de idade. -Minha cueca não está em uma reviravolta - Harry bufou, batendo o guardanapo com força no seu colo.

Louis pegou as mãos dele e levou aos lábios. Beijando as duas mãos juntas, ele fez a sua melhor expressão de cachorrinho.

-  Você sabe que é o único que eu quero, certo?

Harry lutou para respirar. Mesmo que Louis estivesse brincando com ele, suas palavras bateram direto no seu peito.

- Sim, eu sei. - Seu coração derreteu, quando Louis piscou para ele. Foram interrompidos quando Earl tomar o seu lugar na cabeceira da mesa.

- Todos estão sentados. Vamos fazer nossos agradecimentos. - Após seu avô dar a bênção, eles começaram a passar as tigelas e pratos de comida ao redor da mesa. Enchendo até a borda do seu prato, Harry deixou as porções familiares derreterem na sua língua. Olhando para Louis, ele parecia estar gostando da refeição e da conversa tanto quanto ele. Por um momento, tentou imaginar como seria se assim fossem todos os seus domingos. Mesmo se não voltasse sempre para as montanhas, era reconfortante pensar que Louis estaria ao lado dele nos jantares de domingo e no eventos familiares no futuro. Harry só não sabia se estava deixando suas esperanças muito alta. Quando o prato principal e sobremesa foram concluídas, a sua avó e suas tias começaram a tirar alguns dos pratos da mesa. Harry levantou-se da sua cadeira.

-  Me dê aqui, eu ajudo a limpar. - disse.

-  Obrigada, querido. - respondeu Virgínia.

Enquanto o resto das pessoas desocupava a mesa para a limpeza, Earl acenou para Louis.

-  Vamos para a varanda comigo e os meninos, filho - sugeriu ele.

-  Você tem certeza? - Perguntou ele. Earl assentiu.

-    Nós podemos deixar Harry e Virgínia arrumarem as coisas, enquanto me conta um pouco mais sobre você.

Harry não podia lutar contra o sorriso se espalhando pelo seu rosto. Ele sabia que se seu avô queria saber mais sobre Louis, então ele tinha realmente causado uma boa impressão. Na sua hesitação momentânea, Harry lhe deu um empurrão. Louis finalmente colocou um pé na frente do outro,  para seguir se avô até lá fora.

Uma vez que os pratos estavam guardados e a cozinha limpa, Harry correu para verificar como Louis estava. Ele derrapou com a visão dele descansando no balanço do alpendre com um canivete em uma mão e um pedaço de madeira na outra. Sua boca se abriu. Antes que pudesse perguntar o que diabos um menino da cidade como ele estava fazendo tentando esculpir. - ele sorriu.

-  Seu avô está me ensinando. Harry riu.

-  Eu vejo. Ele fez um gesto em direção a faca brilhando.- Basta ter cuidado, ok?

-   Ah, ele vai ficar bem. Ele não é bem o cara da cidade efeminado que originalmente pensava que ele era, Earl respondeu.

"Realmente meu avô gosta dele", Harry pensou, parando ao lado de Louis. Em voz baixa, ele murmurou: -  Nem pense em começar a mastigar tabaco para impressionar o meu avô. Eu não vou deixar você se aproximar da minha boca mascando aquilo.

Ele riu.

-  Você não tem nada para se preocupar.

Com a tarde avançando, Louis deixou de lado sua escultura e o envolveu em seus braços. Um suspiro feliz escapou de seus lábios quando Harry se aconchegou contra seu peito. Ele tentou ignorar a lembrança que surgiu com ele sentado da mesma forma com Travis após o almoço de domingo, muitos anos antes. Enquanto sua avó contava as  últimas fofocas que ele tinha perdido nas últimas duas semanas, Harry observou como os olhos de Louis ficaram pesados. Logo depois, com o contínuo balanço, ele cochilou. Ele beijou sua bochecha e levantou-se do seu colo.

Havia um lugar que queria ir,  antes que eles tivessem que ir embora.

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A Proposta - l.s *m.preg {1}Onde histórias criam vida. Descubra agora