Capítulo 32

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O som estridente do alarme sacudiu Harry do seu sono. Conhecendo o quão profundo era o sono de Louis, ele se virou, sacudindo-o suavemente.

- Baby, o alarme.

Louis resmungou antes de bater a mão no relógio repetidamente antes que ele finalmente parasse.

Quando Louis caiu de costas na cama, Harry lutou contra o impulso de correr as mãos em seu peito nu. Ele sempre era tão bonito na manhãs, seu rosto tão robusto, com o cabelo desgrenhado. Em vez disso, se aconchegou do seu lado. Quando envolveu as pernas sobre a coxa de Louis ele enrijeceu.

- Você pode tomar banho primeiro. - ele murmurou.

- Você poderia se juntar a mim. - Harry sugeriu.

- Não, vá em frente, disse ele, afastando-se de Harry. - Eu quero dormir um pouco mais.

Machucado por suas palavras e ações, Harry se afastou dele. Lágrimas salgadas desciam por suas bochechas, enquanto ele caminhava até o banheiro. Louis estava tão diferente, tão distante, desde que tinham voltado das montanhas. Ele sempre ficava trabalhando até mais tarde no escritório. Até o momento que ele chegava em casa à noite, Harry já estava na cama ou dormindo. Ele não o havia tocado intimamente, nenhuma vez, desde que tinham feito amor na lagoa de seus avós.

Encostado na parede do chuveiro, o medo deixou Harry paralisado. Será que foi um erro falar para Louis que o amava? O que vai acontecer agora? Ele fingiria que nunca havia pronunciado as palavras e aguardava que as coisas voltassem ao normal, ou iria mais além, exigindo saber quais eram suas intenções?

Depois de passar a totalidade do seu banho chorando, Harry tentou se recompor  para ficar pronto para o trabalho. Vestindo seu roupão, ele saiu do banheiro. Louis ainda não havia se mexido na cama. Talvez estivesse fazendo uma tempestade em um copo de água, e ele realmente estivesse cansado.

Harry se sentou na cama e esfregou suas costas nuas.

-  Acorde dorminhoco, ou você vai se atrasar para o trabalho. - Louis grunhiu enquanto rolava para encara-lo

- Trabalho fodido do inferno.

- Você não se esqueceu que dia é hoje?

- Não, é a ultra-sonografia para saber o sexo do bebê.

Harry sorriu que ele se lembrou.

- É ás quatro horas, você ainda vai ser capaz de ir comigo, certo? Ele apertou as mãos com o punho sobre seus olhos.

- Claro. Eu mandei Marilyn cancelar todas minhas reuniões a tarde. Inclinando-se, Harry lhe deu um beijo rápido.

- Eu estou contente de ouvir isso. - Um suspiro de satisfação escapou de seus lábios.

- Eu mal posso esperar para saber se o seu pai e minha avó estavam certos sobre ele ser um menino.

- Sim, isso vai ser maravilhoso. - ele disse, sua voz desprovida de emoção. De seu tom, Harry poderia muito bem estar discutindo se ia chover hoje e não qual o sexo do seu primeiro filho.

Instintivamente, sua mão foi para seu abdômen, como se pudesse proteger o bebê da atitude insensível de Louis. Quando ele olhou para Harry, ele abaixou a cabeça para que Louis não pudesse ler a dor em seus olhos.

- Então, eu te encontro esta tarde. - disse ele, jogando o lençol de lado. Incapaz de falar, por medo de chorar, Harry apenas balançou a cabeça. Sem mais uma palavra para ele ou um beijo de despedida, Louis pulou para fora do cama e caminhou até o banheiro.

***

Quando Louis olhou para si mesmo no espelho do banheiro, ele balançou a cabeça em desgosto.

"Sim, é isso mesmo, bela forma de conduzir a situação, machucando ainda mais profundamente seu coração , maldito bundão" ele murmurou baixinho. Derrotado, ele ligou o chuveiro. Entrando sob a água escaldante, ele deixou ela bater e chamuscar sua  pele. Ele revirou os ombros do fardo pesado que pairava em torno dele. O que ele sentiu e camuflou desde o dia no cais o estava sufocando.

Aquela merda de dia, que fodeu completamente sua vida. Às vezes, seus lábios queimavam com a declaração de amor de Harry contra a sua boca, depois do beijo. Até os seus dedos formigavam, e ele quase podia sentir o movimento do bebê sob eles.

O amor como ele nunca havia conhecido entrou dentro dele naquele dia, e em vez de abraçá-lo, ele continuou protestando contra ele. Fechando os olhos, tudo o que ele podia ver era a forma como rejeitou Harry no quarto, e os soluços silenciosos que ele tentou esconder dele.

Será que ele realmente iria morrer, se pelo menos hoje, ele demonstrasse a Harry um pouco  mais  de  atenção  e  gentileza?  Ele  gemeu  e  bateu  a  cabeça  contra  a  parede   do chuveiro. Não, ele tinha sido um completo bastardo, recusando seus avanços e agindo como um babaca total sobre o ultra-som.

Droga, ele estava exausto. As constantes viagens e horas excessivas no trabalho o estavam destruindo fisicamente. E tudo isto com Harry o estava rasgando emocionalmente.

Ele não conseguia mais dormir sem tomar alguma coisa, e geralmente tinha que  beber alguma coisa com álcool para conseguir trabalhar. Quanto mais ele ficava na presença de Harry, mais ele se sentia como se estivesse se afogando. Como um verdadeiro covarde, ele tentou evitá-lo tanto quanto possível.

Algumas noites ele dormiu no sofá em seu escritório. Ele não sabia o que ia fazer. Mas alguma coisa tinha que acontecer.

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A Proposta - l.s *m.preg {1}Onde histórias criam vida. Descubra agora