A última onda (finalizada)

A última onda: ep 01

-ep 01 (o último dia de aula)

-ooooh tralha, acorda logo, hoje é o último dia de aula, você não vai querer perde isso. -Arthur
-e o queeee, eu quero dormir, sai daqui. -Sophia

Tento jogar meu travesseiro nele, com o intuito de acerta-lo.. mas não deu muito certo, ele estava tão animado com o fim das aulas, que parecia que hoje era Páscoa, resolvi me levantar com muito custo, da minha cama quentinha e macia, linda e maravilhosa, me levando e me olhei no espelho e me assustei com o que vi, meu cabelo parecia que tinha vida própria, precisava arrumar isso, peguei uma escova, puxa pra lá e puxa pra cá um tempinho depois percebi que não tinha jeito mesmo, estava duro e rebelde, tinha que lavar ele, ligo o chuveiro e aquela água fria de manhã cai na minha cabeça, logo penso que não foi uma boa ideia, mas precisava domar aquele cabelo rebelde, molho o meu cabelo todo e pego o xampu, e adivinha estava vazio, precisava lavar ele com algo, me viro e olho para o sabonete e digamos que ele olhou pra mim, e então pensei porque não, não é mesmo? disse.

-vai ser você mesmo. -Sophia

Pego o sabonete e lavo o meu cabelo, espero que isso não estrague o meu cabelo era isso ou pasta de dente, achei o sabonete a melhor opção, lavei e pego o condicionador e adivinha também estava vazio, vai ficar sem condicionador mesmo, to nem aí, saio do banho me visto, e vou para frente do espelho domar aquele leão que costumo chamar de cabelo, penteava e penteava até que ele ficou lindo mas pensei bem se secar ele vai arma, não quero um cabelo armado na escola, não quero ser presa por isso, resolvi passar meio quilo de creme no meu cabelo, pelo menos o cheiro do sabonete se foi, meu cabelo lindo e arrumado, desço para tomar o café da manhã, o cheiro de queimado ficou pela cozinha toda, minha mãe não era uma boa cozinheira, é sério ela não sabe nem fritar um ovo sem botar fogo na casa, sento na mesa e pergunto.

-que cheiro bom e esse mãe, o que tem para o café da manhã? -Sophia

Nossa, como eu minto bem, o cheiro de queimado tava tão forte que nem sabia mais o que era ar puro.

-panqueca querida. -Mãe
-hum... Que delicia mãe. -Sophia

Ela toda feliz coloca a coitada da panqueca no meu prato, aquilo tava mais para carvão que panqueca, mas a minha mãe gostava de cozinha para nós, mesmo sabendo que é péssima, eu olhei para aquela panqueca preta eu precisava sumir com aquilo e dizer que estava maravilhoso, minha mãe se distraiu-se por um minuto e eu joguei a panqueca para o urfi nosso cachorro comer, ele cheirou e se escondeu, que cachorro covarde, não é capaz nem de comer um carvão, corrigindo panquecas deliciosas da mamis, peguei a panqueca e arremessei pela janela e disse.
-obrigada mãe, estava maravilhoso. -Sophia
Pego uma maçã e saio pela porta, lá fora meu pai me chama atenção.

-muito lindo senhora Sophia, arremessando carvão, pela janela. -Pai
-bom, isso é a panqueca da mamãe, querido pai. -Sophia
-na próxima coloca na mochila e joga fora na rua. -Pai
-obrigado pela dica pai. -Sophia
-de nada querida, cadê seu irmão? -Pai
-não sei, deve tá arrumando o cabelo, como sempre. -Sophia
-pelo menos hoje vocês dois vão juntos para a escola. -Pai
-mas pai.... -Sophia
-sem mas, vocês são irmãos, precisam andar juntos. -Pai

Legal último dia de aula e ele vem com essa palhaçada, procuro o meu irmão, achei ele e adivinha a criatura estava mesmo arrumando o cabelo, fomos juntos para a escola, chego no portão da escola e sou recebida pelos meus amigos, eles começam a falar das viagem que vão fazer nas férias até que a Luíza me pergunta.

-Eai Sophia vai passar suas férias aonde? Em? -Luíza
-Provavelmente em casa, do jeito que meu pai e pão duro. -Sophia
-hahahah Sophia você é uma comédia. -Luíza

É sério o meu pai é muito pão duro, ano retrasado viajamos para o Brasil, só ficamos lá 3 dias, pois 3 dias eram grátis e o resto pagava e meu pai não quis pagar e meteu o pé, mal deu para conhecer o Brasil, foi horrível, chego na sala e o meu crush já estava sentando com aquele belo sorriso olhando para o celular, vocês acreditam que eu estudo com ele a anos e nunca falei com ele, eu sou apaixonada por ele desda quinta série, mas ele nunca me notou, sou doidinha por aqueles olhos castanhos e seu cabelo preto perfeito, já tentei falar com ele várias e várias vezes, mas adivinha a criatura aqui trava.. depois de uma algumas horas de aula tediosa, não era tão ruim pra mim porque tinha um Deus grego na minha frente, ai aí, a professora começa a desejar uma ótima férias a todos e a única coisa que passa na minha cabeça e eu sentada na varanda lendo um livro todos os dias nas minhas férias, a aula acaba e a hora de se despedir dos meus amigos, abracei eles tão forte, vou sentir saudades deles, eles me desejaram uma ótimas férias e eu retribui, quando me viro vejo o meu crush. Resolvi dar uma ótimas férias para ele, já que nunca havia falado com ele achei que seria uma boa ideia, chego perto dele e ele se vira e fala.

-oi, a menina que nunca fala. -Carlos

Naquela hora eu travei de novo, não saia nada da minha boca e mesmo tentando falar não conseguia.

-A-a-a b-o-m. -Sophia
-hm, Preciso ir agora, tchau garota muda.... -Carlos

De novo travei, comecei a me chamar de burra direto ao voltar para casa, eu queria saber o motivo de nunca conseguir falar com ele, ele é tão lindo e perfeito e eu sou apenas uma idiota apaixonada que ele nem sabe o nome e o incrível que parece que ele acha que sou muda, o dia está sendo ótimo senhora Sophia, chego em casa e meu pai chama a família toda para a cozinha.

-eu tenho uma surpresa para vocês. -Pai

(Continua)