Teus cigarros, meus cigarros
quero mais cigarros nesta
sofrida vivência minha.Disseram-me muito mais
do que eu queria ouvir.
Despejei toda esta merda
em cima de seus egos.Chora, alivia-te. Senhor, piedade!
Eu exijo piedade!
Odeio-te, mas hás de ter piedade!Atira em meu peito,
essa vida não é para nós.
Eu fui injustiçado,
nada me dissera o que eu encontraria,
mas, ei o resultado:
fui atirado.Oh! Céus! Nenhum deus é capaz
de entender exatamente o que acontece.
Foda-te se entendes.
Ninguém se importa.
Não és tão especial quanto esse cigarro.
Mas exijo tua piedade.Eu vou arrancar minha orelha,
quero sair desta vida
e não preciso entrar para a história.
Não existe nada novo,
quero me livrar do que já é,
do que já foi ou fora.
Não importa o tempo,
estou ancorado.
Ancorado!És capaz de entender?
Escravo!
Matar-me-ei.
Raimundo, Raimundo!
Sete horas, hora certa.
Não há hora certa.
Nada enobrecerá a vossa alma.
Sou vós.
Sou todos e Deus!
Sou melhor que Deus!
Eu existo!
Ah, que lástima, eu existo...
nada me angustia mais ao ser dito.
Existo! Tu és mau!
E como eu disse,
sou vós, eu, tu, Deus!- William Philippe 02.05.16
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Hoje, a noite tocou blues
PoetryATENÇÃO: LIVRO AINDA NÃO REVISADO Há mais poesias do que se pode catalogar. Mas agora toca blues e eu não me importo tanto. Estou escrevendo e não me sinto bem. Tudo tem a ver com mulheres e este cigarro já está apagando. É tudo melancólico e azul...