Office

843 32 1
                                    

Eu digitei "Louis Tomlinson" no Facebook de todas as maneiras possíveis e com todas as variações de apelido que eu pudesse imaginar, mas não tive sorte. Essa página não existe. Louis não está na rede social. E, sim, eu vasculhei vários perfis com nome "Louis" também, só que com sobrenome diferente. Fiquei na mesma. Os dias se passaram e eu nunca mais o vi. Ele não veio mais tomar café ou comer crossaint no coffee shop, então quem sabe aquele dia aconteceu por pura coincidência mesmo. Nos encontramos por acaso, não era pra ser.

Também não consegui terminar o maldito projeto, se quer saber. Escrevi uma coisa ou outra, não vou tirar zero, isso é certeza, mas também não vou tirar uma nota boa. Ai, Louis... eu deveria ter tirado uma foto sua ontem enquanto estava distraído. Ele disse que trabalha próximo da cafeteria, então, se eu passar por lá, será que consigo encontra-lo? Não sei, mas acho que vale a pena tentar. No mínimo vai ser divertido. E é por isso que, ao sair da faculdade, entro no meu carro e não vou para casa. Eu o estaciono nos arredores do coffee shop e dou algumas voltas pela rua prestando atenção em qualquer pista de onde quer que ele trabalhe.

O sol já está se pondo quando vejo um grupo de três pessoas saindo de um prédio em frente a uma vasta avenida. Eles possuem o uniforme com cores semelhantes ao de Louis. Bingo! Te encontrei. Passo pela porta giratória do prédio e me direciono até uma moça sentada atrás de um balcão.

"Boa noite, senhor. Em que posso ajudá-lo?" Ela diz com um sorriso.

"Eu estou..." Bom, eu não pensei nessa parte. Preciso improvisar. "Sou amigo de Louis... Tomlinson. Vim falar com ele."

"Sim, eu o vi hoje. Ele está no porão. É só seguir aqui a direita e descer a escada."

"Obrigado." Junto as mãos e faço uma reverência com a cabeça.

Sigo até o local indicado e desço a escada, que desvia para a esquerda em sua metade. No final dela, estou no porão do prédio, uma enorme sala cheia de mesas, gabinetes, estantes e papéis. A minha esquerda tem uma cabine telefônica e uma máquina de café. Do outro lado só tem um elevador. Passo o olho minuciosamente pelo local tentando encontrar Louis, mas não o vejo. Percebo que é estranho ficar aqui parado com tanta gente circulando, então vou até a máquina me servir um café e bebo lentamente, disfarçando o motivo pelo qual estou ali.

Também noto que, se eu encontrar Tomlinson, o que vou fazer? Não tenho nenhum plano em mente, eu não pensei nisso direito, eu só fiz vim até aqui. Eu só queria vê-lo. E isso acontece, assim que passo os olhos no lugar outra vez e o encontro entrando e saindo de uma sala no final do porão. Ele entra com vários papéis e sai com uma quantidade ainda maior, então aposto que tem uma copiadora lá dentro. Ele lê os documentos, parecendo estar examinando algo, e então os organiza em cima de uma mesa.

E eu fico aqui, bebericando o café morno enquanto o observo como se fosse a coisa mais encantadora do mundo. Quem sabe, talvez ele seja. A maneira como ele anda, todo cheio de gracejo, e o jeito como ele para em pé e faz uma cara de dúvida para o que está lendo... mais gostoso do que isso, só essa bunda dele, que fica toda apertadinha na calça do uniforme.

O tempo passa e as pessoas começam a sair de lá, indo em direção a escada ou o elevador. Algumas dela me olham de forma estranha, provavelmente se perguntando o que estou fazendo ali. É uma ótima pergunta. Se eu realmente for lá falar com Louis, eu não posso chegar e simplesmente dizer "oi, vim te ver", isso seria estranho de mais. Preciso bolar algo antes.

Mais alguns minutos e Louis larga papeis e pastas na mesa, vindo em minha direção. Essa não. Jogo o copo com café no lixo e caminho em direção ao elevador com minha cabeça baixa. Aperto nervosamente o botão para sair de lá, mas parece que ainda vai demorar para chegar a esse andar. E agora, o que vou fazer?

Just My Imagination (Larry Stylinson Short Fic)Onde histórias criam vida. Descubra agora