Os Filhos De Caos.(Percy Jackson)

CAPÍTULO 6

   Pov: Liah

    Por Caos, o meu súbito surto de irá contra os deuses por sua falta de consideração por nós será a provável causa não só da minha, mas do meu irmão também, morte lenta e dolorosa. Mas não me julguem, nós saímos do nosso lar, deixamos nossa familia e amigos para traz, está certo que foi escolha nossa vir para a terra, mas mesmo assim, só queremos ajudar, não vamos sair matando todo mundo que vemos pela frente, quanta desconfiança.
   Mas voltando ao assunto da nossa morte, Athena está nos olhando como quem diz: "preparem o caixão".
   -- Vocês.não.fizeram.isso. - fala ela com a voz embargada.
   Os outros deuses nos olham incrédulos, menos Poseidon que tenta esconder o riso, e Apolo, Ares, e Hermes que parecem estar esperando uma boa treta.
  Athena, como previsto por Poseidon julgando por seu sorriso, faz aparecer dois copos de vinho e os lança em nossa direção, que sem tempo de desviar somos pego em cheio, engasgo enquanto Percy abre um sorriso de alivio, pelo menos ela não nos matou.
    Poseidon gargalha de sua cadeira, fazendo com que o olhar assassino de Athena se dirigisse agora para ele, ela taca seu prato de sopa nele, o acertando em cheio também, uau, essa deusa tem meu respeito agora, e assim começa uma guerra de comida entre nós, os filhos de Caos, e os deuses, até mesmo Zeus entrou na brincadeira sujando Hera e Afrodite com molho de pizza, as duas revidaram jogando vinho em sua cabeça
   E assim, entre um lance e outro eu sinto meu mundo desabar, desabar literalmente, pois tudo começa a cair sobrando apenas um grande buraco, cheio de corpos no chão, vejo o do meu irmão e entro em desespero, não meu irmão não, choro incontrolavelmente enquanto corro em sua direção, em direção à seu corpo inerte no chão, me ajoelho ao seu lado e coloco a mão suavemente em seu pulso com intenção de medir sua pulsação, mas não tem nada, não tem pulsação, ele está morto, meu irmão esta morto. Choro mais, e derrepente ouço a voz que vem me atormentando a dias.
   -- Você vê criança, Urano e eu vamos destruir a terra e todos que vivem nela, você e seu irmão morreram juntos, assim como Caos e Ordem cairão, - ri com fúria. - Mas você pode sobreviver, junte-se a nós e viva.
  -- Eu nunca me juntarei a Urano. - grito entre lagrimas.
  -- Então morrerá. - diz bravo.
  -- Não, vocês morreram. - digo convicta.
Ele ri com vontade, o que me causa um estresse e um nojo sem igual, meu irmão esta morto e esse cara ta  enchendo o meu  saco.? Eu com certeza vou matalo.
  -- Vocês não são nada comparados a nós, e VOCÊ ira vir conosco querendo ou não. - diz parando de gargalhar.
  -- Quem é você? O que querem de mim.? - pergunto aos grito.
   -- Quem eu sou não te interesse, mas você vira conosco custe o que custar. Você se juntará a nós. - grita de volta.
   -- Nunca. - grito para ele. - saia daqui, saia, saia, - começo a mandar, e ele apenas ri de mim, do meu sofrimento.
  Começo a correr apoiando o corpo do meu irmão nos ombros, não posso deixa-lo ali, ele não merece isso. Mataram meu irmão, meu irmãozinho, e eu não senti, eu deveria ter sentido, somos irmãos gêmios, eu o amo, deveria ter sentindo.
   Sinto o vento frio bater no meu rosto, e barulhos de passos atrás de mim, corro mas rápido mas não agueto mais, estou cansada de correr, Percy esta muito pesado, mas eu não posso deixa-lo, não é justo. Caio de joelhos com Percy por cima de mim e o braço.
   -- Ei, espere. - ouço uma voz que não conheço.
   -- Saia, daqui - grito com desespero. - Saia, saia.
   Procuro o corpo do meu irmão, mas não esta mas aqui, eu não estou mais no lugar vazio que estava, estou no acampamento meio-sangue de volta, e ele esta inteiro, estou do lado de fora do refeitório, mas como cheguei aqui? Onde esta meu irmão?
   Vejo alguns semideuses a meu redor mas não vejo meu irmão. Procuro por todos os lado mas não o vejo, vejo uma menininha vindo em minha direção com o olhar preocupado, e uma roupa simples, ela se aproxima de mim e eu não me movo, não consigo.
  -- Você esta bem? - pergunta preocupada e toca com a pequena mão em meu rosto.
  Não respondo apenas a olho, vejo Leo sair correndo para a outra direção mas não dou muita importância, a única pessoa que quero é meu irmão.
  -- Esta tudo bem pequena. - fala a menininha para mim, franzo o cenho. Ela me chamou de pequena? Eu sou maior que ela. Ela sorri com minha expressão, um sorriso doce e amigável - Eu sou Hestia, a deusa da lareira. - explica.
  -- Oh. - digo apenas, não consigo dizer mas nada.
  Ela se aproxima mas de mim e me abraça na vã tentativa de me consolar. Ela fica o tempo todo murmurando que vai ficar tudo bem, enquanto eu choro ao lembrar da cena do acampamento todo destruído, os semideuses mortos, o corpo inerte do meu irmão, as palavras do homem para mim.
  -- Lili! -,ouço a voz do meu irmão acima de mim, ele se ajoelha em minha frente enquanto Hestia se afasta de mim, assim que ela o faz ele se senta e me puxa para o seu colo me bracando. - Está tudo bem? O que aconteceu? - pergunta me abraçando mais forte.
  Retribuo o abraço com força me certificando que ele esta mesmo aqui, que esta vivo, e que esta me consolando como sempre faz quando preciso.
   -- Lili, esta tudo bem? - pergunta novamente, quando não obtem resposta.
  Continuo sem responder, e passo a mão por seu rosto, ombro e peito, querendo ter toda a certeza possível de que ele está vivo e bem.
  -- Lili, fale comigo querida. - pede em uma suplica - Esta me deixando preocupado
  -- Ceu. - respondo o abraçando novamente com força - Você esta aqui, realmente esta aqui e esta vivo. - choro mais.
  -- Sim, estou aqui, sempre estarei aqui. - diz confuso, mas não pergunta nada.
  -- O que esta acontecendo aqui? -ouço a voz de Athena cheia de preocupação.
  -- Você esta bem? - pergunta Percy novamente.
   Apenas dou um sorrisinho de alivio e confirmo com a cabeça.
   -- Nada, não está acontecendo nada. - diz a ela.
  Ele me olha e diz na minha cabeça:
  -- Vamos conversar no chalé.
   Aceno positivamente com a cabeça.
   Ele se levanta comigo no colo, mas logo me coloca no chão, em pé, e olha de relance para os deuses e semideuses a nossa volta.
   -- Esta tudo bem. - fala Percy - Foi apenas um susto. - ele olha na direção do Leo, que está novamente aqui. - Obrigado por avisar sobre Liah.
   Leo sorri e acena positivamente, o agradeço também, o fazendo alargar o sorriso, mas ele continua não dizendo nada.
   -- Vamos voltar pro chalé? - peço.
   -- Vocês não comeram nada. - intervem Athena.
   -- Comemos alguma coisa no chalé. - fala Percy.
  Ela reclama mas acaba sedendo, quando já estávamos saindo, indo em direção ao chalé, uma garota ruiva aparece correndo e para repentinamente em nossa frente, uma aura verde começa a sair de seus olhos e agora sei que estou olhando para o Oráculo dos Delfos.
   -- Os filhos de Caos com ajuda de gregos e romanos deveram partir.
   Com ajuda de 8 o mal destruir
   Os irmãos de mãos dadas a coroa do mal devem destruir.
  Quando a pessoa querida partir
   Depois da dor, o retorno acontecer.
  Estará na mãos dos irmãos o munda salvar ou destruir.
  E assim, com essas doces palavras ela desmaia, nos deixando confusos e cheios de duvidas.
   Que pessoa querida? Quem retornará? Quem terá nas mãos o destino do mundo?